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Agente comunista implantado no governo pelo mercado foi identificado, por Francisco Celso Calmon

No exercício da política encontramos paralelo com dois jogos, o xadrez e o pôquer, o primeiro, estratégico, o segundo, tático

Foto: Reprodução/Jornal GGN

por Francisco Celso Calmon

Os estrategistas do golpe de 2016 e ascensão do capitão-miliciano ao governo, estavam seguros de que o golpismo iria durar por muito tempo.

Cometeram tanta barbeiragem, da lavajatismo ao bolsonarismo, que bastou um erro de cálculo para tal qual o Titanic a plataforma ruir. E agora, como os ratos que fogem primeiro dos navios a pique, estão lançando boias para a salvação das mãos, já que os anéis estão entregando em parte.

O mercado abandonou o seu representante, o outrora todo poderoso superministro Paulo Guedes, cuja competência não passou de ilusão, tal qual os mágicos medíocres e os camelôs desonestos.

As FFAA divididas. Divididas, mas não arrependidas. Aliás, elas nunca se arrependem, mesmo quando a história as condenou algumas vezes.

A rusga do almirante-presidente da Anvisa com o capitão-presidente da República, que o indicou, parece um ensaio da orquestra para, tentando recuperar a credibilidade sua e da instituição de origem, a Marinha de Guerra, um descompromisso com o transatlântico (mídia, Legislativo, Judiciário, MPF, Forças Armadas) que golpeou o Estado democrático de direito. Não por outra, a Globo está dando uma grande cobertura ao valente dos dois anéis.

Chutar cachorro desmaiado não é bravura, está mais para oportunismo arrivista.

Não creio que o almirante seja um porta-voz dos golpistas militares, que estão representados em vários escalões do governo, e cujo estrategista-mor, gal. Villas Boas, ainda não morreu. Quando muito deve ter consultado alguns colegas, acho que ele está mais para peão do que para bispo no xadrez do afundamento do transatlântico.

Mais significativo foi o Comandante do Exército determinar vacinação e proibir fake news, pois foi em linha direta contrária ao do negacionista presidente. Pode ser que cavalos e bispos avancem, e as torres e a dama joguem a pá de cal, porém, a troco de quê, essa é a questão? Será muito bem vinda se a motivação e compromisso forem reconhecer a derrota e cumprir a Constituição. Contudo, confiar com as antenas ligadíssimas, o histórico das FFAA é de traições a presidentes democráticos.

No exercício da política encontramos paralelo com dois jogos, o xadrez e o pôquer, o primeiro, estratégico, o segundo, tático.  No xadrez os movimentos são transparentes, mas o plano tem que descobrir, no poker cada jogador conhece as suas cartas e através de procedimentos do adversário imagina as dele, mas essa lógica pode ir a pique porque o blefe faz parte do jogo.

Quem está blefando e quem está movendo as peças?

Moro não emplaca, Bolsonaro resiste, a “terceira via” um delírio de verão.

A Globo levou 50 anos para um pálido reconhecimento de que errou ao apoiar o golpe de 64, como é a orquestra, ficará solando sofismas e paródias camuflantes até o final desse enredo. Quem sabe com o advento de uma Comissão da Verdade e Justiça ela se sente no banco dos responsáveis.

olsonaro vive o dilema entre fugir da disputa presidencial e se refugiar numa outra ou tentar uma aventura.

A segunda opção vai ficando mais remota por falta de apoio. A primeira existe, mas não é tão segura. E para qualquer uma ele precisa do seu mordomo. A quem ele possa responsabilizar pelo retumbante fracasso e crimes do seu governo.

Como sociopata, altamente paranoico, irá descobrir em seus delírios que há um agente infiltrado no seu governo.

O mordomo é o agente.

Mesmo tendo um raciocínio retardado irá descobrir que os principais cabos-eleitorais da campanha do Lula são produtos da política econômica do seu ministro da economia, o desemprego, a inflação e os juros altos.

O mordomo está identificado, como reagirá a família bolsonaro ao descobrir que Paulo Guedes é o agente – 0 (menos zero), implantado pelo comunismo de mercado para destruir a economia capitalista brasileira?

A culpa como sempre é do mordomo, a quem confiou todo as chaves da casa e foi traído, por isso, deixará a disputa presidencial.

The end.

Francisco Celso Calmon, coordenador do canal pororoca e ex-coordenador nacional da Rede Brasil – Memória, Verdade e Justiça