fbpx
Início > Painel CRC/ES > Página 12

Painel CRC/ES

Apenas os conteúdos referentes ao CRC

Reserva de lucros é o tema do próximo Circuito Técnico promovido pelo CFC | Imagem: Reprodução/Internet

Por Lorena Molter/Comunicação CFC

O 26º Circuito Técnico será a oportunidade para os profissionais da contabilidade entenderem mais sobre o tema “Reservas de Lucros: constituição, limites e utilização”. O webinar acontece no dia 14 de outubro, às 15h30, com transmissão pelo canal do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) no YouTube.

O assunto será apresentado pelo sócio aposentado da Deloitte, professor mestre Marcelo Cavalcanti, e pelo professor doutor da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), Benjamim Acuña. A conselheira do CFC Monica Foerster realizará a moderação do evento e a abertura do webinar ficará a cargo do também conselheiro da entidade, Aloísio Rodrigues.  

Após as exposições de cada um dos painelistas, será aberto um espaço para perguntas, em que o público poderá fazer comentários e esclarecer as suas dúvidas.

Inscrições

Para garantir o certificado de participação no evento, os interessados devem fazer inscrição. Esse público receberá um link de acesso ao encontro pela plataforma Zoom, para o acompanhamento do webinar e para o registro de presenças. O Circuito Técnico terá carga horária de 1h30. Para fazer a sua inscrição, clique aqui.

Sobre o Circuito Técnico

O Circuito Técnico é organizado e conduzido pela Câmara Técnica do CFC e tem o objetivo de levar informações ao contador sobre temas do seu dia a dia de trabalho, para que o profissional consiga prestar serviços cada vez melhores à sociedade.

FacebookTwitterWhatsappEmail
Networking – Imagem: Reprodução/Internet

O Conselho Regional de Contabilidade do Espírito Santo (CRC-ES) está anunciando que a data para a realização do curso “Construindo sua Marca Pessoal por meio de Networking” foi transferida para este próximo sábado (8), de 9h às 13h. O evento, que anteriormente seria realizado nesta quinta-feira (6), manteve o mesmo local. Vai ocorrer no local denominado “IPOG”, no Hotel Comfort, no Bairro Praia do Canto, em Vitória (ES). Para participar, o interessado terá de pagar a taxa de inscrição de R$ 50,00.

Segundo os organizadores, o evento tem como objetivo debater temas diversos, como: Técnicas de Oratória, Dicas para melhorar a Presença no Digital, Como fazer uma Comunicação Assertiva e Como usar a Inteligência Emocional. Maiores informações podem ser obtidas através do telefone celular (27) 99996-5861.

O que é networking?

O networking pode ser entendido como uma “rede de contatos”, que costuma estar associado mais com o âmbito profissional do que com o pessoal. Embora, de qualquer forma, os dois contextos estejam ligeiramente associados. Especialistas do setor garantem que a construção de uma boa Networking traz impactos positivos no desenvolvimento da carreira, proporcionando boas oportunidades na vida profissional.

Ainda é destaco entre esses especialistas que esse tipo de rede, contribui para o crescimento na organização empresarial, parceria de negócios, vagas de emprego, entre outros. Para quem está em busca de recolocação no mercado de trabalho ou buscando uma oportunidade, é na verdade, essencial. Afinal, é através do networking/indicações que muitas vagas de emprego são preenchidas, destacam esses estudiosos.

FacebookTwitterWhatsappEmail
CRC-ES questiona Sefaz-ES sabre detalhes de aplicação da nova regra para o Difal | Foto: Divulgação/Sefaz-ES

Entre os questionamentos feitos pelo Conselho Regional de Contabilidade do Espírito Santo (CRC-ES), é saber sobre qual é a metodologia a ser adotada pelos contribuintes, sobre a aplicação das regras relativas à nova forma de cálculo do Diferencial de Alíquotas (DIFAL), para contribuintes do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal de Comunicação (ICMS).

A iniciativa é fruto do resultado do posicionamento do Conselho como órgão fiscalizador e das constantes reuniões do grupo GTFAZ/ES. O documento foi emitido pela Secretaria de Estado da Fazenda do Espírito Santo (Sefaz-ES) no último dia 1º e é assinado pelos auditores da Receita Estadual, Flávio Viganor Silva e Rogério Barbosa Viana Lima, que aprovaram o Parecer de Orientação Interna nº 518/2022. Relatório

No relatório, os técnicos tributários da Sefaz-ES resumem o teor do documento da seguinte forma: “Versam os autos sobre pedido de orientação interna formulado pela Subsecretaria de Estado da Receita do Espírito Santo, doravante denominada consulente, sobre interpretação e aplicação das regras relativas à nova forma de cálculo do diferencial de alíquotas (DIFAL) para contribuintes do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), bem como a data de produção de efeitos da referida sistemática”.

“Em síntese, o Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Espírito Santo (CRC/ES) oficiou a consulente, solicitando esclarecimentos acerca da forma de cálculo do DIFAL para contribuintes, introduzido pela Lei Estadual 11.623/2022, que alterou artigos da Lei 7000/2001. Segundo consta no ofício, o CRC/ES, através de seu “Grupo de Estudos Tributários”, chegou à seguinte conclusão sobre a interpretação literal do art. 11, §§ 1º e 3º, da Lei 7000/2001”, prosseguem. Eles ainda dizem o que foi questionado pelo órgão de representação dos contadores.

“Sendo assim, o CRC vem solicitar informações sobre qual metodologia deve ser adotada pelos contribuintes? Quanto à data em que produz efeitos a alteração provocada pela Lei Estadual nº 11.623, de 24.05.2022, é importante que a SEFAZ manifeste seu entendimento oficial a ser seguido pelos contribuintes: referida lei produz efeitos já a partir de 25.05.2022 ou a partir do primeiro dia do próximo ano em razão do princípio da anterioridade nonasegimal?”. Para ter acesse a íntegra do documento, bastando clicar neste link.

O que é Difal?

O Diferencial de Alíquota do ICMS ou DIFAL ICMS pode ser definido como uma solução pensada para tornar o recolhimento do imposto em questão mais justo entre os estados. Anteriormente, o ICMS era retido no Estado da empresa vendedora. Isso causava prejuízo a alguns estados no recolhimento, visto que as vendas online proporcionam um cenário mais competitivo.

