fbpx
Início > Após vender azeite falso, supermercados da Grande Vitória comercializam café falsificado

Após vender azeite falso, supermercados da Grande Vitória comercializam café falsificado

Policias de Delegacia do Consumidor apreendem café falsificado em supermercados da Grande Vitória | Fotos: Polícia Civil do ES

Menos de uma semana após a Delegacia do Consumidor (Decon) ter flagrado donos de supermercados na Região Metropolitana de Vitória comercializando azeite falsificado, agora foi a vez da Polícia Civil do Espírito Santo (PC-ES) apreender mais de 28 mil unidades de café torrado e moído que usa cascas, paus e alto teor de umidade, segundo nota da  Além disso, a Decon informou que o café falsificado, de três marcas, ainda não possuía as regras básicas de rotulagem, como a indicação de lote, conforme laudos expedidos pelo Laboratório Central (Lacen).

Foram fiscalizados oito estabelecimentos comerciais nos bairros de Gaivotas, Aribiri, Alecrim e Porto Novo, em Vila Velha; Porto de Santana e São Francisco em Cariacica; e Barcelona, na Serra. “Foram apreendidas mais de 28 mil unidades de café de três marcas, que apresentaram diversas irregularidades”, informou o titular da Decon, delegado Eduardo Passamani. O material apreendido ficou em um depósito dos supermercados fiscalizados. As empresas produtoras serão investigadas por crime contra relação de consumo. A Decon não revelou os nomes dos supermercados que estão vendo produto falsificado.

O consumidor deve ficar atento e olhar a embalagem dos dois lados e verificar se o produto contém o selo de qualidade da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Caso o café não o tenha, não compre, porque é produto falsificado e de péssima qualidade.

O Programa de Qualidade do Café, criado em 2004 pela Abic, certifica a qualidade do produto final por meio de uma metodologia de análise sensorial, e classifica e diferencia os cafés em 4 categorias: Gourmet, Superior, Tradicional e Extraforte. Além de certificar o produto, a empresa é auditada quanto às boas práticas de fabricação de todo o processo de industrialização, para garantir consistência.

Ação conjunta com a Assembleia Legislativa

A ação policial contou com a participação da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). “Foi uma operação decorrente de uma ação conjunta da Delegacia do Consumidor com a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa. Foi um pedido feito pela presidente, deputada Janete (de Sá), que recebeu denúncias de que algumas marcas de café estariam sendo comercializadas aqui no estado sem atender padrões de qualidade. Nós coletamos umas amostras de alguns estabelecimentos comerciais e encaminhamos ao Lacen, que confirmou que pelo menos três marcas estariam sendo comercializadas com alguma irregularidade, causando prejuízo ao consumidor”, explicou o delegado para os deputados estaduais.

“Na verdade, ele (o consumidor) não está comprando café. Ele está comprando um produto misturado. Além disso, outras irregularidades também foram encontradas e, diante dessa situação, nós retiramos cautelarmente as três marcas do mercado. Oito estabelecimentos foram fiscalizados e pouco mais de 28 mil unidades desses cafés foram apreendidas”, relatou.

“Existirá um monitoramento constante pela Delegacia do Consumidor e pela comissão das marcas que estão no mercado, para a gente saber quais marcas são boas, se existem outras marcas com problemas. Vai ser feito um monitoramento constante para evitar que outras marcas tenham problemas ou que novas marcas cheguem com prejuízo ao consumidor”, acrescentou o delegado.