fbpx
Início > CFC informa: Fórum dos Conselhos Federais debate inclusão de gênero como boa prática nas entidades

CFC informa: Fórum dos Conselhos Federais debate inclusão de gênero como boa prática nas entidades

Fórum dos Conselhos Federais debate inclusão de gênero como boa prática nas entidades | Foto: Freepik

Por Sheylla Alves/Comunicação CFC

Nesta semana, o Fórum dos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas (Conselhão) se reuniu para realizar a 97ª Reunião Plenária. O encontro ocorreu na sede do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), em Brasília, e contou com a participação dos representantes e dos presidentes dos conselhos profissionais que compõem o grupo.

Na oportunidade, o presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e coordenador do Fórum, Aécio Dantas, destacou que o grupo continuará com o compartilhamento de boas práticas e ações que visam à participação em proposituras legislativas e atuem em prol da defesa das profissões regulamentadas.

Em seguida, Aécio passou a palavra para o conselheiro federal do Confea, Osmar Barros, que realizou uma fala inicial sobre o ‘Programa Mulher’ do Sistema Confea/Crea e Mútua. “Na nossa última reunião, enquanto falávamos de boas práticas, fiz uma solicitação para que fosse colocado em pauta o nosso Programa Mulher, que é um sucesso e será apresentado pela conselheira federal Michele Costa. Estamos com a casa cheia, com a presença de diversos membros das nossas comissões e entre elas está a Comissão Temática de Harmonização do Interconselhos, em que buscamos no nosso dia a dia trazer uma harmonização entre os conselhos federais”, apresentou.

Com a fala, a conselheira federal do Confea, Michele Costa, apresentou o ‘Programa Mulher’, que é um case de sucesso do Confea e foi um exemplo de boa prática em prol da inclusão e igualdade de gênero para as demais entidades. Ela destacou que o programa foi criado em 2019 e é baseado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organizações das Nações Unidas (ONU).

“Baseamos no ODS 5, que trata da igualdade de gênero; e no ODS 10, sobre redução das desigualdades. Então, o programa vem se aperfeiçoando desde 2019, com o objetivo de fortalecer o compromisso com o empoderamento das mulheres dentro da nossa entidade. Sabemos que, apesar do ambiente predominantemente masculino, temos atuado de forma a trabalhar a aceitação das mulheres de se enxergarem em cargos de liderança, como também da aceitação pelo lado dos homens de verem as mulheres como líderes”, explicou Michele. Na ocasião, ela também apresentou a missão e diversas ações realizadas pelo programa.

Para o coordenador do Fórum, Aécio Dantas, o compartilhamento dessas boas práticas se torna ainda mais importantes quando traz temáticas que podem ser implementadas por outras instituições. “No CFC, nós temos a Comissão da Mulher Contabilista que já tem realizado um trabalho a bastante tempo, no passado tínhamos a proposta de inserção da mulher nos espaços da Contabilidade, que era majoritariamente masculino”, iniciou o presidente do Conselho Federal de Contabilidade.

“E hoje, já temos um cenário bem distinto, já contamos com 46% do corpo profissional registrado sendo feminino. Observamos que nas faculdades do curso de ciências contábeis já temos uma maior presença de mulheres, então vejo que daqui cinco ou dez anos essa porcentagem será ultrapassada, e isso acontece graças às políticas de gestão e ações que incentivam a inserção da mulher nos mais diversos ambientes antes tidos como masculinos”, completou Aécio Dantas.

Em 27 CRCs, 11 são administrados por mulheres

Para complementar, ele ainda citou os dois maiores eventos da classe contábil, o Congresso Brasileiro de Contabilidade (CBC) e o Encontro Nacional da Mulher Contabilista (ENMC), que são espaços de incentivo ao protagonismo feminino. “Hoje, dos 27 presidentes regionais do Sistema CFC/CRCs, onze são mulheres, já são 40% de mulheres e esse é o propósito, temos que continuar trabalhando na linha da inclusão em todas as esferas. Também lançamos recentemente um selo do CFC Inclusivo, que está alinhado com as pautas dos ODS”, finalizou.

Diante do contexto, o presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Pedro Paulo Gastalho de Bicalho, ressaltou a importância de ações relacionadas à inclusão e políticas de igualdade de gênero. “Na psicologia, nós somos em ampla maioria mulheres. Hoje, temos 69% de profissionais mulheres, o que não é um acaso, já que existem estudos que comprovam que profissões que estimam cuidados são ocupadas em sua maioria por mulheres”, apresentou.

Pautar relações de gênero

Para ele, existe uma necessidade de pautar as relações de gênero que são construídas desde a infância. “Gostaria de enfatizar que é muito importante diretrizes como o ‘Programa Mulher’ do Confea, que tem buscado produzir mais simetria nas construções de gênero e nas relações de poder. Gostaria de dividir uma boa prática do CFP, que, desde as eleições de 2022, não permite a construção de chapa sem que pelo menos 50% dela seja composta por mulheres, além disso 20% precisa ser formada por negros e indígenas. Isso mudou completamente a dinâmica e configuração das relações de poder que são construídas na nossa profissão”, apontou Pedro.

Durante a reunião, o grupo também recebeu o relato das atividades da Comissão de Assessoramento Técnico do Fórum. Na oportunidade, foi debatido o Acórdão do TCU nº 2402/2023, que trata do prazo de cumprimento das recomendações, também foram apresentadas as experiências e dificuldades que os conselhos têm para estabelecerem normativas.