Enquanto deputados estaduais negacionistas do Espírito Santo perdem tempo em formular projetos de lei para retirar proibição de não vacinados façam, matrícula e frequentem as escolas públicas e privadas do Estado, na Europa são adotadas contra os negacionitas e restrição à circulação de crianças que ainda não se vacinaram. Diante do aumento de casos de Covid-19 na Europa, o governo da Áustria iniciou nesta segunda-feira (8) um lockdown para negacionistas que se recusam a tomar vacina contra o novo coronavírus.
A medida havia sido anunciada na última sexta-feira (5) à noite, como parte de um novo reforço das medidas contra o aumento de casos de infecção no continente europeu, destinado principalmente à combater os negacionistas à vacina. Segundo nota do Ministério da Saúde, decorre de um aumento acentuado da utilização das unidades de cuidados intensivos devido à volta de crescimento de casos de infecção pelo novo coronavirus. Nos últimos dias os hospitais austríacos tiveram de abrir 500 leitos de UTI destinados à pacientes de Covid, sendo que já há outros 600 leitos ocupados com pessoas com o novo coronavírus.
Com as novas medidas, o governo austríaco está adaptando o” plano passo-a-passo “, que ainda contermpla as crianças com menos de 12 anos de idade) que não tomaram vacina, por esta não ter a vacinação aprovada. No novo plano está assinalado que um crescimento dos atuais leitos de UTI em 30% o Ministério da Saúde da Áustria irá adotar um lockdow para os negacionistas que se recusam a serem vacinados.
Lockdown para não vacinados
ocorrerá. De acordo com o Ministro da Saúde Wolfgang Mückstein (verdes), isto trará “restrições de saída” para os não vacinados – isto é, o bloqueio já conhecido de fases anteriores. Assim, para os” exclusivamente testados”, a saída de sua própria área de vida privada só seria permitida por algumas razões excepcionais, por exemplo, para cuidados básicos ou para o trabalho, de acordo com Mückstein.
A taxa atual de infectados na Áustria é de 600 pessoas a cada grupo de 100 mil habitantes. A taxa elevada está levando ao governo austríaco a temer sanções da Alemanha, que já sinalizou interditar o ingresso de austríacos no território alemão. A ocupação atual das unidades de cuidados intensivos com pacientes com coronavírus é de mais de 220 leitos, o que é cerca de 11 por cento. Uma marca de 33 por cento é considerada “crítica”, ou seja, apenas ligeiramente acima do valor-limite mencionado para a fase 5.
Áustria diz que pandemia não acabou
O chanceler Federal Alexander Schallenberg disse que ainda não se vê a “pandemia no nosso espelho retrovisor”. Ao contrário dos governo federal brasileiro e dos governadores, que desejam multidões na rua por causa da proximidade ao ano eleitoral de 2022, na Áustria a visão é diferente. “Estamos à beira de tropeçar numa pandemia de não vacinados”, disse o chanceler daquele país europeu.
Schallenberg (descartou o confinamento para pessoas vacinadas ou recuperadas: “não haverá confinamento para pessoas protegidas ou recuperadas”, afirmou. “As decisões que tomamos não têm efeito sobre os vacinados.”, completou. Schallenberg referiu-se à ocupação de unidades de cuidados intensivos com implicações para outros pacientes longe de Corona. “Como Chanceler, não permitirei que o sistema de saúde seja sobrecarregado porque ainda temos muitos hesitantes e procrastinadores.”
Políticos austríacos negacionistas ao vírus elevaram o tom de voz. Esse foi o caso do governador da Estíria, Hermann Schützenhöfer. A previsão das autoridades sanitárias daquele país é que a vacinação para crianças de cinco a onze provavelmente terá lugar no decorrer deste mês.