Diante disso, o DIFAL passou a ser aplicado de forma compartilhada entre o estado de origem da venda e o estado de destino do produto. Este processo de mudança começou no ano de 2015 e as transações feitas por pessoas que não são contribuintes de ICMS passaram a ser abrangidas, o que engloba grande parte dos consumidores que faz as suas compras online.

O DIFAL não é um tributo que é mostrado na nota fiscal, mas é essencial para a manutenção da justiça tributária. Para compreender melhor o que é DIFAL, é importante esclarecer alguns aspectos relativos ao ICMS. Nesse sentido, vale pontuar que este é um imposto que incide sobre as transações comerciais como: Serviços de comunicação, independente do meio; Circulação de mercadorias; Fornecimento de mercadorias cuja prestação de serviço não seja compreendida nos tributos do município e  Serviços de transporte interestadual e intermunicipal.

FacebookTwitterWhatsappEmail
CFC traz histórias da atuação das mulheres na contabilidade | Imagem: Reprodução/Internet

Por Luciana Melo Costa/Comunicação CFC

A atuação feminina na Contabilidade foi conquistada pela força do exemplo de mulheres cujas histórias de vida foram determinantes ao sucesso dessa ação. São muitas narrativas baseadas na coragem, no esforço e sobretudo na perseverança de quem nunca desistiu de um objetivo nem se deixou abater por adversidades ao longo da respectiva trajetória.

Joseny Gusmão da Silva, presidente do Conselho Regional do Amazonas (CRCAM), é um exemplo expressivo de garra na vida e na profissão. Aos 16 anos, ela escolheu fazer o curso de técnico em contabilidade em Manaus (AM); à época, era moradora da zona rural do município de Manacapuru (AM) e, entre idas e vindas, levava 4 horas no deslocamento diário, alternando balsas e ônibus. Atualmente, Joseny é formada em Ciências Contábeis e em Direito, e preside o segundo maior Conselho Regional de Contabilidade da Região Norte do país.

“Foi muita garra, força da família, determinação e coragem para enfrentar todos os obstáculos que eu sabia que tinha que enfrentar. Mas Deus e os bons guias de luz foram a minha fé e meu equilíbrio para essas conquistas, pelas quais hoje sou muito grata e honrada”, afirma Joseny.

Essa história inspiradora teve como ponto de virada a compaixão e o pioneirismo de duas mulheres que mudaram o destino de Joseny.

“Aos 16 anos, escolhi fazer o curso de técnico em contabilidade. Minha patroa, dona Auxiliadora, era a chefe da Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas (Sefaz/AM) e, ao ver meu esforço, me indicou para um estágio em um escritório de contabilidade. Essa foi a grande oportunidade que me possibilitou deixar de ser empregada doméstica para me tornar estagiária. Foi o ponto-chave em que tudo começou. Formei aos 18 anos, fui efetivada no escritório de contabilidade e lá fiquei por 7 anos, trabalhando na área contábil. Nesse período, tive a oportunidade de cursar Ciências Contábeis, na capital do Estado. A chance de cursar a faculdade veio por meio de uma iniciativa da presidente do CRCAM à época, Lucilene Viana, que concedeu aos técnicos de contabilidade 50% de desconto no curso de Ciências Contábeis. Essa iniciativa acendeu minha esperança de obter um diploma de bacharelado, mas, para isso, tive que, mais uma vez, criar coragem para retomar os estudos”, lembra a presidente.

E ela não parou por aí. Anos depois, Joseny saiu da empresa em que trabalhava para abrir o próprio escritório de contabilidade, atualmente com 22 anos de existência. “Tudo isso se deu com ajuda da minha família e do meu tio João Carlos de Oliveira, que pagou 6 meses de aluguel e mobiliou o escritório para eu ter minha independência financeira”, ressalta.

Enquanto Joseny trabalhava como autônoma e estudava Ciências Contábeis, o CRCAM, por meio de outra iniciativa, ofertou aos profissionais registrados no Regional a possibilidade de uma segunda graduação, com 50% de desconto. “Logo vi a oportunidade de frequentar o curso de Direito. Assim, comecei a estudar simultaneamente os dois cursos e concluí ambos em 6 anos. Aproveitei algumas disciplinas de Ciências Contábeis, que digo que é o casamento perfeito das profissões.”

Apesar de falar sobre esse período com muita leveza, a realidade de Joseny à época não era nada fácil, como ela mesma descreve. “Eu saía de Manacapuru às 12h, no ônibus ofertado pela prefeitura aos estudantes. O trajeto durava uma hora e meia na estrada, mais 30 minutos na travessia do Rio Negro, de balsa. Já em Manaus, eu passava mais meia hora dentro do ônibus, que saía do porto do São Raimundo até chegar ao bairro de Adrianópolis, onde se localiza a faculdade. Na volta, eu tinha que pegar a última balsa, que saía à meia-noite; em seguida, tornava a pegar o ônibus, já em Manacapuru, e chegava em casa à 1h30”, descreve.

Mesmo sendo um exemplo de perseverança, competência e muita força de vontade, Joseny destaca outras histórias inspiradoras dentro da área contábil. Para ela, quanto mais as mulheres se enxergarem umas nas outras, maior será o incentivo à participação feminina na profissão contábil.

“Grande parte das conquistas femininas na área contábil se deve ao fato de Maria Clara Bugarim, primeira mulher a presidir o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), demonstrar que ‘lugar de mulher é onde ela quiser’. O comprometimento dela em trazer a mulherada para a profissão contábil foi o ponto fundamental que impulsionou mais mulheres a segui-la. Assim também aconteceu aqui no Estado do Amazonas, onde tivemos a primeira mulher presidente do CRCAM, Lucilene Florêncio Viana, que abriu as portas para alavancarmos nossa profissão e presença.”

Joseny fala com propriedade sobre a importância dos exemplos, uma vez que sua trajetória é prova de que as mulheres estão unidas e vibram com o sucesso das outras. “Ficamos muito felizes e representadas quando assistimos a uma mulher ocupar um lugar de destaque em nossa profissão”, pondera.

