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Após revelar intenção de quadruplicar preço em 2022, Petrobras processará gás para multinacionais competirem com ela

Preço exorbitante do gás no Brasil governado por Bolsonaro atraiu multinacionais em busca de lucro | Charge: Reprodução/Aepet

O governo Bolsonaro promoveu um fato inusitado no mundo dos negócios. Após escancarar o lucrativo mercado de gás de cozinha e de abastecimento de veículos automotores, a Petrobras anunciou que assinou com as estrangeiras Shell Brasil, Repsol Sinopec Brasil e Petrogal contratos de compra e venda de gás para operações conhecidas como swap (A palavra “Swap” tem como significado “troca, permuta” no idioma inglês. É a substituição de indexador de um ativo., que pode ser  taxas de juros, taxas de inflação, entre outros). Ou seja, a estatal brasileira processará o gás produzido pelas três petroleiras multinacionais e, depois, o gás é novamente disponibilizado para as empresas transportarem até seus clientes, concorrendo com a própria Petrobras.

O intuito do governo Bolsonaro é viabilizar o acesso direto das estrangeiras ao mercado brasileiro. A Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet) disse que os contratos são os primeiros nesta modalidade e permitem que os concorrentes antecipem o acesso ao mercado e viabilizem o início de fornecimento já a partir de 1º de janeiro de 2022. O ex-diretor da Petrobras Guilherme Estrella escreveu há alguns meses que a estatal estava sendo “financiadora” das petroleiras estrangeiras.

Preço abusivo gerou interesse das multinacionais

Em nota à imprensa, a Petrobras disse que a “Iniciativa contribui para a abertura do mercado brasileiro de gás”. O mercado brasileiro, impulsionado pelos aumentos abusivos que vem sendo promovidos pelo atual governo, faz com que a distribuição de gás seja um negócio altamente lucrativo. Em meados de novembro último, a estatal sob o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou um comunicado aos revendedores informando que pretende quadruplicar o valor do gás, tanto o de cozinha quanto o canalizado, cujo preço atual já é insuportável e levou milhões de famílias brasileiras a voltar a utilizar o fogão a lenha.

Até outubro, o Gás Natural Veicular já acumulava alta de 31%, de acordo com o IBGE. Em 2022 deve entrar em operação outras multinacionais do gás no Brasil, também atraídas pelos preços exorbitantes imposto pelo governo Bolsonaro. A expectativa\z de funcionários é que logo no início de 2022 os consumidores vão se assustar com novos aumentos no valor do gás de cozinha.