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Após mais de 30 dias internado com diagnóstico de malária, professor Fábio Luiz Partelli, da Ufes, recebe alta

Vítima de malária e após ficar mais de 30 dias em UTI hspitalar, o professor Fábio Luiz Paterlli, da Ufes, recebe alta | Foto: Divulgação

Após ficar mais de 30 dias internado em uma UTI de um hospital particular, diagnosticado com malária, o professor da Ufes Fábio Luiz Partelli recebeu alta neste último domingo (16). Ao chegar em casa no final da manhã, usou de sua conta no Instagram para fazer um agradecimento à esposa, aos funcionários do hospital, familiares, amigos e pelas orações ao seu restabelecimento.

Paterlli recebeu o diagnóstico de malária no final da primeira quinzena de setembro último, quase um mês após ter vindo de uma viagem a trabalho na África. Partelli tem histórico de viagens ao continente africado, por ser o representante brasileiro dentro do projeto Desenvolvimento Sustentável do Café no Parque Nacional Gorongosa de Moçambique.

“Saudações. Acabei de receber alta do hospital. Agora é recuperar energias. Graças a Deus, vencemos. Agradeço a Deus, a esposa, a família, aos profissionais de saúde – aos amigos, a todos pelas orações e apoio, abraços”, disse o professor no Instagram às 11 horas deste domingo.

Fábio Partelli no Instagram

Sintomas da malária

Durante a permanência no hospital, ele foi monitorado pela Vigilância Estadual em Saúde. De modo geral, toda a malária se inicia de forma bastante similar a uma gripe comum, sendo que, por vezes, as doenças podem ser confundidas e o paciente pode ter um diagnóstico inicial incorreto. Para que a malária seja efetivamente diagnosticada, é preciso realizar testes rápidos de sangue ou exames complementares que ajudem a eliminar a hipótese de outras doenças e condições.

Entre os sintomas mais comuns de malária, é possível destacar: Febre alta; calafrios; suor; fortes dores musculares, mais especificamente, nas articulações; dor de cabeça; taquicardia; aumento do baço; cansaço e prostração; vômitos e convulsões. O tratamento da malária é feito por meio do uso de medicamentos que matam o protozoário causador da doença e impedem que ele se reproduza, fazendo com que os sintomas diminuam cada vez mais, antes de cessar de vez. Nem todos os casos de malária requerem internação hospitalar ou acompanhamento médico constante, sendo que o paciente deve sempre seguir as recomendações dadas por seu médico.

Malária no Brasil

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a malária é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por protozoários do gênero Plasmodium. No Brasil, três espécies estão associadas à doença em seres humanos: P. vivax, P. falciparum e P. malariae. Os sintomas podem incluir febre, vômitos e/ou dor de cabeça e aparecem de 10 a 15 dias após a picada do mosquito. A malária não é uma doença contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa. No Brasil, a região amazônica concentra 99% dos casos de malária, segundo a Fiocruz.

No Boletim Epidemiológico emitido em maio último, pela Coordenação-Geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, foi lembrado que em 2020 foram notificados 145.205 casos de malária no Brasil. O número representou uma redução de 7,8% em relação a 2019, quando foram registrados 157.457 casos da doença. Do total de casos autóctones, 17,0% (23.408) se deram por P. falciparum e malária mista e 83,0% (114.449) foram de malária por P. vivax e outras espécies parasitárias.