XIII Encontro Nacional da Mulher Contabilista – Para compartilhar esta e outras histórias de sucesso, o CFC promoverá, entre os dias 20 e 22 de setembro de 2023, em Manaus/AM, o XIII Encontro Nacional da Mulher Contabilista. O evento, cujo tema é “A nossa trajetória é o NOSSO sucesso!”, teve seu lançamento anunciado no Conexão Contábil edição Norte.

Joseny convida as mulheres da categoria a participar do XIII Encontro Nacional da Mulher Contabilista, destacando que será um momento único de trocas, aquisição de conhecimento e muitas outras experiências.

“Vamos mostrar o papel da mulher regional, cabocla, moderna e contemporânea. Também abordaremos sua chegada ao empreendedorismo contábil e como estamos inovando com o uso da tecnologia ao nosso favor. Trabalhamos e nos dedicamos para que esse encontro aqui no Amazonas seja uma experiência inesquecível. Vamos trazer os exemplos femininos para discussão e mostrar como a mulher também pode ser agente de transformação social”, ressalta.

Joseny não esconde a emoção de sediar o XIII Encontro Nacional da Mulher Contabilista. Segundo a presidente, apesar de o evento já estar consolidado, a sua realização representa uma ação de luta e conquista. A presidente parabeniza as profissionais do Sistema CFC/CRCs pelo esforço de planejarem e promoverem o evento, de forma a fortalecer a participação feminina na categoria.

“Nesse contexto de muita felicidade em recebê-las aqui, no pulmão da Amazônia, desde já, quero parabenizá-las por continuar aumentando o espaço feminino nessa trajetória contábil, pois precisamos de mulheres como vocês para incentivar, encorajar e apoiar umas às outras. Unidas seremos uma potência”, conclui a presidente Joseny.

FacebookTwitterWhatsappEmail
Veja como foi a participação do único candidato de esquerda que concorre ao cargo de governador do Espírito Santo, nas eleições 2022 | Vídeo: YouTube

O único candidato da esquerda capixaba ao cargo de governador do Espírito Santo, o capitão Vinicius Sousa, do PSTU, com o número de urna 16, ao participar da sabatina entre os postulantes ao Palácio Anchieta, em evento realizado pelo Conselho Regional de Contabilidade do Espírito Santo (CRC-ES), defendeu a redução na quantidade de municípios. “Nós temos 78 municípios e isso quer dizer que é mais de 70 secretarias municipais, 78 Câmaras municipais, burocratizando muito as relações. Precisamos de municípios que tenham capacidade de fazer a captação de recursos, processos licitatórios e que tenham um corpo técnico necessário para o desenvolvimento dos municípios e para a sua desburocratização”, assinalou.

A sua proposta é pertinente, uma vez que é comum observar no Espírito Santo o uso da estrutura das Prefeituras como um loteamento de cargos entre os antigos cabos eleitorais e até entre pastores evangélicos que trouxeram os votos dos membros de sua congregação para prefeito. Esse é o caso que ocorre em municípios da Grande Vitória, onde o prefeito colocou o filho de um aliado político do município vizinho em um cargo comissionado, dentro se seu gabinete, com salário mensal de exatos R$ 23.964,02. Há municípios que somente existem devido a acordo entre deputados e lideranças políticas, para gerar dezenas de empregos para aliados políticos em cargos na prefeitura e na câmara de vereadores.

Em atenção a pergunta da presidente do CRC-ES, Carla Tasso, sobre a proposta para a desburocratização, o capitão Vinicius terminou a sua resposta complementando: “Mas, infelizmente essa não é e nem vai ser a realidade da maioria dos municípios, que somente existem para abrigar o conjunto de política local com cargo de vereador, de secretário, etc. O desenvolvimento econômico, tecnológico, passa por uma ruptura no atual modelo de Estado. Que chame a classe trabalhadora e que os próprios servidores para que possam ditar os rumos de cada um dos setores, acatando os desejos e dos anseios dos conselhos populares de cada uma das comunidades do Espírito Santo”.

Em relação a outra pergunta formulada pela dirigente do CRC-ES em relação a propostas para o fortalecimento do turismo regional, o único candidato da esquerda capixaba a governador respondeu: “Turismo para nós não é pintar parede e ajeitar o Estado para atrair o europeu. Não, nada disso, turismo, na nossa leitura, é o direito da nossa classe trabalhadora poder fazer turismo com a sua família”. Essa é a sua proposta para ampliar e qualificar o turismo, com geração de emprego no Espírito Santo.

Desenvolvimento econômico e críticas às privatizações

Na mesma sabatina, ao responder uma questão sobre proposta de desenvolvimento econômico, o capitão Sousa, do PSTU, aproveitou a oportunidade para fazer críticas ao processo de privatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), que segundo ele foi vendida muito abaixo do que vale. “A ciclovia na Terceira Ponte, que foi mencionada aqui, custou mais do que o porto. Que desprezo é esse pela classe trabalhadora tem produzido neste Estado? O trabalhador carrega esse Estado nas costas e é desprezado”, assinalou o capitão Sousa.

Também cutucou o “socialista” que governa atualmente o Estado e é candidato à reeleição, ao dizer que pretende retomara a ES Gás, caso seja eleito, “que foi privatizada (pelo atual governador do PSB). “Como socialista? Socialista que privatiza nossas empresas sem R$ 1,00 de dívida. Então, quando é feita essa entrega à iniciativa privada, não é de interesse do povo, porque deveria estar servindo à classe trabalhadora. E perceba, através do DER,.nós poderíamos tocar um grande plano de obras públicas com contratação direta. Não com contratação de grandes empreiteiras que tem relacionamento com o sistema político. Contratação direta, com o DER gerando emprego em cada uma das regiões desse Estado”, completou.

Sousa disse durante a sua participação no evento do CRC-ES que o Estado gasta com folha 30 e poucos por cento e poderia gastar até 55% e que há uma reserva líquida de caixa de 32% do ano passado. “Então, são R$ 6 bilhões. Nós queremos que esse dinheiro seja investido na geração de emprego e na estrutura desse Estado”, afirmou.

