O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou mais um tarifaço na conta da energia elétrica, sufocando ainda mais os consumidores que estão sendo penalizados pelo seu desgoverno com aumentos abusivos também na gasolina, carne, arroz, óleo de soja, gás de cozinha. O anúncio de mais uma elevação absurda foi feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta última terça-feira (31). A Annel achou pouco a cobrança de uma tarifa vermelha patamar dois e criou uma outra muito mais cara, acima dessa. É a “bandeira de escassez hídrica”. O reajuste neste mês será de mais 6,78% para o consumidor.
Será cobrado a partir desta quarta-feira (1º) uma taxa extra de mais R$ 14,20 por cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido, valor esse 50% superior à bandeira vermelha patamar dois atual. Apenas os habitantes do Estado de Roraima e as famílias consideradas de baixa renda estarão fora dessa cobrança abusiva. O consumidor de energia elétrica está sendo espoliado pelo governo Bolsonaro desde o início do ano, quando o desmatamento através de incêndio disparou com o apoio do seu ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, investigado pela Polícia Federal por seus conluios com ruralistas que são acusados de provocar o incêndio criminosamente. De janeiro a abril, o Brasil teve a bandeira amarela, com valor de R$ 1,343 por 100 kWh. Em maio, começou a mudar e passou a valer a bandeira vermelha patamar 1, com custo de R$ 4,169 para cada 100 kWh.
O governo alega que os aumentos abusivos decorrer da piora da situação hídrica no país, em junho, obrigou que fosse acionada a bandeira vermelha patamar 2, ao custo de R$ 6,243 para cada 100 kWh. Em julho e agosto foi mantida a mesma tarifa, mas com reajuste de R$ 9,49. A razão para a disparada é a seca nas principais bacias hidrográficas que abastecem o país, devido a um baixo volume de chuvas na região dos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, que respondem por 70% da geração de energia no Brasil. Mas, em nenhum momento o governo Bolsonaro assume a sua culpa em praticamente desativar os órgãos de fiscalização às agressões ao meio ambiente e que geram a seca. A falta de punição não é assumida pelo atual governo.