O relatório Global Wealth Report 2023, lançado recentemente pelo banco suíço UBS, mostra que a concentração de renda aumentou no Brasil no último ano do Governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os ricos ficaram mais ricos e os pobres mais pobres. O Brasil ficou em primeiro lugar no mundo em concentração de renda, onde 1% da população detém 48.4% da riqueza brasileira.
Atrás, em segundo lugar, vem a Índica, seguido dos Estados Unidos (34,3%); China (31,1%); e Alemanha (30%). De acordo com o relatório do UBS, enquanto o Brasil tinha 293 super milionários em 2021 com patrimônio superior a US$ 1 milhão (R$ 4,86 milhões), no ano seguinte, em 2022, a quantidade de ricos com essa quantidade de dinheiro elevou-se para 413.
Quem é o UBS
A UBS resultou da fusão da Union de Banques Suisses com a Société de Banque Suisse, anunciada em 8 de dezembro de 1997 e efetivada em 1º de julho de 1998. Desde então, o termo “UBS” é utilizado como nome comum da empresa. A UBS Group AG é uma empresa de serviços financeiros com sede em Zurique, na Suíça, sendo uma das principais empresas globais de gestão de fortunas, banco de investimento, gestão e corretagem de valores mobiliários e de investimentos.
Para chegar ao resultado do relatório Global Wealth Report 2023, o UBS informa que observou o patrimônio familiar de 5,4 bilhões de pessoas em todo o mundo. A desigualdade caiu levemente em 2022. Foi quando seus analistas observaram que a participação da riqueza do 1% mais rico recuou de 45,6%, em 2021, para 44,5% no ano passado. No entanto, no governo anterior do Brasil, o País foi em sentido contrário, com o surgimento de 120 mil novos milionários no período, destacando o Brasil no ranking da desigualdade.
Brasil, Chile e México
Ao analisar a economia desses três países, o UBS fez a seguinte observação: “Em 2020, o PIB real caiu 3,9% no Brasil, 6,1% no Chile e 8,2% no México. Em 2021, o Brasil e o Chile registaram taxas de crescimento de 4,6 % e 11,7 %, respetivamente, mais do que compensando as de 2020. Para o México, no entanto, o crescimento do PIB em 2021 de 4,8% em 2021 compensou pouco mais de metade da descida registada em 2020.”
“O crescimento continuou nos três países em 2022, a taxas de 2,9% no Brasil, 2,4% no Chile e 3,1% no México. O desemprego aumentou significativamente com o início da pandemia em cada cada país, passando de uma taxa média de 7,6 % em 2019 para 9,7 % em 2020. Manteve-se elevado em 2021, especialmente no Brasil, mas caiu em 2022 para uma média de 6,4 %, refletindo uma recuperação bem-sucedida da pandemia”, continuou.
“Desigualdade da riqueza é elevada especialmente no Brasil”, diz UBS
“A desigualdade de riqueza é elevada na América Latina, especialmente no Brasil, onde o coeficiente de Gini da riqueza foi de 88,4 em 2022, acima dos 84,5 em 2000, mas ligeiramente abaixo dos 89,2 em 2021, acompanhando a tendência geral em todo o mundo. A quota de riqueza do do 1% do topo é agora de 48,3% contra 44,2% em 2000 e 49,3% em 2021. Neste século, a desigualdade de riqueza não se alterou muito no Chile ou no México. O coeficiente de Gini da riqueza no Chile situou-se em 80,3 em 2000, em 79,4 em 2021 e em 78,8 em 2022”, assinalou o banco preferido de boa parte dos ricos do planeta.
“No final de 2022, a riqueza por adulto era de 29 452 USD no Brasil, 54 082 USD no México e 55 274 USD no Chile. O valor correspondente para a América Latina como um todo era de USD 32,760. Desde 2000, a riqueza por adulto aumentou a uma taxa média taxa média anual de 4,4% no Chile, 6,1% no México e 7,4% no Brasil. Estes valores são típicos da América Latina, que registou que registou uma taxa média de crescimento de 6,4% durante este período”, completou o banco suíço em seu relatório.
Serviço:
Para fazer o download do Global Wealth Report 2023, em arquivo PDF e em inglês, é só clicar neste link.