“Não acredite que um governador fará transformação”

No encerramento, Vinicius Sousa agradeceu ao CRC-ES e deixou a seguinte mensagem: “Não acredite, irmão trabalhador, que será a eleição de um governador de Estado, qualquer que seja o eleito, mesmo eu que estou te dizendo isso que vai fazer uma transformação. A transformação só é possível se for feita diretamente pela classe trabalhadora”.

E completou: “Estamos em uma revolução. Não uma revolução burguesa. A revolução que está sendo apresentada aí, colmo avanço em outros Estados, foi o avanço dos grandes capitalistas e não repercutiu em mais empregos para o povo e nem em mais salários para o povo. O povo continua na miséria. Isso não resolve. Nós queremos uma nova estrutura de Estado, voltada para atender às necessidades da classe trabalhadora. Vem com a gente. Eu sou o capitão Vinicius Sousa, candidato a governador com o número 16.e conto com seu apoio no próximo domingo.”

“Programa voltado à classe trabalhadora”, diz o candidato do PSTU

 “Aproveito este momento para trazer um programa voltado à classe trabalhadora. O único programa voltado a classe trabalhadora. Nós queremos alterar a estrutura deste Estado e para isso é necessário a revolução social. Uma verdadeira revolução, partindo do trabalhador, para que eles façam a gestão deste Estado de cada um de seus setores. Nós vimos ontem (última terça-feira, 27) acontecer mais um episódio, que foi um debate (da Rede Gazeta/Globo) voltado apenas aos candidatos dos grandes partidos com assento no Congresso e que impediu a participação de qualquer um que não esteja no Congresso e que queira transformar esse sistema”, iniciou.

“Mas, não podem participar dos debates ao vivo e que é a grande imprensa. A quem pertence essa grande empresa? A mesma burguesia que é dona do Estado. São os grandes milionários. Não são os pequenos comerciantes. São os latifundiários. Esses sim, percebam a intimidade com que o ex-governador Paulo Hartung trata hoje o grupo intitulado Suzano. É a Aracruz Celulose. Essa empresa poluidora.Traz mortes para as populações indígenas, quilombolas, destrói o nosso solo com monocultura de eucalipto, que suga as águas e os recursos do solo. É um plantio que não obedece a boa técnica. Portanto, não serve ao nosso Estado. A riqueza produzida por essa empresa, que poderia estar voltada a amenizar os transtornos gerados e a servir a classe trabalhadora com grande plano de obras públicas e gerar empregos. Nada disso está a nossa disposição. Está a serviço dos milionários, assim também como nosso minério”, declarou durante a sua fala na sabatina do CRC-ES.

Reduzir o número de municípios

“A questão da desburocratização e do desenvolvimento econômico, que está relacionado à tecnologia, é que para desenvolver a economia do Espírito Santo, do Brasil, é preciso enfrentar o modelo de Estado. Nós temos um Estado submisso ao imperialismo, ao sistema financeiro internacional que não prioriza as nossas necessidades. O nosso papel, o papel do Brasil, segundo esse sistema imperialista na divisão internacional do trabalho é o de exportador de matéria prima. Então, qualquer progresso que nós desejamos para o Brasil, ele exigira uma ruptura com esse modelo. Por isso a revolução é necessária, a ruptura é necessária. Perceba presidente, nós tínhamos até poucas décadas 30% da indústria no PIB, hoje está abaixo de 10%. A tendência, infelizmente, é o contrário do que nós necessitaríamos para gerar empregos de qualidade.

E para essa desburocratização seria também necessário chamar a classe trabalhadora para, através de plebiscitos, reduzir o número de municípios. Nós temos 78 municípios e isso quer dizer que é mais de 70 secretarias municipais, 78 Câmaras municipais, burocratizando muito as relações. Precisamos de municípios que tenham capacidade de fazer a captação de recursos, processos licitatórios, tecnológicos e que tenha um corpo técnico tanto com contabilidade quanto arquitetura e com cada um nas áreas técnicas necessárias para o desenvolvimento dos municípios e para a sua desburocratização. Mas, infelizmente essa não é e nem vai ser a realidade da maioria dos municípios, que somente existem para abrigar o conjunto de política local com cargo de vereador, de secretário, etc. O desenvolvimento econômico, tecnológico, passa por uma ruptura no atual modelo de Estado. Que chame a classe trabalhadora e que os próprios servidores possam ditar os rumos de cada um dos setores acatando os desejos e dos anseios dos conselhos populares de cada uma das comunidades do Espírito Santo.

Atração de negócios e investimentos e Tasso falou a importância dos portos e da logística

Queria começar por essas questões especificamente. A Garoto pertence ao grupo transnacional e a maior indústria de alimentos do mundo, indústria cacaueira, que inclusive explora o trabalho escravo da África. E sub explora os trabalhadores por todo o mundo na medida das possibilidades. Esses capitalistas, se puderem sairmos da escravidão. A nossa história de cinco séculos, quatro de trabalho escravo como essencial da economia desse país. Isso não foi exceção. E ainda em vários continentes esse trabalho é praticado. Portanto, isenções fiscais a esses? Não, não. Nós temos que retomar essa riqueza, toda ela produzida pela classe trabalhadora.

Com relação ao porto, a Codesa, foi vendida a pouco por um valor abaixo do custo. A ciclovia na Terceira Ponte, que foi mencionada aqui, custou mais do que o porto. Que desprezo é esse pela classe trabalhadora tem produzido neste Estado? O trabalhador carrega esse Estado nas costas e é desprezado. Então, temos sim que investir em infraestrutura massivamente. Porto, rodovia, ferrovias. Só é possível fazer isso retomando as nossas riquezas. Por exemplo, com auditoria das concessões que são feitas, as isenções fiscais que são concedidas, todas elas aos grandes milionários, não podem existir. A retomada da ES Gás, que foi privatizada (pelo atual governador do PSB).

