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ALERTA: Consumo de sal nas Américas é três vezes maior do que o recomendado pela OMS

Cada habitante da região ingere entre 8,5 e 15 gramas de sal por dia; agência da ONU lembra do aumento dos riscos de doenças cardiovasculares e apresenta novas metas para reduzir esse consumo

Continente americano está consumindo três vezes mais sal do que o recomendado pela OMS | Foto: ONU

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) está advertindo que os habitantes das Três Américas (Norte, Central e Sul) estão consumindo entre 8,5 e 15 gramas de sal por dia. A quantidade é três vezes maior do que a recomendada pela Organização Mundial da Saúde, OMS. A OPAS é o braço direito da OMS. O excesso decorre do uso de comida processada, que tem uma grande quantidade de sal e é muito consumida no continente americano.

A Opas lembra que ingerir sal em excesso contribui para um maior risco de doenças cardiovasculares, como pressão alta. Por ano, 9,4 milhões de pessoas morrem dos impactos da hipertensão. Evidências médicas comprovam que consumir menos de 5 gramas de sal por dia pode reduzir os riscos de doenças do coração e de acidente vascular cerebral. Para estimular novos hábitos, a Opas acaba de apresentar novas metas regionais para a redução do sal na dieta da população.

O principal objetivo é reduzir o teor de sódio dos alimentos processados, incluindo de pães, cereais e grãos, carnes processadas e laticínios. O diretor de Doenças Transmissíveis e Saúde Mental da Opas, Ansel Hennis, lembra que os países das Américas haviam concordado em reduzir o consumo de sal em 30% até 2025.

Impactos da Covid-19

Porém, Hennis destaca que a pandemia de Covid-19 fez a situação piorar, criando mais desafios para prevenir e controlar fatores de risco associados ao confinamento. Mudança no estilo de vida também levaram as pessoas a consumir mais alimentos que não são saudáveis.

As novas metas publicadas pela Opas estabelecem consumos máximos do teor de sódio para dezenas de categorias de alimentos. As novas diretrizes também servem para apoiar as políticas regulatórias dos países e tentar estimular uma redução na oferta e na demanda de produtos com excesso de sódio.