A Biblioteca Setorial Norte, em São Mateus (ES), passou por reformas e está com equipamentos novos. A reforma começou pelo telhado e ganhou o interior do local, com mudanças a partir da retirada de proteções das prateleiras. Isso propiciou aos alunos mais espaço nos corredores entre as estantes, facilitando o trânsito, especialmente de cadeirantes e de pessoas com dificuldade de locomoção. Clique aqui e assista ao vídeo produzido pelos servidores do setor.
A humanização do espaço foi outra preocupação da equipe. “Neste ano queremos trazer o estudante para a biblioteca. A gente recebe muitos alunos de outros estados, de outras cidades, que estão longe da família. Então queremos fazer da biblioteca um lugar mais acolhedor”, afirma Weila dos Santos Viera, chefe do setor.
As melhorias foram realizadas com um olhar mais atento para usuários que são cadeirantes ou têm deficiência visual ou auditiva. “Queremos uma biblioteca sem barreiras”, afirma ela.
Dentre as mudanças, está a retirada da catraca na entrada. Agora, uma barreira com antena eletromagnética detecta se um livro está saindo da biblioteca sem o registro do empréstimo. O sistema, que possui a tecnologia de radiofrequência, permite que a etiqueta seja desativada ao ser realizado o empréstimo, evitando que o alarme seja acionado no momento de passagem pela antena.
Outra melhoria foi a instalação de uma máquina de autoatendimento, que está sendo chamada carinhosamente de Jurema pelos estudantes, numa alusão a outros dispositivos tecnológicos, como Alexa e Siri.
O equipamento possui regulagem de altura, permitindo a utilização por pessoas cadeirantes ou de baixa estatura, sendo bastante intuitivo. “O próprio aluno vai à estante e, com o login e a senha, faz o empréstimo. Além de agilizar o processo, o aluno aprende a se movimentar na biblioteca e desenvolve a autonomia, conhecendo onde estão os livros que precisa”, afirma.
Dinamismo e agilidade
O coordenador do Sistema de Bibliotecas da Ufes, Fábio Medina, afirmou que, com as soluções implantadas, a biblioteca de São Mateus “ganha dinâmica e agilidade nos processos que tomavam bastante tempo dos servidores”.
E complementa: “Pensadas anteriormente apenas como locais de guarda de acervo, as bibliotecas têm se tornado cada vez mais espaços de convivência, que aliam rotinas de estudo, seja de forma individual ou em grupo, espaços com laboratórios de informática, auditórios e outros locais onde possam ser realizadas tarefas e rotinas acadêmicas”.
Texto: Sueli de Freitas