Como socialista? Socialista que privatiza nossas empresas sem R$ 1,00 de dívida. Então, quando é feita essa entrega à iniciativa privada, não é de interesse do povo, porque deveria estar servindo à classe trabalhadora. E perceba, através do DER,.nós poderíamos tocar um grande plano de obras públicas com contratação direta. Não com contratação de grandes empreiteiras que tem relacionamento com o sistema político. Contratação direta, com o DER gerando emprego em cada uma das regiões desse Estado. O Estado gasta com folha 30 e poucos por cento e poderia gastar até 55%. Há uma reserva líquida de caixa de 32% do ano passado. Então, são R$ 6 bilhões. Nós queremos que esse dinheiro seja investido na geração de emprego e na estrutura desse Estado. “Turismo para nós não é o que temos de pintar de parede e ajeitar o Estado para atrair o europeu. Não, nada disso, turismo, na nossa leitura, é o direito da nossa classe trabalhadora poder fazer turismo com a sua família. Então está gerando empregos e que nós iremos qualificar o turismo no Espírito Santo”, disse em resposta a pergunta sobre esse tema.

Encerramento da sabatina do CRC-ES

No encerramento o candidato do PSTU agradeceu ao CRC-ES pelo convite. “Não acredite, irmão trabalhador, que será a eleição de um governador de Estado, qualquer que seja o eleito, mesmo eu que estou te dizendo isso que vai fazer uma transformação. A transformação só é possível se for feita diretamente pela classe trabalhadora. Estamos em uma revolução. Não uma revolução burguesa. A revolução que está sendo apresentada aí, colmo avanço em outros Estados, foi o avanço dos grandes capitalistas e não repercutiu em mais empregos para o povo e nem em mais salários para o povo. O povo continua na miséria. Isso não resolve. Nós queremos uma nova estrutura de Estado, voltada para atender às necessidades da classe trabalhadora. Vem com a gente. Eu sou o capitão Vinicius Sousa, candidato a governador com o número 16.e conto com seu apoio no próximo domingo”, finalizou.

A sabatina promovida pelo CRC-ES ocorreu na manhã desta última quarta-feira (28), durante a reazalição de uma plenária daquele colegiado. O tema foi “Desenvolvimento econômico para o Estado do Espírito Santo e desburocratização”. O principal objetivo do encontro foi o de ouvir os projetos e propostas de cada candidato convidado, através de perguntas, tendo como tema desenvolvimento econômico, infraestrutura, tecnologia e desburocratização. O evento foi dirigido pela presidente do CRC-ES, Carla Tasso.

“Nosso objetivo neste dia de hoje não é confrontar e sim defender os interesses do nosso Estado”, disse Tasso na abertura. Foi dada a informação de que os candidatos José Renato Casagrande (PSB) Audifax Barcelos e Guerino Zanon não demonstraram interesse em participar, sob alegação de conflito de agenda, e que por isso não marcaram presença. O CRC-ES, ao contrário das emissoras de televisão que convidaram apenas os candidatos de centro-direita e bolsonaristas para seus debates, foi democrático e convidou todos os sete candidatos, sem exceção.

FacebookTwitterWhatsappEmail
O contador é o profissional quem faz a prestação de contas dos candidatos para o TSE | Imagem: TSE

Por Daniel Bruce/Comunicação CFC

Esta semana marca a reta final para as Eleições de 2022. E, com o objetivo de sanar as dúvidas sobre os trâmites legais que devem ser realizados em prol da segurança contábil, além de promover a transparência das contas eleitorais, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) promoveu, nesta segunda, 26, às 16h, no canal da autarquia no YouTube, uma live com especialistas no assunto.

O evento contou com a presença do presidente do CFC, Aécio Dantas, e do vice-presidente de Política Institucional do Conselho, Manoel Júnior. A transmissão ao vivo teve a mediação do coordenador da Comissão Nacional de Contabilidade Eleitoral do CFC, Haroldo Santos Filho, e a participação dos contadores, membros da referida comissão, Alexandre Di Pietra, Brunno Sitônio, Décio Cardin, Élson Simões, Guilherme Guimarães, Guilherme Sturm e Ian Blois Pinheiro.

Na oportunidade, Aécio Dantas parabenizou a Comissão Eleitoral por promover o processo democrático, e citou a publicação  do CFC, que está na 7ª edição, “Contabilidade Eleitoral: aspectos contábeis e jurídicos – Eleições 2022”. “É uma ferramenta que, naturalmente, já é usada por todos os profissionais da contabilidade e é instrumento de fortalecimento da democracia. Não há como falar em transparência e controle sem falar de Contabilidade”, afirmou.

Para Haroldo Santos Filho, o trabalho da Comissão Eleitoral é fundamental, pois é preciso levar ao público que atua na área uma experiência pragmática. “A Comissão parte para esse desenvolvimento efetivo e segue para a execução da norma brasileira eleitoral de contabilidade. Nós vamos começar a dar aquela debulhada na norma de contabilidade eleitoral e contabilidade partidária”, disse.

 Na sequência, Decio Galdino destacou a importância da correta realização das prestações de contas, visto que se elas não forem realizadas adequadamente, os partidos não poderão registrar novas candidaturas. “O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) obriga todas as esferas a prestarem contas para que não haja problema”, alertou sobre o planejamento de novas campanhas.

Já o contador Alexandre di Pietra falou da importância do protagonismo dos profissionais da contabilidade desde o planejamento das contas eleitorais para evitar problemas futuros. “A prática de compliance acontece no planejamento, quando há a prescrição dos referidos cuidados, da escrituração contábil e da acertada utilização dos recursos eleitorais e o contador precisa estar presente em todos esses momentos”, concluiu.

No encerramento, Guilherme Sturm deu destaque para uma prática que, segundo ele, tem se tornado banal e acarretado problemas generalizados à prestação de contas. “É preciso eliminar a praga silenciosa da ciência contábil que é a retificação, é necessário construir, passo a passo, todo o planejamento de contas para que não haja o trabalho redobrado na retificação”, finalizou.

