A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) está se reunindo com frequência com os atuais dirigentes do grupo Itapemirim, em recuperação judicial e com pedido de decretação de falência pelo Ministério Público de São Paulo, para evitar que a empresa de ônibus deixe de funcionar de uma hora para outra e deixe milhares de passageiros prejudicados. A empresa de ônibus é do mesmo grupo que controla a Itapemirim Transportes Aéreos, que parou de funcionar desde dezembro devido a incompetências gerenciais do atual controlador, Sidnei Piva.
“A ANTT se reuniu com representantes do grupo Grupo Itapemirim, para acompanhar os detalhes da situação da operação do transporte interestadual de passageiros realizado pela empresa, já que recentemente a empresa solicitou a suspensão de algumas linhas. A Agência está empenhada em garantir a continuidade do serviço prestado nas áreas afetadas e vem se reunindo periodicamente com os responsáveis pela empresa”, afirmou a ANTT através de sua conta no Twitter.
Itapemirim já encerrou 61 rotas de ônibus
Ainda no mês passado a ANTT autorizou a empresa de ônibus da Itapemirim encerrar as atividades de 61 linhas terrestres, deixando os passageiros de muitas localidades com dificuldade em se locomover. Enquanto o grupo Itapemirim afunda em dividas bilionárias com o governo, por não pagar impostos há anos, continua prejudicando os trabalhadores que demitiu, por não pagar as rescisões trabalhistas, além de manter atrasados os salários dos funcionários que permaneceram. Sem falar que não paga aos credores.
Do outro lado está a ostentação que Sidnei Piva apresenta, em retiradas de dinheiro da Itapemirim para bancar seus luxos, como compra de automóveis luxuosos, mansões e abertura de empresas bilionária na Europa. Piva abriu uma nova pessoa jurídica na Inglaterra, em seu nome pessoal e não no grupo em bancarrota que gerencia, mas com dinheiro proveniente da Itapemirim, no valor de 750 milhões de libras esterlinas (R$6 bilhões). Usou ainda o dinheiro da própria empresa de ônibus, que deveria ser usado para pagar a quem deve e tentar recuperar o grupo, para criar a decadente empresa aérea.