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Banco Mundial alerta que a economia global pode entrar em recessão em 2023


Novo estudo analisa possíveis impactos da inflação, do aumento das taxas de juros e do recuo das principais economias do planeta; EUA, China e zona do euro tiveram retração drástica da economia


O movimento na Rua 25 de Março, em São Paulo (SP) e, no detalhe,edição do New York Times, de 25 de outubro de 1929 anunciando “o início da grande depressão americana | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil e Arquivo/Internet

Um novo estudo do Banco Mundial alerta para o risco de uma recessão global em 2023, além de crises que podem causar danos duradouros às economias em desenvolvimento. O documento vem a público no momento em que a economia global sofre a desaceleração mais acentuada desde a década de 70, após uma recuperação pós-recessão. A íntegra do estudo, em inglês, pode ser lida em arquivo PDF clicando neste link.

O banco internacional aponta que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, fez com que as economias dos Estados Unidos, China e da zona do euro, as três maiores do mundo, recuaram drasticamente. Além disso, em 2022, alega que os bancos centrais de todo o globo estão aumentando as taxas de juros em um grau de sincronicidade inédito nas últimas cinco décadas. A medida tem o objetivo de responder a alta da inflação, que foi impulsionada pela pandemia e pela guerra da Rússia contra a Ucrânia, especialmente nos setores de energia e alimentos.

Os aumentos nos juros podem deixar a taxa de inflação central global em cerca de 5% em 2023. É quase o dobro da média de cinco anos antes da pandemia, segundo o estudo. Para reduzir a inflação global a uma taxa correspondente às suas metas, os bancos centrais podem ter que aumentar as taxas de juros em 2 pontos percentuais adicionais, de acordo com o relatório.

Definição técnica

Caso isso seja acompanhado por estresse no mercado financeiro, o crescimento do PIB global poderia desacelerar para 0,5% em 2023, ou seja: uma contração de 0,4% em termos per capita, que atenderia à definição técnica de uma recessão global. De acordo com a publicação, a parcela de países que apertarão as políticas fiscais em 2023 deverá atingir o nível mais alto registrado desde o início da década de 1990.

Por esse motivo, os formuladores de políticas públicas devem estabelecer planos fiscais viáveis no médio prazo e fornecer ajuda direcionada às famílias vulneráveis. O estudo também recomenda a criação de políticas públicas para trazer os desempregados de volta ao mercado de trabalho, incrementar a oferta global de produtos básicos, reduzir o consumo de energia e fortalecer as redes de comércio global.