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Brasil se destaca como referência em bioenergia, aponta a Unctad


País ocupa o segundo lugar em capacidade para bioenergia; países lusófonos africanos encorajados a melhorar na adaptação em relatório que alerta para o risco de desigualdades entre países caso falte colaboração em torno de novas tecnologias


Trabalhadores carregam cana-de-açúcar em uma destilaria brasileira de etanol | Foto: Giuseppe Bizzari/FAO

O Relatório de Tecnologia e Inovação de 2023 da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) enumera 17 tecnologias de ponta, capazes de gerar receitas de até US$ 9,5 trilhões até 2030. Dentre elas estão inteligência artificial, nanotecnologia e carros elétricos. O estudo destaca o potencial do Brasil na área de biocombustíveis devido à produção de etanol iniciada nos anos 70. O país detém hoje 30% do mercado global e tem a maior frota de veículos flexíveis do mundo.

De acordo com os dados da Unctad, o Brasil se encontra na segunda posição em bioenergia, na frente dos Estados Unidos e atrás da China. O dado leva em consideração a capacidade energética instalada nos países avaliados. A análise fez um ranking de 166 nações, levando em conta a capacidade de adotar, adaptar e usar equitativamente essas inovações.

Dos países lusófonos, Portugal é o melhor posicionado no 33º lugar. A seguir estão Brasil em 40º, Cabo Verde no lugar 115, Angola no 130, Moçambique no 152 e Guiné-Bissau em 165º. Esse “índice de prontidão” considera indicadores como capacidade industrial, financiamento e estrutura de pesquisa e inovação. O documento pede que os governos tomem medidas para aumentar capacidades e investimentos. O download do documento pode ser feito em arquivo PDF, no idioma inglês, clicando neste link.

A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) estima que novas tecnologias podem criar mercado de mais de US$ 9,5 trilhões até 2030.. Mas alerta que nas economias em desenvolvimento ainda mais para trás | Vídeo: YouTube

Oportunidades econômicas

A secretária-geral da Unctad, Rebeca Grynspan, afirmou que os países em desenvolvimento precisam aproveitar as oportunidades econômicas que estão sendo criadas por essa revolução tecnológica.

Reconhecendo que países de renda baixa e média precisam de condições adequadas, o relatório propõe revisões nas regras de comércio e maior flexibilidade em propriedade intelectual.

O objetivo é que todos os países consigam beneficiar suas economias ao mesmo tempo em que combatem as mudanças climáticas. A Unctad também reforça a importância da cooperação regional e internacional no tema.