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Baixo Guandu (ES) sedia nesta sexta (3) novo julgamento do coronel Ferreira, após denúncia do MPES


O coronel PM aposentado já foi denunciado pelo Ministério Público e condenado em Tribunal do Júri realizado em agosto de 2015, em Vila Velha (ES), por mandar matar o juiz Alexandre Martins de Castro Filho. O crime ocorreu em março de 2003. Agora responderá por novos crimes no Noroeste do Espírito Santo


Ocorre nesta sexta-feira – 3 – novo julgamento do coronel PM Walter Ferreira, no Fórum de Baixo Guandu. No destaque, o coronel PM Walter Ferreira, que já está preso por ter mandado matar o juiz Alexandre Martins | Fotos: Divulgação e reprodução YouTube

Atendendo a pedido do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Baixo Guandu, o coronel reformado da Polícia Militar Walter Gomes Ferreira será julgado novamente em Tribunal do Júri realizado na sexta-feira (03/02), a partir das 9 horas, no fórum do município. Ele foi apontado como líder um grupo que cometeu diversos homicídios e outros crimes na região Noroeste do Espírito Santo.

Além de Ferreira, irão a júri popular Vilma Aparecida Tesche e Fábio Eugenio Bastos. Os três foram denunciados em fevereiro de 2008 pelo MPES, pelos crimes de associação criminosa e homicídio duplamente qualificado, praticado em atividade de grupo de extermínio. Leia a íntegra da denúncia do MPES, em arquivo PDF, clicando neste link. Ou leia o documento sem fazer download a seguir:

Denuncia-do-MPES

Coronel comandou crimes no Noroeste capixaba, diz MPES

Conforme a denúncia ajuizada pelo Ministério Público, os réus integravam uma organização criminosa que foi responsável por quatro homicídios cometidos em março e maio de 2002, nos municípios de Baixo Guandu, Pancas e Colatina.

As investigações também apontaram que o grupo contava com uma extensa rede de colaboradores que agiam deliberadamente para cometer crimes diversos, como homicídios, extorsão, agiotagem e coação, sob a liderança de Ferreira. Dois seis integrantes do grupo criminoso denunciado pelo MPES, três já faleceram.

O coronel aposentado já foi denunciado pelo Ministério Público e condenado em Tribunal do Júri realizado em agosto de 2015, em Vila Velha, por mandar matar o juiz Alexandre Martins de Castro Filho. O crime ocorreu em março de 2003.

A TV Justiça fez reportagem em 2015 para mostrar que o coronel PM Walter Ferreira já foi condenado por ter mandado assassinar o juiz Alexandre Martins | Vídeo: YuTube

Histórico dos crimes que vão ser julgados nesta sexta-feira

No rol de crimes atribuídos são citados como acusados de diversos assassinatos no Noroeste capixaba, a quadrilha formada pelos acusados coronel PM Walter Gomes Ferreira, Vilma Aparecida Tesche, Fábio Eugênio Bastos, Carlos Fernandes Martins Brotas, Joaquim Barbosa e José Maurício Cabral, segundo o que consta na inicial do processo Nº 007.06.003112-2. Na denúncia oferecida à Justiça, o MPES. O primeiro assassinato citado é do proprietário rural Esmário Mota Soares, conhecido como Mazinho Mota, que foi encontrado morto por vários tiros dentro de seu automóvel no dia 22 de março de 2002, às 17h30.

Em seguida, o MPES cita que em 16 de março de 2002 houve o duplo homicídio, praticado pelos acusados, na cidade de Pancas (ES), de Antônio Correa dos Anjos e Elizabeth Peruchi Motta, “sendo que Elizabeth Peruchi Motta era cunhada de Esmário Mota Soares”. Já em 20 de maio de 2002, na Comarca de Colatina (ES), “foi exterminado Antônio Costa Neto, esposo da primeira denunciada Vilma Aparecida Tesche, o que resultou na prisão do Cabo PMES Elias Costa Vila Real e Valmir Alves Rodrigues”

Este último assassinato, de acordo com a denúncia do MPES, “foi crime de mando” ordenado pelo coronel PM Walter Gomes Ferreira e dos acusados Adilson Araújo do Nascimento, José Maurício Cabral e Vilma Aparecida Tesche. No final do processo, o MPES assinala: “Estamos diante de uma organização criminosa que revela comportamento desvirtuado, com atitudes reprovadas pelos homens de honra”. E conclui: “Sendo assim, há necessidade de decretação in limine litis, d prisão cautelar dos denunciados.”