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Cesta básica de Vitória (ES) custou R$ 704,93 em março. Os vilões foram o tomate, óleo de soja e farinha de mandioca

O tomate, óleo de soja e a farinha de mandioca tiveram elevação expressiva nos preços em março, segundo o Dieese | Foto: Reprodução/internet

Em março de 2022 o valor da Cesta Básica em Vitória (ES) foi de R$ 704,93, a quinta mais cara do Brasil e representou 62,88% do salário mínimo líquido em comparação aos 60,88% no mês de fevereiro. O trabalhador com rendimento de um salário mínimo necessitou este mês cumprir uma jornada de 127 horas e 58 minutos para adquirir os bens alimentícios básicos. Os vilões da carestia na Capital capixaba, no último mês, foram o tomate (17,22%), óleo de soja (10,48%) e farinha de mandioca (9,30%), que registraram elevação expressiva nos preços.

Os números foram divulgados nesta quarta-feira (6) pelo escritório regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) no Espírito Santo. Em março de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.394,76 ou 5,70 vezes mais do que o mínimo líquido atual de R$ 1.121,10, destaca o Dieese. O salário mínimo bruto é de R$ 1.212,00. O cálculo leva em consideração a legislação que criou o salário mínimo.

Variação dos preços da cesta básica em Vitória (ES) em março em relação à fevereiro | Tabela: Dieese/ES

Carne é a maior despesa

Nesse cálculo é considerado que a cesta básica, para uma família, deve conter mensalmente seis quilos de carne, o que representou a maior despesa. Esses seis quilos custaram no último mês o valor de R$ 259,32, e teve um acréscimo de 3,28% sobre os R$ 682,54 que custava em fevereiro. O cálculo considera ainda a necessidade de consumo de seis quilos de pão, a segunda maior despesa. Em março essa quantidade de pão custava R$ 97,68. O terceiro item mais caro no mês passado foi o tomate.

A cesta básica mais cara em março foi a de São Paulo (R$ 761,19), seguida do Rio de Janeiro (R$ 750,71), Florianópolis (R$ 745,47), Porto Alegre (R$ 734,28) e Campo Grande (R$ 715,81). O Dieese lembra que a determinação constitucional estabelece que o salário mínimo deva ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.