A data-base dos reajustes salariais, vales refeição e alimentação, valores da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e tantos outros direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) das bancárias e bancários é somente em 1º de setembro. Mas, as entidades sindicais já estão se organizando para mobilizar a categoria para a Campanha Nacional dos Bancários 2024. As propostas a serem apresentadas aos banqueiros foi aprovada neste mês.
Segundo o Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários-ES), foi aprovado em plenária nacional a “reposição da inflação do último período mais aumento real de 5%, maior participação nos lucros e resultados (PLR) e a ampliação de direitos.” A pauta aprovada ainda exige “o fim do assédio e dos instrumentos ‘adoecedores’ na cobrança de metas.”
Eixos
A votação aconteceu a plenária para discussão da proposta aprovada na 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro realizada em São Paulo. Participaram da votação on-line no Estado 115 bancários e bancárias. Além disso, o Sindibancários-ES cita que “outros eixos de luta são: representação de todos os trabalhadores do ramo financeiro; defesa dos empregos, impactos dos avanços tecnológicos no trabalho bancário.”
Ainda consta nas reivindicações a redução da taxa de juros para induzir o crescimento econômico e geração de emprego e renda; uma reforma tributária para tributar os super ricos e ampliar a isenção do imposto de renda na participação nos lucros ou resultados (PLR); fortalecimento das entidades sindicais e da negociação coletiva; ampliação da sindicalização; fortalecimento do debate sobre a importância das eleições de 2024 para a classe trabalhadora na defesa de seus direitos e da democracia, com eleição de candidatos e candidatas que tenham compromisso com essa pauta.
União e participação
De acordo com nota da Central Única dos Trabalhadores (CUT)), a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional do Bancários, Juvandia Moreira, ressaltou a importância da categoria para a Campanha Nacional 2024: “Sem a união e participação das bancárias e bancários, as entidades sindicais podem fazer muito pouco”, disse.
Juvandia também disse que os sindicatos e seus dirigentes devem marcar presença constante em suas bases. “Eles precisam estar em cada agência e departamento administrativo dos bancos, para acompanhar o dia a dia de trabalho e saber quais são os problemas que afetam as trabalhadoras e os trabalhadores e quais são seus anseios, o que eles querem, o que eles precisam para desenvolver suas tarefas profissionais em um ambiente saudável, com segurança, para que, sabendo disso, possam defender a valorização do trabalho da categoria, para que todos tenham uma vida digna com suas famílias”, reforçou.
A presidenta da Contraf-CUT ainda explicou por que a categoria bancária é conhecida e respeitada pela organização, mobilização e sucesso de suas campanhas. “Isso só acontece porque todas as bancárias e todos os bancários podem participar, desde a definição das prioridades e estratégias da campanha, até a aprovação final das cláusulas da Convenção Coletiva e dos acordos específicos por bancos”, disse.