FacebookTwitterWhatsappEmail
Plenário do CRC-ES será o local onde vai ocorrer a sabatina entre os candidatos, que terá transmissão pelo YouTube | Foto: Divulgação/CRC-ES

De forma democrática e apartidária, o Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Espírito Santo (CRC-ES), valendo de suas atribuições perante a sociedade capixaba, realizará nesta próxima quarta-feira (28), uma sabatina com todos os candidatos ao Governo do Estado. O evento é considerado um marco para a classe, e o principal objetivo é aproximar os candidatos e suas propostas da sociedade. O debate será transmitido pelo canal do Conselho no Youtube que é CRC-ES TV, a mediação ficará a cargo da contadora e presidente Carla Tasso.

“Uma das formas mais inteligentes de se chegar a uma conclusão é por meio do debate. A discussão de ideias, questionando posições e propondo soluções, continua sendo o modo mais civilizado e transparente para que toda a comunidade saia ganhado. Isso vale, sobretudo, em tempos de eleições. Por isso, a importância do encontro que o CRCES quer promover hoje com os candidatos”, ressalta a presidente Carla Tasso.

As regras para a sabatina foram acordadas com as assessorias dos postulantes e segue a ordem: a sabatina será dividida em três momentos com perguntas sobre programas de governo, réplica da presidente do CRC-ES, Carla Tasso, e a tréplica acontecerão também imediatamente. Cada candidato terá 03 (três) minutos para cada pergunta. O tema central  “Desenvolvimento Econômico  e Desburocratização”.

Os debates colocam frente a frente as mais diversas posições ideológicas, para que os eleitores tirem suas dúvidas e tomem a melhor decisão ao depositarem os votos nas urnas.

O intuito fundamental ultrapassa o conhecimento dos planos de governo de cada um dos postulantes e alcança a defesa incondicional da democracia, motivo principal da existência dos meios de comunicação.

Conheça os candidatos ao Governo do Espírito Santo:

Audifax Barcelos (Rede)

Aridelmo Teixeira (Novo)

Carlos Manato (PL)

Capitão Vinícius Souza (PSTU)

Claudio Paiva (PRTB)

Guerino Zanon (PSD)

Renato Casagrande (PSB)

FacebookTwitterWhatsappEmail

A urgência em combater mudanças climáticas tem impulsionado inúmeras instituições, públicas e privadas, ao redor do mundo, a adotarem medidas que sejam mais sustentáveis, sociais, econômicas e responsáveis. E o que isso tem a ver com a contabilidade? Atualmente, tudo


O antigo guarda-livros, nome quer os contadores eram chamados no Século passado, deu lugar a modernos escritórios de contabilidade que usam arquivos cibernéticos para guardar o desempenho contábil dos clientes | Foto: Reprodução/Internet

Por Sheylla Alves/Comunicação CFC

Para continuarmos com as homenagens ao Dia do Contador, a ser comemorado no próximo dia 22 de Setembro, separamos um tema que tem ganhado cada vez mais espaço no ambiente organizacional, como também nomeio contábil, em que os impactos ambientais estão diretamente ligados à produção de relatórios financeiros e fiscais de uma empresa e, também, ao seu valor de mercado.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), ao menos 45% das emissões de carbono devem ser reduzidas até 2030, e a intenção é que sejam zeradas até 2050. Essa proposta está em desenvolvimento pela Agenda 2030 de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que conta com metas a serem atingidas no âmbito social e ambiental em todo o globo.

Por isso, as boas práticas de Environmental, Social and Governance (ESG) influenciam a gestão de inúmeros negócios ao redor do mundo. A sigla ESG e a sua aplicabilidade têm sido motivo de valor mercadológico, apontadas por grandes investidores como indispensáveis, sendo fator decisivo inclusive para negociações e garantia de futuro no mercado financeiro. No entanto, essas boas práticas vão além da sustentabilidade e da governança, precisam também abranger o social.

Um caminho sem volta, daqui para frente, os valores ESG se tornaram indispensáveis na garantia de que as instituições cumpram as suas funções de negócio sem desrespeitar o meio e as relações com as quais estão envolvidas. É o que o professor do Departamento de Contabilidade e Atuária, da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA), da Universidade de São Paulo (USP), Eduardo Flores, ressaltou em entrevista ao Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Para ele, “os relatórios corporativos, considerando-se um enfoque especial para os relatórios de sustentabilidade, têm deixado de ser comunicações proforma ou até mesmo voluntárias, no sentido de descompromissadas, com o retrato de uma posição corporativa efetiva, para se tornarem efetivas fontes comunicacionais com o condão de alertar credores, investidores, entre outros agentes”, esclareceu.

Enquanto isso, a contabilidade, na qualidade de ciência social, tem passado, principalmente neste último século, por mudanças profundas para se manter em acordo com as mudanças tecnológicas e sociais. E os investidores passaram a analisar, ainda mais, a forma como as empresas estão lidando com os seus assuntos tributários, principalmente em como são mostrados os índices administrativos e os aspectos da agenda ESG.

Relato Integrado e a perspectiva do contador

Se o profissional da contabilidade colocar sua experiência a serviço desse novo conceito de sustentabilidade, a humanidade inteira irá se beneficiar com isso, foi o que a coordenadora geral da Comissão Brasileira de Acompanhamento do Relato Integrado, Vania Borgerth, contou ao CFC. “Não se trata de forçar o contador a se tornar um especialista em sustentabilidade, mas é muito mais fácil se o contador estiver liderando essa nova modalidade de reporte”, ressaltou.

A prática de registrar o desempenho da empresa diante dos objetivos de sustentabilidade é uma das exigências no cumprimento da agenda ESG, ao criar uma relação de confiança significativa que reflita na forma de ver dos investidores e, assim, há uma necessidade cada vez mais intensa em padronizar e resguardar essa confiabilidade.

Por isso, a criação do Comitê Brasileiro de Pronunciamentos de Sustentabilidade (CBPS), estabelecida por meio da Resolução CFC n.º 1.670, de 9 de junho de 2022, vem com o objetivo de estudo, preparo e emissão de documentos técnicos sobre padrões de divulgação sobre sustentabilidade e a divulgação de informações dessa natureza em âmbito nacional, levando sempre a adoção de padrões internacionais que são editados pelo International Sustainability Standard Board (ISSB), o que, segundo Eduardo Flores, foi uma célere resposta à Fundação International Financial Reporting Standards (IFRS).

