Seis dias após o assassinato do guarda municipal e tesoureiro do Diretório do PT em Foz do Iguaçu (PR) por um bolsonarista, foi a vez do deputado estadual bolsonarista pelo PTB do Rio de Janeiro, Rodrigo Martins Pires de Amorim, protagonizar uma cena de violência política contra uma caminhada do candidato a governador pelo PSB do Rio, Marcelo Freixo. O crime político, segundo a denúncia formulada pelos seguidores do atual deputado federal carioca Marcelo Freixo, ocorreu na manhã deste último sábado (16) na Praça Saens Peña , no Bairro Tijuca.
O próprio deputado bolsonarista, que foi eleito em 2018 pelo PSL, era quem fazia ameaças e quebrava as bandeiras dos seguidores de Freixo, acompanhado de 10 capangas bolsonaristas. Todos armados, segundo o registro que consta no boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil carioca. Segundo dados informados pelo bolsonarista ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na eleição de 2018, ele disse ter instrução de nível superior e de ter a profissão de advogado. Naquela ocasião, declarou ter gasto R$ 122.922,30 com a campanha eleitoral. Esse é o primeiro mandato do bolsonarista, que foi derrotado nas eleições de 2010 e de 2016, quando concorreu ao cargo de deputado federal e de vice-prefeito.
Ação de bolsonaristas no Rio é comparada com o nazismo
A ação criminosa do deputado bolsonarista no Rio de Janeiro foi comparada pelo ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas, o delegado Alexandre Saraiva e pré-candidato a deputado federal pelo PSB do Rio, comparou a ação do deputado estadual bolsonarista a “a atitudes tomadas pelo partido nazista na Alemanha”. Saraiva, foi retirada da direção da PF no Amazonas no ano passado, pelo governo Bolsonaro, por ter empreendido a maior operação policial da História brasileira contra a extração ilegal de madeiras.
“Minha solidariedade a @MarceloFreixo e todos que estavam com ele. A situação lembra as ações das SA’s (Sturmabteilung) do partido nazista que, através da intimidação de adversários políticos, foram decisivas na ascensão de Hitler entre 1930 e 1933”, disse ele no seu perfil do Twitter..A A Sturmabteilung que ele citou era uma milícia nazista que usava da violência para interromper reuniões de partidos opostos, antes de Adolf Hitler ter implantado uma ditadura totalitária na Alemanha. Os de Hitler atacavam reuniões políticas e sindicais, mas protegiam os encontros nazistas.
Reações
“Hoje um deputado ligado a @claudiocastroRJ (Cládio Castro, governador bolsonarista do Rio de Janeiro), e Bolsonaro apareceu com marginais armados para nos atacar. Nós vamos seguir em frente. O RJ precisa de paz e união para estudar, trabalhar e progredir. A política tem que oferecer soluções para os problemas das pessoas, não violência”, disse Marcelo Freixo no Twitter.
A deputada federal pelo PCdoB do Rio, Jandira Feghali alertou que a violência que os bolsonaristas prenunciam para as eleições não vão intimidar os oponentes de Jair Bolsonaro (PL). “Mais uma violência política contra nossa caminhada com Marcelo Freixo na Tijuca. Deputado. Rodrigo Amorim e um bando de homens armados partiram para cima com agressões morais e físicas, quebraram bandeiras para nos intimidar. Estamos tomando todas as providências. Não nos intimidarão!!!”.