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Atacando Dilma por popularizar a medicina, presidente do CFM diz ter liberado cloroquina e que apoia Bolsonaro

Para o ex-ministro da Educação do governo Lula, Fernando Haddad, a confissão de Mauro Ribeiro é caso para julgamento em Tribunal Internacional de Haia. Presidente do Conselho: Federal de Medicina diz com todas as letras: “Mas nós, numa decisão fora das nossas normas, acabamos liberando o uso da hidroxicloroquina”

Presidente do Conselho Federal de Medicina Mauro Ribeiro confessa ter apoiado prescrição sem eficácia de cloroquina | Foto: Arquivo

Além de dizer que apoia o negacionista ao vírus do Covid-19, presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o presidente do bolsonarista Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro ainda confessou em live que liberou o uso de remédios sem nenhuma eficácia contra o novo coronavírus, como a hidroxicloroquina e a cloroquina. O apoio do CFM ao uso de remédios sem nenhuma comprovação científica, apenas por causa de um alinhamento político à extrema-direita, causou indignação.

A revelação foi feita inicialmente pelo portal de notícias Metrópoles, de Brasília e replicada nacionalmente. Como extremista do bolsonarismo, o presidente do órgão que deveria ser de representação nacional da medicina brasileira e não apenas um departamento político do governo Bolsonaro, Ribeiro achou oportunidade na mesma live de criticar a ex-presidente Dilma Rousseff por ter aberto novas escolas de medicina e ter rompido com o fato de a Medicina ter sido por séculos um curso exclusivo para os filhos da elite econômica.

Vídeo onde presidente do CFM confirma apóio a remédios sem eficácia científica contra o Covid-19 | Vídeo: Crédito/Metropóies

Faz críticas ao fim de privilégios no governo Dilma

“Nós teremos aproximadamente um milhão de cem mil médicos e é a popularização da medicina e o presidente Bolsonaro já nos recebeu cinco vezes desde que assumiu. Todas as nossas reivindicações foram atendidas. Ele nunca falou que isso aqui eu não posso fazer. E aí as coisas ficam muito mais fáceis quando existe diálogo. E antes que as normas sejam postas você tem a oportunidade de ‘conscensuar’ aquilo que vai ser proposto e esse é o caminho que estamos seguindo no governo Bolsonaro”, disse em outro trecho do vídeo

De acordo com o ex-ministro e ex–prefeito Fernando Haddad, as declarações do chefe do CFM significam que a instituição “liberou o governo para promover desinformação que causou a morte de milhares de brasileiros”. “Isso é caso para tribunal internacional”, escreveu o petista na sua conta no Twitter. A liberação sem qualquer evidência científica do “kit-covid” aconteceu no mesmo dia em que Bolsonaro autorizou derrubada de um veto presidencial a pedido de Mauro Luiz Ribeiro.