Uma informação dada por Borgerth ressaltou que a criação do CBPS é uma mensagem clara e estratégica que o Brasil está dando ao mundo sobre já estar preparado para a padronização dos reportes ESG. “O Brasil certamente saiu na frente, o que resultará em maior celeridade ao processo”, completou.

Para Flores, o ISSB não tenta reinventar ou criar normas partindo-se do zero, afinal muitos conteúdos normativos de qualidade são elaborados, porém não têm sido adotados como esperado. Ele citou o exemplo das normas Task Force on Climate Related Financial Disclosures (TCFD), que lidam com a divulgação de efeitos de ordem climática e que foram colocados para audiência pública este ano pelo ISSB na forma de minutas.

“Esses protótipos de normas já estavam prontos e o ISSB os alavancou por meio do seu processo de consulta pública. Portanto, é pouco concebível a ideia de que nos próximos anos esses documentos passarão ao largo dos que negociam com as organizações. Antes, pelo contrário, o que tem se percebido é que, cada vez mais, algumas empresas e os seus departamentos de contabilidade estão se esforçando para compreender as informações de ESG demandadas pelos usuários dos relatórios corporativos e se empenhando para fornecer tais informações”, ressaltou.

A proposta do Relato Integrado tem exigido que empresas procurem o efeito de conscientização sobre as políticas de sustentabilidade. Para Vania Borgerth, esse processo faz com que as instituições se beneficiem das oportunidades em decorrência de uma gestão mais responsável com estímulos à inovação e à criatividade, assim, “ignorar a informação ESG é um grave dano ao conceito de transparência”, apontou, no entanto, é preciso utilizar de critérios e segurança para a criação da narrativa da informação no contexto ESG.

“A solução encontrada para garantir a confiabilidade desejada é o seu cruzamento com a informação financeira, proposta pelo Relato Integrado. O uso da informação contábil como âncora certamente facilitará o desenvolvimento de normas de reporte, ética e auditoria aproveitando os princípios fundamentais já existentes para evitar a perda de tempo e os ‘tropeços’ geralmente encontrados no desenvolvimento de qualquer parâmetro para o qual não se tem histórico ou experiência”, detalhou.

O papel do contador em organizações com práticas ESG

Em um aspecto geral, as instituições possuem particularidades e até as pequenas empresas possuem impactos sobre as questões ESG. Apesar de menores, é importante salientar que tem sido necessário prestar informações de natureza sustentável e, também, de seus recursos financeiros.

De certo, as grandes organizações precisam ser ainda mais cautelosas, para que possam usar a seu favor as informações ESG, Flores analisou, quando questionado sobre a utilização de relatos e dados no engajamento da agenda na perspectiva de obtenção de lucros, que tópicos de governança podem privilegiar a constituição de linhas de defesas sólidas para inibir práticas administrativas em desalinho com o propósito empresarial.

Para ele, “iniciativas concretas têm demonstrado reduções nas taxas de juros de títulos de dívidas de empresas com padrões ESG mais elevados (green bonds). Observando-se fundos de investimento que excluem dos seus portfólios de alocações de recursos de companhias que não consideram comprometimentos com questões relacionadas ao clima”, exemplificou.

Já para Borgerth, nós estamos vivendo um momento em que surge uma conscientização sobre a verdade de que finanças e sustentabilidade nunca estiveram separadas. “Decisões financeiras sempre tiveram impactos positivos e negativos sobre questões ESG. A necessidade de reportar exigirá que as empresas procurem tais efeitos, se beneficiem das oportunidades e preservem o seu valor, ou mitiguem os danos que não puderem ser evitados”, afirmou.

A análise de relatórios fiscais realizados sob a óptica ESG tem o potencial de elucidar questões globais na perspectiva e propósitos de uma empresa, gerando confiança, agregando oportunidade. O papel do contador, nesta nova era de propósitos sustentáveis e sociais, é apresentar uma oportunidade para que os relatórios representem a positividade de um negócio, mostre a gestão responsável em estímulo a novas perspectivas e ações. Flores finaliza ao ser questionado sobre o papel do contador diante do contexto ESG e detalha que contadores gozam de prestígio e credibilidade sociais no tocante a elaboração de relatórios que visem informar os decisores.

“Aliar a contemporânea demanda de informações ESG à tradição histórica e robusta dos contadores de se produzir normas voltadas à informação empresarial cumpre uma dupla função, sendo que  permite que a informação ESG logre posições de robustez na sua concepção e asseguração na sua verificabilidade – atributos cobrados por agentes de mercado conquanto a tais informações; e possibilita que os profissionais da informação contábil prestem uma vez mais a sua contribuição para formação de sociedades mais justas e inclusivas”, finalizou.

Um conjunto de práticas que serão indispensáveis para que o contador possa gerar relatórios financeiros e reportar informações de forma transparente, estratégica e padronizada, em uma nova era de metas sustentáveis e sociais.

Primeira reunião do CBPS

Amanhã (22), acontecerá a primeira reunião do Comitê Brasileiro de Pronunciamentos de Sustentabilidade (CBPS), no Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRC-SP), no horário das 9h às 12h.

Na ocasião, ocorrerá a posse dos novos membros do Comitê e suas coordenadorias, e serão apresentadas a logomarca e os documentos legais do CBPS e da Fundação de Apoio aos Comitês de Pronunciamentos Contábeis e de Sustentabilidade (FACPCS). Eduardo Flores e Vania Borgerth farão parte do Comitê e junto com eles outros dozes profissionais.

FacebookTwitterWhatsappEmail

Nesta próxima quinta-feira (22), é celebrado o Dia do Contador


Escritório do então “guarda-livros” da Casa Tolle, em São Paulo (SP), na primeira metade do último Século | Foto: Arquivo/Reprodução

Por Daniel Bruce/Comunicação CFC

A contabilidade está presente na vida de todos os brasileiros, seja por meio da declaração de imposto de renda, dos trâmites legais dos serviços prestados aos Microempreendedores Individuais (MEIs), ou, ainda, de consultorias financeiras às empresas e da contabilidade pública.

