A dificuldade de um policial em conseguir entender a complexidade de gerenciar uma capital de Estado tem levado à população de Vitória a ter uma queda assustadora na qualidade da saúde pública. Sem noção da importância de contratar médicos e mais profissionais das demais áreas da saúde, as unidades especializadas como o Centro de Referência para pacientes com HIV, as unidades de saúde e os únicos dois prontos atendimentos (PA’s) de Vitória vivem um verdadeiro caos. Nesta semana, por falta de médicos, o PA de São Pedro fechou às portas para a população porque os únicos dois médicos não puderam ir trabalhar por motivo de saúde e apresentaram atestado médico.
No Centro de Referência para pessoas com HIV só há um único médico infectologista para atender mais de três mil pacientes, o que deixa sem atendimento por até um ano e assim descumpre orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para que os exames ocorrem no máximo a cada quatro meses. O prefeito bolsolnarista da capital, o delgado de Polícia Civil licenciado Lorenzo Pazolini (Republicanos) optou em descumprir a legislação que obriga em responder solicitação de explicações feitas por vereadores. A vereadora Camila Valadão (PSOL) já fez três pedidos de informação sobre a contratação de médicos para aquele Centro de Referência e todos ignorados pelo prefeito bolsonarista.
Nas unidades de Saúde, a escassez de funcionários, inclusive da enfermagem, leva ao prefeito a pedir aos servidores que façam horas extra no pronto atendimentos, conforme denúncia dos próprios funcionários. Eles alegam que já estão exaustos e que não tem mais condições de arcar com carga horária acima do que devem cumprir. A explicam que a exaustão decorre da quantidade excessiva de serviço, onde tem que fazer o seu trabalho e de outros que deveriam ser contratados. Com isso, levam uma sobrecarga de nervosismo diante da insatisfação dos pacientes, que acabam xingando pela demora em serem atendidos.
Irresponsabilidade
A falta de médicos em unidades de pronto-atendimento num momento em que o Espírito Santo vive um forte surto de gripe e do avanço da variante Ômicron, da Covid, acaba sendo uma atitude que beira a uma irresponsabilidade praticada pelo atual policial que ocupa o cargo de prefeito. Na noite da última quarta-feira (4) pacientes quer foram ao PA de São Pedro encontraram a unidade com as portas fechadas e as luzes apagadas. Ao contrário do vizinho município de Cariacica, que tem quatro prontos atendimentos (Trevo de Alto Lage, Bela Vista, Nova Rosa da Penha I e Flexal II), a capital do Espírito Santo só conta com dois PA’s (Grande São Pedro e Praia do Suá) e com escassez de médicos e enfermeiros.
No caso do fechamento do PA de São Pedro, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Vitória amenizou a gravidade do problema e disse que o fechamento foi por pouco tempo. A causa, de acordo com a PMV foi devido aos dois médicos daquele unidade de emergência terem apresentado atestado e não comparecer ao trabalho. Em seguida a nota diz que a Secretaria Municipal de Saúde “imediatamente reforçou a escala” e o que o atendimento foi normalizado.
Devido ao surto de da Influenza A (subtipo H3N2) a PMV anunciou que as unidades de saúde vão funcionar até as 19 horas. Mas, a falta de contratação de profissionais de saúde está trazendo revolta entre os atuais servidores, que estão sendo sobrecarregados. O desconhecimento do atual prefeito em gerenciamento leva ao desconhecimento de que funcionários com excesso de serviço e com nervosismo diante de péssimas condições de trabalho, acaba gerando um serviço der baixa qualidade.