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Butantan só vai entregar mais 5 milhões de doses da Coronac a partir de maio

Desde a última segunda-feira o Butantan está processando o envaze de cinco milhões de doses da Coronavac | Foto: Governo de SP

O Instituto Butantan, ligado ao Governo de São Paulo, somente volta a entregar cinco milhões de doses da Coronavac, a vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde na primeira semana de maio. A informação é do Governo de São Paulo. As novas doses se encontram em processo de fabricação e é o resultado do recebimento de três mil litros de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) chegaram a São Paulo na última segunda-feira (19).

A remessa veio diretamente da biofarmacêutica Sinova, na China. Segundo a assessoria de imprensa do gabinete do governador paulista, além do envase, que trabalha 24 horas por dia e 7 dias por semana para atender à demanda atual, os insumos também passarão pelos processos de rotulagem, embalagem e um rígido processo controle de qualidade dos frascos.

Segundo a nota do governo paulista, desde 17 de janeiro o Instituto Butantan já enviou 41,4 milhões de doses ao PNI. Somente em abril foram disponibilizadas 5,2 milhões de vacinas. Em março foram 22,7 milhões, em fevereiro, 4,85 milhões e, em janeiro, 8,7 milhões de unidades. Com a nova produção iniciada nesta terça-feira o total de doses entregues aumentará para 46,4 milhões.

Um segundo carregamento de matéria-prima, com mais três mil litros de IFA, que corresponde a outras cinco milhões de doses , aguarda autorização para embarque pelo governo chinês e deverá chegar nas próximas semanas a São Paulo. Ainda não há data agendada para esse novo recebimento.

Produção

Esta produção somente será entregue à distribuição nacional a partir da primeira semana de maio | Vídeo: Governo de SP

O primeiro passo, a partir do recebimento da matéria-prima, é armazená-la em câmara fria e contêiner de aço inox. Depois, o contêiner é encaminhado para a sala de tanques para transferência do composto para a bolsa de agitação e, daí, para o tanque pulmão, onde ocorre o processo de envase.

Durante o processo de envase os frascos-ampola são lavados e esterilizados por meio de ar seco quente, passam automaticamente para a entrada da máquina envasadora e, por meio de esteiras automáticas, são posicionados nas agulhas que despejam o produto dentro dos frascos via bomba dosadora. Os frascos-ampola já com o produto são entregues pela esteira automática à Recravadora, para recebimento do selo de alumínio.

Uma terceira fase é a inspeção visual manual, rotulagem e checagem dos rótulos e, por fim, embalagem dos frascos-ampola. Por último, após o conteúdo envasado, são feitos testes de qualidade por amostragem, incluindo aspecto, pH, volume extraível, volume médio, teor de alumínio, teste de vedação, osmolalidade, identidade, conteúdo antigênico, toxicidade, esterilidade e endotoxina.