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Brasileiro tem mais confiança nos veículos de comunicação regional ou local

Brasileiro tem mais confiança nos veículos de comunicação regional ou local | Imagens: Freepik

A informação faz parte de uma pesquisa mundial feita pelo Instituto Reuters, onde mostra que o grau de confiança dos brasileiros, nos veículos de comunicação em geral, tanto na mídia digital quanto nos jornais em papel, chega a 61% quando são regionais e locais. Para esses veículos os que acham que não são nem tanto confiáveis são 23% e os que não confiam sob nenhuma hipótese é de 17%. Essa é a melhor performance, quando comparado aos meios de comunicação nacionais.

No levantamento, divulgado na última semana e pode ser conferido no original em inglês e em PDF, nas páginas 118 e 119, pode ser conferido clicando neste link. No geral, a pesquisa do Instituto Reuters mostra que o número de brasileiros passaram a evitar o acompanhamento de  notícias, tendo aumentado 6 pontos percentuais em relação a 2023, passando de 41% para 47%.

Redes sociais lideram no acompanhamento das informações

De acordo com as informações contidas no Relatório de Mídia Digital, cerca de 51% da população prefere consumir notícias através das redes sociais. Os brasileiros, como detectou o estudo, ainda usam WhatsApp e Instagram* como a fonte principal para se manter atualizados.

A quantidade de pessoas que adotam a televisão e o rádio como fonte de notícias, segue sem alterações significativas, mantendo uma taxa de aprovação em torno de 50%, com índices de rejeição entre 19% e 29%¨. O indicador de não confiança mais elevado, segundo a pesquisa divulgada pelo Instituto Reuters, se refere aos veículos de comunicação da Rede Globo, onde o jornal impresso e as TVs apresentação grau de não confiança de 29%, seguido da revista Veja com 28% de rejeição.

No entanto, devido a abrangência da pesquisa, o Brasil tem um índice de confiança geral em notícias (43%), bem acima dos vizinhos latino-americanos, como a Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru. Foram entrevistas no Brasil cerca de duas mil 2 000 pessoas. A pesquisa foi realizada através de um questionário on-line aplicado entre o fim de janeiro e o início de fevereiro de 2024.

Pesquisa do instituto mineiro Quaest, que conta com o financiamento da corretora Genial Investimentos, divulgada pelo Instituto Reuters

Detalhes da publicidade nas empresas de comunicação tradicionais

O Instituto Reuters ainda fez uma observação em relação do mercado de publicidade, em relação às mudanças de mídia. “Embora a TV ainda receba a maior parte do dinheiro da publicidade, a sua utilização como fonte de notícias diminuiu drasticamente desde 2015”, afirma a pesquisa. “A maior emissora do país, a TV Globo, tem cerca de 6 milhões de telespectadores Enquanto comediante Whindersson Nunes tem 59 milhões de seguidores no Instagram e mais de 22,4 milhões de seguidores no TikTok”, observa o Instituto Reuters.

“Os veículos impressos experimentaram uma queda mais acentuada, mas estabilizou-se nos últimos anos”, garante o órgão vinculado à uma das maiores agências de notícias do mundo. “A confiança global nas notícias mantém-se inalterada em relação ao ano passado em 43%, após reduções significativas nos últimos dois anos. Mesmo assim, o Brasil ocupa o primeiro lugar, em termos de confiança, entre os seis países latino-americanos inquiridos. Entre aqueles que incluem, grandes marcas de notícias juntamente com seus programas de TV à noite permanecem mais confiáveis em geral, juntamente com o imprensa regional e local”, finaliza.

Fake News

O jornalista Rodrigo Carro, responsável pelo texto em inglês que analisa a pesquisa sobre o Brasil, fez observações sobre a expansão de fake news e destacou que o atual Governo brasileiro tem lutado contra a expansão da desinformação. “Houve uma tentativa frustrada de aprovar um projeto de lei que regulamenta as plataformas digitais desinformação no ano passado. A tecnologia as empresas opuseram-se ferozmente à ‘ fake news bill’, que tornaria as plataformas digitais responsável pela prevenção da propagação falsidades e discursos de ódio”, diz o jornalista.

“Lá foi mesmo um impasse de curta duração com o governo quando o Google colocou um link a sua homepage opondo-se à Lei, enfurecendo o ministro da justiça, que ameaçou uma multa por hora. O Google recuou depois de alguns minutos. Após quatro anos de discussões no Congresso, o projeto de lei foi abandonado. Em abril, o presidente da Câmara dos Representantes, Arthur Lira, anunciou a criação de um grupo para discutir uma nova proposta de regulamento”, lembra o no Relatório de Mídia Digital.

As mudanças, destaca o levantamento, provocam alterações no mercado de trabalho. E o levantamento do Instituto Reuters apresentada dados da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). “A Federação de Jornalistas mostrou que enquanto 9.500 profissionais foram contratados no último ano, 10.400 empregos foram perdidos. E conclui com ‘notícias promissoras sobre segurança. A Federação informou que o número de ataques contra os jornalistas caiu 52%. Os números incluem agressão física, ameaças, decisões judiciais que restringem a liberdade da imprensa e das detenções de jornalistas, entre outros tipos de violência”, finaliza.

Abaixo o texto da pesquisa que se refere ao Brasil (em inglês e em PDF):

Pesquisa-focando-o-Brasil