O governador Renato Casagrande (PSB) usou na manhã desta terça-feira (6) as suas redes sociais para comunicar que assinou o decreto 661-S e o publicou em edição extra do Diário Oficial três dias de luto oficial no Espírito Santo pela morte do presidente do Conselho de Administração da Rede Gazeta, Carlos Fernando Lindenberg Filho, o Cariê. O empresário de comunicação, músico e escritor Cariê morreu nesta mesma terça-feira (6), aosd 85 anos, em Vitória, devido a complicações de uma pneumonia.
No Twitter o governador se expressou da seguinte forma: “O ES perdeu uma das suas maiores personalidades: o empresário, músico e escritor e presidente do grupo Rede Gazeta, Carlos Fernando Lindenberg. Cariê se notabilizou como defensor da democracia e da liberdade de imprensa. Sua história orgulha os capixabas. Siga em paz”, disse o governador. De acordo com a família, o velório e o enterro serão restritos à família, devido à pandemia do Covid-19. Segundo a Secretaria de Estado da Cultura, Cariê é autor de cinco livros: “Bis+ 5”, de 2009; “Eu e a Sorte”, de 2002; “O Galinha e Elas”, de 2003; “GLS: Entenda as entendidas” de 2005; e “Pingos e Respingos” de 2005.
Tristeza
O empresário, de acordo com os familiares, deixou três filhos: Carlos Fernando (Café), Letícia e Beatriz, além de cinco netos (Eduardo, Mariana, Carlos Fernando, Carolina e Antônio). A morte do empresário trouxe muita tristeza entre os funcionários da Rede Gazeta, uma vez que ele, quando esteve à frente da direção da empresa entre 1965 e 2001 sempre os tratava muito bem e dialogava frequentemente com os empregados em bate-papo como um colega e amigo.
Em 2002, Cariê lançou o livro “Eu e a sorte”, onde contou que entrou no mundo empresarial por pura sorte. Ele disse na sua obra literária que não teve formação em Administração de Empresas, mas iniciou a sua jornada no mundo dos negócios duplicando o tamanho da fazenda da família, a Três Marias, em Linhares. Posteriormente, no comando do jornal A Gazeta, que adquiriu de seu pai, desenvolveu o empreendimento até se transformar no maior conglomerado de comunicação do Estado. Seu pai foi governador do Espírito Santo em duas gestões, de 1947 a 1951 e de 1959-1962).