Além disso, o profissional que está na linha de frente, o contador, também é responsável por gerir processos contábeis, propor contratos para os clientes, realizar o planejamento tributário e muitas outras funções. Por todos esses motivos, a profissão contábil é essencial para o país. E, para celebrar esse mérito, no dia 22 de Setembro, comemora-se o Dia do Contador.

Assim, entre tantos profissionais de destaque, em uma área com essa magnitude para a sociedade, a presença feminina é marcante e desempenha papel fundamental no segmento.

Segundo dados da Vice-Presidência de Registro do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), na região Norte do país, por exemplo, o número de mulheres contadoras já supera o número de homens na profissão, sendo 41,76% contra 39,76, de acordo com dados apurados no dia 19 de setembro.

Como exemplo desse protagonismo e da força feminina na Contabilidade, a contadora pública Luciana Dorini, ou Lu Dorini como é conhecida, do Município de Mangueirinha, no Estado do Paraná, é uma profissional que, mesmo em meio às adversidades da vida, conquistou o seu espaço no serviço público e ainda se tornou professora universitária e escritora.

Para ela, o estudo sempre foi um dos focos e, por isso, nunca abandonou os compromissos acadêmicos e profissionais por conta dos desafios enfrentados na saúde desde criança, quando realizou uma cirurgia emergencial aos 8 meses de vida, para estancar uma grande hemorragia, em decorrência de um hemangioma – conjunto de pequenos vasos sanguíneos que se aglomeram em determinado ponto do corpo.

Apesar da convivência com os rotineiros sangramentos na gengiva, Lu Dorini garante que teve uma infância normal. “Nunca perdi um dia de aula ou de trabalho por conta dos sangramentos em meio às madrugadas, como também nunca me escondi ou me senti menor por conta da diferença estética que me acompanhou desde sempre”, relata.

A afinidade e a proximidade com a Contabilidade surgiram logo cedo. Ainda criança, Lu Dorini brincava no escritório do pai, o senhor Santin Dorini, que já era contador à época. “Desde os 13 anos, eu já trabalhava no escritório dele. Comecei a faculdade de Ciências Contábeis em Palmas (PR), na antiga Faculdades Reunidas de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas de Palmas (FACEPAL), em 1997”, conta.

A paixão pela Contabilidade só aumentou com o passar dos anos e Luciana viu no trabalho do pai todo o amor e o empenho que ele dedicava ao ofício. “Meu pai sempre falou com muito amor da nossa área, o que me levava a me interessar cada vez mais pelos estudos e pelo trabalho”, lembra.

Ao falar da experiência e dos desafios como formadora de novos profissionais, Lu Dorini relata que não foi um processo fácil, e que se tornar professora foi uma conquista engrandecedora. “Não posso dizer que foi fácil, tampouco que gosto de coisas fáceis, mas posso dizer, com toda a certeza, que me tornar professora foi um dos maiores presentes que eu ganhei na vida”, diz.

Aos 23 anos de idade, Lu Dorini entrou em sala de aula pela primeira vez. Segundo ela, não foi fácil conseguir conciliar a rotina do dia a dia com o preparo para lecionar. A profissional usava os horários de almoço, de viagem, os sábados, os domingos e os feriados para se preparar. “Adentre ao Salão Nobre das Faculdades de Palmas a turma ‘Professora Luciana Kele Dorini’”, foi o que ela ouviu, sentada à frente do palco, onde aguardava pelos alunos, noventa dias após ter passado por três cirurgias em uma internação de duas semanas.

O convite para ser homenageada e ter o próprio nome dado à turma para qual lecionava é um momento da vida que Lu Dorini guarda com muito carinho na memória. “Eu recebi o convite para nome de turma uma semana antes de ter sofrido uma imensa hemorragia, que me levou àquele ciclo de cirurgias e, por vezes, pensei que não receberia essa homenagem em vida, mas recebi essa e muitas outras durante tantos anos de docência”, lembra.

Sobre a presença feminina na área da Contabilidade, a contadora tem a convicção de que não há diferenças intelectuais entre homens e mulheres e de que, por esse motivo, “a partir do momento em que a mulher decide ser protagonista da sua própria vida, da sua própria história, ela pode se tornar protagonista em qualquer segmento”.

Com o objetivo de implementar ações para ampliar a participação da mulher profissional no cenário contábil, na política e na sociedade, o CFC instituiu a Comissão Nacional da Mulher Contabilista, cujo papel é dar apoio à mulher contabilista no mercado de trabalho e em ações para desenvolver as lideranças femininas nas empresas, nas entidades e no ambiente de negócios, com foco no empreendedorismo e na participação política das mulheres.

Para Luciana Dorini, a participação, a notoriedade e a visibilidade da mulher no mundo contábil são de extrema importância para as profissionais, pelo fato de dar destaque às habilidades e especificidades das mulheres. “Entendo que passo a passo conquistamos mais espaço, porque, além das competências inerentes aos dois sexos, temos o poder de enxergar os detalhes olhando para o todo”, afirma.

FacebookTwitterWhatsappEmail
CFC anuncia a realização do 24ª Circuito Técnico, nesta quinta-feira (22) | Imagem: Reprodução

Por Lorena Molter/Comunicação CFC

As normas de perícia contábil estarão em debate na 24ª edição do Circuito Técnico. O evento acontecerá na próxima quinta-feira (22), às 15h30, com transmissão pelo canal do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) no YouTube, para o público em geral, e pela plataforma Zoom para os inscritos.

Para falar sobre o assunto, foram convidados o vice-presidente Técnico do CFC, Wellington Cruz; a perita contábil, membro da CAE/Perícia/CFC e diretora da Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC), Sandra Batista; e o perito contábil, Garibaldi Dantas. A abertura do webinar ficará a cargo do conselheiro do CFC, Aloísio Rodrigues. Durante o evento, o público poderá enviar perguntas e comentários aos painelistas, que esclarecerão as dúvidas dos participantes.

Sobre o Circuito Técnico

O Circuito Técnico é organizado e conduzido pela Câmara Técnica do CFC e tem o objetivo de levar informações ao contador sobre temas do seu dia a dia de trabalho, para que consiga prestar serviços cada vez melhores para a sociedade. Para fazer a sua inscrição, clique neste link.

FacebookTwitterWhatsappEmail