Apesar de ter sido aprovada e adotada em 60 países, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão do Governo federal e sob o controle do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou pela unanimidade de sua diretoria a importação da vacina russa Sputnik V contra o Covid-19. A falta de vacinas contra o coronavírus, que não foram importadas em tempo hábil por determinação expressa de Bolsonaro, não pesou na decisão dos burocratas da Anvisa. O órgão do governo federal garante que não sofre ingerência política.
Ignorando que entre os 60 países que estão vacinando a população na América do Sul, está a Argentina, Bolívia, Venezuela, Paraguai, a Anvisa optou em dizer que o Instituto Gamaleya, responsável por seu desenvolvimento, não enviou informações. A decisão da Anvisa serviu de deboche na imprensa argentina, que lembrou as mortes desnecessárias pelo Covid-19 que estão ocorrendo no Brasil exatamente por não se ter vacinas suficiente para imunizar a população
Países onde a Sputnik V foi aprovada
Rússia, Belarus, Argentina, Bolívia, Sérvia, Argélia, Palestina, Venezuela, Paraguai, Turcomenistão, Hungria, Emirados Árabes Unidos, Irã, Republica da Guiné,Tunísia, Armênia, México, Nicarágua, República Sérvia, Líbano, Mianmar, Paquistão, Mongólia, Bahrain, Montenegro, São Vicente e Granada, Cazaquistão, Uzbequistão, Gabão, San Marino, Gana, Síria, Quirguistão, Guiana, Egito, Honduras, Guatemala, Moldávia, Eslováquia, Angola, República do Congo, Djibouti, Sri Lanka, Laos, Iraque, Macedônia, Quênia, Marrocos, Jordânia, Namíbia, Azerbaijão, Filipinas, Camarões, Ilhas Seychelles, Ilhas Maurício, Vietnã, Antígua e Barbuda, Mali, Panamá e Índia.