A Câmara de Vereadores de Vitória está obrigada a cumprir imediatamente a determinação do Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) e retirar o nome do ex-vereador bolsonaristas e radical da extrema-direita da Capital capixaba, Gilvan Aguiar Costa, vulgo Gilvan da federal (PL), da lista de membros daquela casa ade lei municipal, porque ele não tem mais mandato municipal por ter sido cassado. Apesar da ordem, a Câmara, formada por maioria bolsonaristas, ainda insiste em manter em seu portal oficial o nome do ex-vereador como se fosse um dos membros da 19ª legislatura, entre 1º de janeiro de 2021 a 31 de dezembro de 2024.
A decisão de cassar o mandato do cidadão carioca que se elegeu como vereador de Vitória ocorreu nesta última segunda-feira (12), quando o TRE-ES por unanimidade resolveu acatar pedido formulado pelo Patriota, partido que o ex-vereador se elegeu nas eleições municipais de 2020. Ele ignorou que o mandato pertence ao partido e não à sua pessoa física e resolveu abandonar o Patriota para se filiar ao Partido Liberal (PL), para sair candidato a deputado federal, cargo esse que obteve vitória eleitoral. Gilvan, por ser um carioca que não conhece Vitória e sua História, chegou a chamar o Centro Histórico de Vitória de “bairro da periferia”. Assim, demonstrou não saber que o Centro de Vitória foi a terceira capital de Estado mais antiga do Brasil, já que o Rio de Janeiro, onde nasceu, somente surgiu após o surgimento do Centro de Vitória.
Novo vereador fez quatro tentativas para se eleger
A ação foi impetrada pelo primeiro suplente a vereador pelo Patriota, Leonardo Passos Monjardim, de 49 anos, que se declarou para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como sendo empresário, solteiro e com grau de instrução superior. Nas eleições de 2020, Leonardo Monjardim completou a sua quarta tentativa de se eleger vereador por Vitória. Ele tentou e foi derrotado nas eleições de 2004, pelo partido PAN, em 2008 pelo PT, em 2016 pelo PDT e em 2020 pelo Patriota.
Ao contrário do diretório municipal e estadual do Cidadania, que ignorou a lista de suplentes e concordou que o bolsonaristas Luiz Emanuel Zouain pedisse para sair do partido carregando junto a si o mandato, o Patriota não deu esse aval ao ex-vereador Gilvan. Na eleição proporcional, o mandato é do partido e é de sua obrigação repassar a vaga ao primeiro suplente. A expectativa do Patriota é que o novo vereador da capital, Leonardo Passos Monjardim, seja empossado ainda no decorrer desta próxima semana.