Após 16 aumentos no preço da gasolina e 13 durante o ano passado, a Petrobras anuncia a primeira elevação no valor dos combustíveis a partir desta quarta-feira (12). A nova majoração na gasolina e n o diesel no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) será de 4,85% para a gasolina e de 8,08% para o diesel. O preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro. Já o preço médio do diesel será elevado de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro.
O novo ataque do atual governo federal ao bolso dos motoristas será de R$ 0,11 no caso da gasolina e de R$ 0,24 no diesel, por litro. Em nota à imprensa, a Petrobras não deu justificativa plausível de o Brasil voltar a ter um novo reajuste no valor dos combustíveis, mas ressaltou que os últimos aumentos ocorreram em 26 de outubro do ano passado e que, desde então, os preços praticados pela empresa estatal foram reduzidos em R$ 0,10 litro em 15 de dezembro de 2021, e permaneceram estáveis para o diesel.
Gasolina e diesel são vendidos misturados
“São 77 dias sem aumento”, enalteceu a distribuidora administrada pelo governo Bolsonaro. No caso da gasolina, a Petrobras lembra na sua nota que a o combustível vendido aos brasileiros não é puro, como ocorre nos demais países, porque possui uma “mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina”. Ou seja, a gasolina já é vendida misturada para os postos. A empresa acrescentou que “a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,26, em média, para R$ 2,37 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,11 por litro.
Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,01, em média, para R$ 3,25 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,24 por litro.
Apesar de cobrar abusivamente muito mais caro do que os postos de combustíveis que ficam nos países vizinhos (Bolívia, Paraguai e Argentina), a Petrobras disse na sua nota o seguinte: “ Esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras.
No caso específico da gasolina comercializada no Espírito Santo, a Petrobras fez o demonstrativo sobre um suporto preço de R$ 6,69 de como é a composição do valor que chega até o consumidor final. A empresa alega que desse preço final, R$ 2,26 é da Petrobras, R$ 2,09 é composto pelo sobre preço colocado pela distribuidora, donos de postos de combustíveis e mais o custo com a colocação da mistura de etanol anidro. Outros R$ 0,69 vão para o governo Bolsonaro a título de impostos federais e R$ 1,65 ficam para o governo Renato Casagrande como impostos estaduais.