No último mês de novembro, a cesta básica de alimentos em Vitória (ES) calculada pelo escritório regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), constatou que houve um aumento de 0,82% no valor e ficou em R$ 713,57. É a 6ª mais cara do Brasil, seguida de São Paulo (R$ 782,68), Porto Alegre (R$ 781,52), Florianópolis (R$ 776,14), Rio de Janeiro (R$ 749,25) e Campo Grande-MS (R$ 738,53). Em Vitória os maiores aumentos foram do tomate (21,54%), manteiga (4,01%) e farinha de mandioca (3,15%).
Segundo o escritório regional do Dieese, o trabalhador capixaba precisou trabalhar 129 horas e 32 minutos para comprar, em novembro último, a cesta básica de alimentos. O tempo de trabalho foi uma hora e quatro minutos além do que foi exigido no mês anterior, outubro, quando foi necessário trabalhar 128 horas e 28 minutos para adquirir os mesmos itens básicos de alimentação.
Salário mínimo ideal deveria ser de R$ 6.575,30
O cálculo do escritório regional do Diesse no Espírito Santo ainda observou que o trabalhador capixaba consumiu 63,65% do salário mínimo líquido com a alimentação, enquanto que em outubro esse percentual foi de 68,58%.
Com base no total apurado este mês para a cesta mais cara do país, a de São Paulo (R$ 782,68) e considerando a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deva ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese nacional estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em novembro de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.575,30 ou 5,86 vezes mais do que o mínimo líquido atual de R$ 1.121,10.