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Arquidiocese de Vitória convida população a participar do Grito dos Excluídos neste 7 de setembro

A 27ª edição dos Gritos dos Excluídos neste 7 de setembro terá concentração na Praça Getúlio Vargas, próximo às Lojas Americanas, no Centro de Vitória à partir das 8h30

A Arquidiocese de Vitória está convidando para a população participar do Grito dos Excluídos no Centro de Vitória nesta terça-feira (7)

Em seu portal, a Arquidiocese de Vitória (Aves), ao contrário de falsos religiosos evangélicos bolsonaristas, está convidando a população a participar da 27ª edição do Grito dos Excluídos no Centro Histórico de Vitória (ES). Alguns políticos de extrema direita travestidos de pastores pedem o contrário e cobram que seus seguidores vão em criminoso contra a democracia e os poderes constituídos, como o Supremo Tribunal Federal (STF).

As ruas de Vitória serão tomadas pela tradicional manifestação do Grito das Excluídas e dos Excluídos no dia 7 de setembro. A concentração é às 8h30 na Praça Getúlio Vargas no Centro de Vitória, e irá em caminhada com cantos e reflexões até a sede da poder executivo e legislativo municipal onde fará um desagravo ao grande articulador dos gritos passados, Lula Rocha, com um ato religioso final e dispersão dos participantes, diz texto divulgado pela Aves.

“Lembramos que os/as participantes, na medida das suas possibilidades, levem alimentos não perecíveis, que serão revertidos à Campanha Paz e Pão. Como gesto profético de que nosso povo grita por alimentação, não por armas, ao final do Grito serão distribuídos 500 Kg de feijão para a população carente”, pede a Arquidiocese.

“O Grito dos/as Excluídos/as é nacionalmente coordenado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), desde 1995, e em nossa Arquidiocese, consta do Plano de Pastoral Arquidiocesano 2020-2023. Todos os segmentos arquidiocesanos, pastorais, movimentos, equipes de serviço estão convidados a serem voz dos desassistidos e em solidariedade participar da manifestação. A organização está por conta do Vicariato para a Ação Social, mas a convocação é do Fórum Igrejas e Sociedade, composto por diversas denominações religiosas, dezenas de movimentos populares, sociais e sindicais.  O mote da mobilização deste ano é: ‘Vida em primeiro lugar — na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda já!’”, diz o texto.

Os organizadores pedem que os participantes levem máscaras, álcool gel e façam distanciamento social | Foto: Arquivo

Construção coletiva

O 27º Grito é um processo de construção coletiva, uma manifestação popular carregada de simbologia, que se entende como espaço de animação e profecia, aberto e plural. É uma articulação que parte de baixo, das bases. É um grito que parte dos excluídos que se articulam para que sua voz seja ouvida.

O Grito conclama a todos/as a defenderem os territórios e o direto à Terra, ao Trabalho e à Moradia, na cidade e no campo, os rios e as florestas, por dignidade e acesso aos diretos básicos de segurança alimentar, soberania popular, protagonismo das juventudes e das mulheres, denunciando as estruturas que geram desigualdade e exclusão, especialmente na pandemia do COVID-19.

Para o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom José Valdeci Santos Mendes, isso ocorre, de fato, por tudo que é negado no Brasil, se trata de defender “o direito à vida”, enquanto vemos perplexos “essa derrubada dos direitos conquistados”. Ele continua:

“Neste momento difícil que o Brasil atravessa a população é convidada a sair da arquibancada e, com todos os cuidados de segurança indicados pela OMS, irem para as ruas em sintonia com as vozes indígenas, das periferias, da população em situação de rua, que já são mais de 200 mil em todo o país. É também o grito das mulheres, das pessoas transexuais e travestis, dos trabalhadores (…) que estão cada dia mais perdendo seus empregos, contra a carestia e a fome”.