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Centrais sindicais realizam ato político-cultural neste 1º de Maio no Centro Histórico de Vitória (ES)

O ato político-cultural organizado pelas centrais sindicais em comemoração ao Dia Internacional do Trabalhador, neste domingo (1º), ocorreu na Praça Costa Pereira, no Centro Histórico de Vitória | Foto: Linneker Almeida/LNN Comunicação

Quatro centrais sindicais (CUT, CTB, CSDP Conlutas e Intersindical-Central da Classe Trabalhadora) realizaram neste domingo (1º), Dia Internacional do Trabalhador, a comemoração da data. Houve um ato político-cultural, com discursos de lideranças sindicais e de partidos políticos, intervenções artísticas e danças promovidas por entidades vinculadas a movimentos sociais, além de brincadeira para as crianças, como escorregador e pula-pula. O evento foi realizado na Praça Costa Pereira, no Centro Histórico de Vitória (ES) de 9h às 14 horas.

Assista trechos da comemoração do Dia do Trabalhador no Centro de Vitória (ES) | Vídeo: Canal do Grafitti News no YouTube

A programação contou com a participação de bandas de congo, do Bloco Afrokizomba e do Coral Serenata. O lema do primeiro de maio deste ano foi “Emprego, Direitos, Democracia e Vida”, que sintetiza as reivindicações consideradas essenciais e urgentes para a classe trabalhadora brasileira. Foi lembrada a situação de precariedade da classe trabalhadora, promovida pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

A volta da inflação acentuada, que ocorre em um momento que o atual governo e o antecessor, Michel Temer, retiraram as proteções dos trabalhadores, foi outro ponto destacado. Entre esses destaca-se a retirada de direitos previdenciários, o ataque à saúde pública, ao meio ambiente e o enfraquecimento das políticas públicas de modo geral. Questões sociais, como a perda de garantias individuais e da perseguição a pessoas LGBTQIA+; desinvestimento nas políticas de combate à violência contra a mulher e do aumento da violência contra pessoas negras e periféricas, foram outros temas lembrados na data.

A luta contra o desmonte do país, que vem sendo promovido por Bolsonaro, teve uma reflexão no ato, como a reivindicação de emprego decente e desenvolvimento sustentável com justiça social, entre outras pautas fundamentais para o país voltar ao rumo do crescimento. A meta é derrotar Bolsonaro.

Cenas da comemoração do 1º de Maio no Centro de Vitória (ES) | Fotos: Grafitti News

Discursos

O presidente do Diretório Estadual do PCdoB no Espírito Santo, Neto Barros, advertiu que a há muito trabalho pela frente para a conquista dos trabalhadores. “Não é uma simples luta. A gente precisa continuar se organizando e também ver se consegue organizar a grande maioria da população brasileira”.

A presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), Jackeline Rocha destacou que “o nosso país precisa neste momento de uma correção de rumo forte”. E acrescentou que a população foi vítima de uma política genocida e, destacou, que deveremos acreditar que através da democracia poderemos resgatar o país para as mãos da classe trabalhadora.

“Nós vimos um avanço da extrema-direita no mundo, que promoveu uma crise sem precedentes e com cada vez mais mortes, cada vez mais guerra, cada vez mais violência. E nós não podemos permitir que aqui no Brasil esse fascista, que é o atual governo, representado por Bolsonaro e a milícia, venham a continuar. A correção de rumos tem lado. A correção de rumos tem projeto”, assinalou a dirigente estadual do PT.

O evento teve participação de trabalhadores da região metropolitana de Vitória (ES) | Foto: Linneker Almeida/LNN Comunicação

“Fora Pazolini, que não representa os moradores dessa cidade”

O presidente estadual do PSOL, Toni Cabano, destacou os aspectos regionais negativos, que afetam à população e os trabalhadores. Ele lembrou o movimento de moradia, que está lutando por um teto. “E dizer fora Pazolini (Lorenzo Pazolini, prefeito bolsonarista de direita da Capital do Espírito Santo)”, acentuou.

“Dizer para vocês que este ano é de muita luta e que a eleição, o processo eleitoral pode ser um privilégio. Tirar Bolsonaro tem que ser nas ruas, nas urnas, e tirar o bolsonarismo tem que ser todos os dias nos nossos locais de trabalho, nas nossas comunidades. Enfim, quero saudar os trabalhadores da saúde. No Hospítal Infantil estão sofrendo neste momento ameaça e pressão de um péssimo escândalo, que é a morte de uma criança na porta do hospital. Essa mostra a realidade dos trabalhadores que defendem o serviço público”, prosseguiu o dirigente estadual do PSOL.

“E o serviço público precisa de nossa atenção e dos trabalhadores em gerais. Por isso, o 1º de Maio não pode ser só uma festa, tem que ter um ato forte”, continuou. “A fome que assola o Brasil é causa do desemprego. O governo Bolsonaro é o maior causador da fome nesse país e tem que ser denunciado”, completou Cabano. No final, a sua fala foi encerrada com “Fora Bolsonaro e Mourão”.