O Dia Nacional do Café, no Brasil, é comemorado todos os anos em 24 de maio, data que marca o início da colheita nas principais regiões cafeeiras do Brasil. Essa data comemorativa, considerada a mais importante dos cafés do Brasil, foi instituída pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), em 2005, com objetivo de valorizar e homenagear o produto que é paixão nacional. Em 2023, o Dia Nacional do Café possui um sabor especial para a entidade idealizadora da data, uma vez que está comemorando 50 anos de atuação.
O Brasil é o maior produtor, exportador e segundo maior consumidor de café em nível mundial. O País possui aproximadamente 300 mil estabelecimentos produtores de café, dos quais 78% são considerados da cafeicultura familiar. Tais lavouras produtoras de café, além de atender os mercados mais exigentes internos e externos, também contribuem para fortalecer aspectos econômicos, sociais e ambientais, requisitos indispensáveis para o desenvolvimento sustentável do setor.
Assim, o café está presente nas cinco regiões geográficas, em 16 estados da Federação, nos quais 1.448 municípios produzem café, o que corresponde a aproximadamente 26% dos municípios brasileiros, com a geração direta e indireta de mais de 8 milhões de empregos.
Selo de pureza
“Nessas cinco décadas, a ABIC construiu um legado de desenvolvimento da qualidade do café brasileiro, associado a uma educação dos industriais direcionada ao varejo, e, por consequência, aos consumidores. Destaque para a criação do Selo de Pureza, em 1989, juntamente com o programa de autorregulamentação, que elevou o consumo per capita de dois quilos, em 1989, para quase cinco quilos, em 2023. Além disso, houve uma redução significativa nas fraudes, de 30% para menos de 1% nos dias de hoje”, afirma Pavel Cardoso, presidente da ABIC.
Fundada em 1973, a Associação Brasileira da Indústria de Café trabalha fortemente para garantir que a bebida mais importante do país seja sinônimo de sabor, aroma e segurança do alimento Através da disponibilização de informações, análises do mercado e campanhas com foco na educação para o consumo, a Associação fomenta o desenvolvimento do agronegócio café.
A sustentabilidade também possui um espaço de destaque na instituição. Programas de logística reversa e boas práticas de fabricação são sempre incentivados, com o intuito de garantir o respeito ao meio ambiente, desde a produção até a industrialização.
“Para os próximos 50 anos, a ABIC está focada nos esforços necessários para aumentar, ainda mais, a régua de qualidade do café. Todos os setores envolvidos nesse universo estão alinhados quanto a isso. É importante frisar, também, que junto com o aumento da qualidade, há a proposição de um valor agregado mais extensivo à cadeia. O Brasil precisa ser valorizado, afinal, produzimos, aproximadamente, um terço da produção mundial e as indústrias nacionais absorvem de 35% a 40% da produção do país”, ressalta Pavel.