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Apesar do crescimento da 5ª onda do Covid no ES, Secretaria da Saúde ainda não obriga uso de máscara

Os ônibus com janelas lacradas do sistema Transcol continua circulando superlotados e sem a exigência do uso de máscaras. O resultado surge nas estatísticas oficiais, que apontam crescimento abrupto nas contaminação por Covid | Foto: Sindipublicos

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Espírito Santo continua ignorando as regras básicas de prevenção para o combate á nova explosão de casos de Covid-19 e ainda não cobrou a exigência de uso de máscara de proteção facial e nem de distanciamento no interior dos coletivos do Transcol. Boa parte dos ônibus que atendem à região metropolitana não possuem janelas abertas, por ter ar condicionado e com a agravante de o governo do Estado ter permitido a redução acentuada de coletivos, os ônibus estão circulando superlotados em todos os horários e com pessoas sem máscaras.

A exigência ocorre em grandes centros populacionais do Brasil, como o Rio de Janeiro e São Paulo. O desinteresse oficial na prevenção é notado nos terminais do sistema de ônibus urbanos da Grande Vitória, o Transcol, onde os totens que ofereciam álcool gerl foram retirados. O resultado é que a própria Sesa informa que os casos da quinta onda do Covid-19 no Espírito Santo vem apresentando crescimento vertiginoso. Somente nas últimas duas semanas foram registrados oficialmente 73.770 novos casos de Covid no Espírito Santo. Nos mesmos 15 dias do mês anterior foram 3.102 casos confirmados.

Enquanto que em setembro e outubro últimos não passava de cem novos casos diários, em novembro último as estatísticas da Sesa indicavam que a infecção chegou a 500 casos por dia com novas pessoas sendo contaminadas pela quinta onda do Covid. Os dados apontam que, nos primeiros 15 dias do mês de dezembro, o resultado parcial mostrou que a infecção se multiplicou por quase 24% a mais. O mesmo crescimento vem sendo anunciado pela própria Sesa na quantidade de mortos. Enquanto em novembro foram registradas duas mortes por Covid, nas primeiras duas semanas deste mês, a quantidade de mortos já chega a 62.

Alheia à gravidade da 5ª onda do Covid que ocorre no Espírito Santo, a Ceturb, a empresa pública que gerencia o sistema Transcol, está colaborando para elevar ainda mais a contaminação ao retirar os totens de álcool em gel dos terminais | Foto: Ceturb

A quinta onda do Covid, mesmo com boa parte da população vacinada, não é para se descuidar. É o que revela as autoridades de saúda da China, que informam que a epidemia voltou a se propagar rapidamente por todo o país uma semana após a suspensão da maioria das restrições que vigoravam há quase três anos. Diante do aumento do número de casos, as autoridades estão abrindo clínicas nos ginásios de esporte e os crematórios estão lotados. Apesar disso, os números oficiais das autoridades chinesas não registram nenhuma morte relacionada à Covid-19 desde 4 de dezembro.

No entanto, apesar da censura oficial do Partido Comunista Chinês, a Rádio France Internacional noticiou que os crematórios da capital chinesa e de outras cidades da província de Hebei estão funcionando 24 horas por dia e que é impossível agendar uma cerimônia antes do dia 21 de dezembro à noite, de acordo com um funcionário do cemitério de Babaoshan ouvidos pela emissora francesa. O crematório Tian Shun Xiang, em Pequim, também não tem mais horários disponíveis, mesmo para situações urgentes. “Estamos funcionando a plena capacidade. Em geral, não é o que ocorre, mas, no momento, não há mais vagas”, explicou um funcionário.

Fila de cadáveres no interior dos veículos na porta de crematório em Shijazhuang a espera de uma vaga para poder cremar os mortos pela nova onda do Covid | Vídeo: Twitter

China deixa de notificar casos assintomáticos

Segundo a imprensa da cidade chinesa de Macau (cidade da China que foi colonizada por Portugal e onde o português é um dos idiomas utilizados pela população) a “Comissão Nacional de Saúde (da China) deixou de reportar o número de casos assintomáticos na China, a vasta maioria das infecções por Covid-19, as autoridades de saúde de Macau vão também parar de divulgar os números diários de casos positivos. A medida dificuldade ter o conhecimento da evolução da doença, uma vez que sem a divulgação dos registros, não é possível saber se o crescimento do contágio está em crescimento ou não.