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Brasil já tem 31 focos com vírus de gripe aviária, em 4 Estados

Mesmo com 31 focos de gripe aviária no Brasil, Ministério da Agricultura confirma que ainda não há registro de ocorrência do vírfus na produção comercial de granjas | Foto: Arquivo/Agência Brasil

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já há no Brasil 31 focos confirmados de aves silvestres infectadas com o vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) – H5N1, a gripe aviária. A doença, que ameaça as granjas brasileiras foi detectada inicialmente no Espírito Santo, mas agora já está confirmada a presença do vírus no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

As investigações realizadas sobre a presença da doença foram ampliadas para 25 Estados, atingindo um total de 1.273. A coleta de amostras já soma 241 municípios brasileiros, além de outras seis investigações em andamento. Por enquanto, a doença está concentrada em aves silvestres. Não foi feito relato de infecção de galinhas. O total de espécies de aves silvestres já soma 31.

Para permitir uma maior transparência sobre a evolução do vírus no Brasil, o Mapa disponibilizou um painel Business Intelligence (BI), que pode ser acessado clicando aqui. Essa plataforma pode ser consultada por qualquer pessoa e será atualizada duas vezes ao dia, às 13h e às 19h, quando sair o laudo de uma investigação confirmando a detecção de IAAP.

Principais espécies de aves infectadas

O Ministério informa que a medida que for necessário, continuará aperfeiçoando a ferramenta para facilitar o acesso às informações para toda a população brasileira. As principais espécies de aves silvestres infectadas com o vírus são das espécias: Thalasseus acuflavidus (trinta-réis-de-bando), Sula leucogaster (atobá-pardo), Thalasseus maximus (trinta-réis-real), Sterna hirundo (Trinta-réis-boreal), Megascops choliba (corujinha-do-mato), Cygnus melancoryphus (cisne-de-pescoço-preto), Chroicocephalus cirrocephalus (Gaivota-de-cabeça-cinza), Fregata magnificens (Fragata) e Nannopterum brasilianum (biguá).

Uma das principais alertas do Mapa à população é para que não recolham as aves que encontrarem doentes ou mortas e acionem o serviço veterinário mais próximo para evitar que a doença se espalhe. Não há mudanças no status brasileiro de livre da IAAP perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial.

O que diz as autoridades capixabas

A Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf/ES) informa que, com a introdução da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) no estado, todos os protocolos de contingenciamento previstos no Plano Nacional de Vigilância de Influenza Aviária, como coleta de amostras, mapeamento das áreas de focos, vistoria nas propriedades com aves, entre outros, estão sendo adotados, priorizando principalmente o bem-estar e a saúde da população, associados ao desenvolvimento da agricultura capixaba.

O reforço das medidas de biosseguridade também foram intensificados para evitar que a doença atinja criatórios domésticos e granjas comerciais. As ações estão sendo desenvolvidas em estreito alinhamento entre os órgãos do Governo do Estado envolvidos – Seag, Idaf, Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), Secretaria da Saúde (Sesa) e Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) – e as representações do setor produtivo da avicultura comercial.

No Espírito Santo, de acordo com o Ministério da Agricultura, 20 focos foram confirmados até 8/6/2023. Importante ressaltar que todos os casos registrados até o momento ocorreram em aves silvestres, e de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), “não há mudanças no status brasileiro de livre da IAAP perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial”. O consumo de carne e ovos se mantém seguro no estado e país.

Orientações aos produtores

Os produtores devem intensificar as medidas de biosseguridade: proibir qualquer tipo de visita às unidades de produção, conferir cercamento de núcleo e telamento de galpão, manter o portão de acesso da propriedade fechado, viabilizar a desinfecção de veículos em pleno funcionamento e de materiais que acessem a granja. Outras recomendações são: uso de roupas e calçados exclusivos no acesso à granja, instalação de pedilúvio no acesso aos núcleos e aos galpões, realização de vazio sanitário, cuidados com a ração e com a água (fonte de qualidade, tratamento, reservatórios íntegros e cobertos).

O controle de pragas também deve ser realizado, assim como o treinamento de equipe, a restrição de criação de aves pelos funcionários. É preciso ainda evitar visitas em locais com aves silvestres, garantir a ausência de outras aves na propriedade, entre outras ações, reforçando todas as medidas adotadas, conforme a Instrução Normativa do Mapa nº 56/2007.