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Casagrande é criticado por deixar o bolsonarismo crescer dentro da PM capixaba

O portal de notícias UOL fez uma reportagem nesta terça-feira (16) para mostrar a retaliação política que a PM vem fazendo contra o capitão PM Vinicius Cassio Correa de Sousa e o cabo PM Vinicius Querzone de Oliveira Sousa. O governador não interferiu no aumento do bolsonarismo dentro da corporação

Policiais legalistas do grupo Antifasdcistas reproduziram a reportagem do UOL com uma crítica ao PSB de Casagrande | Foto: Facebook

A omissão do governador Renato Casagrande (PSB) em permitir a politização  e o crescimento do bolsonarismo dentro da Polícia Militar do Espírito Santo (PM-ES) vem sendo duramente criticada nas redes sociais. A crítica intensificou-se a partir desta terça-feira (16) com a publicação pelo portal nacional de notícias UOL da matéria “PM capixaba ordena devassa virtual contra o grupo “Policiais Antifascismo””, assinada pelo colunista Rubens Valente.

A inércia do governador vem permitindo o bolsonarismo dentro da PM se elevar cada vez mais, sem que seja reprimido. Não existe dentro da PM capixaba nenhuma repressão aos policiais militares que mobilizam extremistas de direita através de suas redes sociais para participarem de atos antidemocráticos contra as instituições brasileiras, como o Supremo Tribunal Federal (STF), mas a direção da PM se incomoda com os policiais militares que pregam a legalidade e o respeito às instituições.

PM vigia “postagens indevidas” dos legalistas

Na matéria do colunista do UOL observou que a Corregedoria da Polícia Militar do Espírito Santo determinou um levantamento completo sobre páginas e redes sociais do grupo de “Policiais Antifascismo” do Estado na internet a fim de localizar “postagens indevidas”. A ação foi desencadeada dentro de processos administrativos movidos pela corporação contra um capitão que teria feito “críticas ao governo federal” e um cabo que teria integrado “movimento contra o governo federal”, entre outras acusações.

Segundo a reportagem do UOL as ordens para a devassa virtual estão formalizadas em dois despachos assinados em agosto último pelo chefe da Divisão Corporativa de Investigação Correcional da PM capixaba, o tenente-coronel Gelson Lozer Pimentel. Em dois despachos no bojo de duas “Investigações Preliminares Sumárias”, ele determinou a um seu subordinado, o capitão Giovano Pacanha Bailotti: “verificar postagens indevidas em redes sociais envolvendo o grupo denominado ‘Policiais Antifascismo'” e “verificar páginas eletrônicas do grupo”, segundo o que informa o UOL.

Capitão PM Vinicius Corre e o cabo PM Vinicius Santos são perseguidos por defender a legalidade democrática | Foto: Facebnook

“Diligências”

Esses despachos formam o embasamento para a “realização das diligências” integram dois PADs (Processos Administrativos Disciplinares) abertos pela PM contra o capitão PM Vinicius Cassio Correa de Sousa e o cabo PM Vinicius Querzone de Oliveira Santos.

De acordo com o UOl a perseguição do comando bolsonarista da PM contra o capitão Sousa se iniciou em julho deste ano após o policial legalista ter saído de seu horário de expediente e, em trajes civis, ter participado de uma manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 19 de junho no município de Marataízes (ES). O que a PM não faz contra seus comandatos que atacam o STF e saem em passeata para apoiar Bolsonaro, fez contra o policial que defende a legalidade.

Um setor da 9ª Companhia Independente foi atrás para fazer fotos e vídeos do capitão, que é formado em direito e pós-graduado em gestão pública. O conhecimento de leis deve incomodar a chefia bolsonarista da PM do Espírito Santo. No ato que em que o capitão participou o seu chefe imediato, o major Luciano Nunes Buzim, comandante da 9ª Companhia ficou incomodado.

Incomodado com a atitude do capitão em defesa da democracia, o major Buzim, de acordo com o UOL, fez um relatório sobre o capitão: “O oficial fez uso do microfone para exprimir suas insatisfações contra o governo federal; durante sua fala o capitão Sousa pediu um minuto de silêncio pelos policiais vitimados pela Covid-19”, diz Buzim no document onde ele assinou.

Invetigados não fizeram críticas aos superiores

Enquanto a PM do governo estadual do PSB persegue os PMs que lutam pela legalidade e privilegia os que atacam a democracia e saem às ruas na defesa de Bolsonaro, o UOL relata na sua reportagem que a ‘Corregedoria copiou quatro postagens do capitão na rede social Facebook”. A coluna do portal de notícias UOL disse que fez uma busca nas redes sociais e não encontrou, nas manifestações, nenhuma crítica do capitão aos seus superiores ou à PM capixaba.

O que Sousa disse nas suas redes, de acordo com o UOL, é sobre o contexto nacional. “Repito a fala de Boulos: ‘Não dá para olhar passivamente o Brasil sangrar até 2022, perdendo vidas à espera das eleições”, diz, por exemplo, um texto na rede social atribuído pela PM a Sousa.

“Libelo acusatório”

O UOL ainda relata que no “libelo acusatório” contra Sousa, a autoridade processante do PAD, o major Walter Francisco de Araújo Filho, afirmou que o capitão infringiu o artigo 43 da Constituição estadual, que diz que o militar em serviço ativo “não poderá ser filiado a partido político nem exercitar atividade político-partidária”, e dois artigos da Lei Complementar 962, de 2020, que fala em “transgressões disciplinares”. Mas o mesmo major faz vistas aos PMs que defendem Bolsonaro sistematicamente em suas redes sociais e as bobagens ditas pelo presidente de extrema-direita.

Há mesma devassa para PMs de direita?

Na sua reportagem, o colunista do UOL indagou se uma devassa semelhante foi feita sobre PMs de direita ou de extrema-direita, a PM capixaba mentiu e disse que todos os policiais “estão igualmente vinculados ao referido regramento, independente de postos ou graduações, bem como de quaisquer inclinações ideológicas ou partidárias”. A afirmativa não é verdadeira porque toda a sociedade capixaba acompanhou a perseguição política que a instituição militar, sob o comando de Casagrande, empreende sobre os policiais legalistas, que se auto intitulam “Policiais Antifascismo”.

O UOL recapitulou sobre a sanha de extrema direita da PM capiaba sobre o Capitão que virou alvo dos bolsinaristas da corporação por fazer críticas a Bolsonaro As ordens para a devassa virtual estão formalizadas em dois despachos assinados em agosto último pelo chefe da Divisão Corporativa de Investigação Correcional da PM capixaba, o tenente-coronel Gelson Lozer Pimentel.

Em dois despachos no bojo de duas “Investigações Preliminares Sumárias”, ele determinou a um seu subordinado, o capitão Giovano Pacanha Bailotti: “verificar postagens indevidas em redes sociais envolvendo o grupo denominado ‘Policiais Antifascismo'” e “verificar páginas eletrônicas do grupo”. Os despachos para a “realização das diligências” integram dois PADs (Processos Administrativos Disciplinares) abertos pela PM contra o capitão PM Vinicius Cassio Correa de Sousa e o cabo PM Vinicius Querzone de Oliveira Sousa.