Até esta última sexta-feira (5), o Governo do Espírito Santo, não havia divulgado qual será a sua estratégia para oferecer segurança aos participantes do ato
Nesta segunda-feira (8), a partir das 16h30, o Comitê Popular de Lutas do Espírito Santo, centrais sindicais e outras 25 entidades civis realiza um ato de repúdio em aos atentados contra a democracia brasileira, que ocorreu em 8 de janeiro do ano passado. A manifestação contra a tentativa de golpe de Estado, que ficou conhecida como 8/1 será realizada em frente a Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales).
Um dos pontos altos do ato será o pedido de cassação dos dois senadores do Espírito Santo que mantém relações com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que, segundo os manifestantes, estiveram envolvidos na tentativa de golpe de Estado. São os senadores Magno Malta (PL) e Marcos do Val (Podemos). Para isso, os organizadores pedem que os participantes levem cartazes pedindo a cassação dos dois parlamentares.
“Estamos sugerindo a cada participante do ato desta segunda, dia 8 as 16:30h, na Ales, faça um cartaz tamanho A5 de cada, com o banner que tem as fotos e os nomes de Magno Malta e Marcos do Val”, diz Fernanda Tardin, integrante do Comitê Popular de Lutas. Ela ainda sugere que os cartazes sejam feitos em copiadoras do Centro Histórico de Vitória, de Santa Lúcia e de Jardim da Penha.
Ato em Brasília terá a segurança com dois mil policiais
Segundo a Agência Brasil, o ato em memória à tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2022, terá nesta segunda-feira terá a segurança com dois mil policiais militares do Distrito Federa, quel devem fazer o patrulhamento ostensivo em Brasília. O número é quase quatro vezes superior ao do último dia 8 de janeiro, quando foram empregados 580 PMs na Esplanada, segundo relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou os atos golpistas daquele dia.
A estratégia para a segurança da Esplanada nesta segunda-feira foi pactuada na última quinta-feira (8) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e pelo Governo do Distrito Federal (GDF), que assinaram um protocolo de ações de segurança no Palácio do Buriti, sede do GDF, em Brasília.
O ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, afirmou que até o momento não há nenhuma informação que gere preocupação maior. “Claro, isso é monitorado dia a dia e todas as providências estão sendo tomadas para que tenhamos um dia 8 de celebração democrática histórica no Brasil”, destacou.
Cappelli acrescentou que não há hipótese do 8 de janeiro de 2023 se repetir porque “a reação da sociedade e dos Poderes foi muito forte e essa reação estabeleceu um limite muito claro”. O documento assinado pelos governos federal e do DF “define o planejamento e as prioridades de atuação de cada órgão, como efetivo policial e organização do trânsito, com foco no evento alusivo à data que ocorrerá no Senado”.
Além dos 2 mil agentes da Polícia Militar do DF que devem ser mobilizados, o plano de segurança prevê o emprego de 250 agentes da Força Nacional que ficarão de prontidão no Ministério da Justiça. A Esplanada ficará fechada no dia 8 na altura da Avenida José Sarney, que é a pista anterior à Alameda dos Estados, próxima ao Congresso Nacional.
A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, destacou que, mesmo sem ameaça detectada, haverá agentes suficientes para qualquer situação. “Será um dia de tranquilidade, um dia de monitoramento e de tranquilidade realmente aqui no Distrito Federal”, ponderou.