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Chikungunya: Anvisa e agência europeia avaliam vacina do Instituto Butantan


Pedido de registro da vacina foi submetido à Anvisa nesta última semana


Chikungunya: Anvisa e agência europeia avaliam vacina do Instituto Butantan | Imagem: Reprodução

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá analisar, em conjunto com a Agência Europeia de Medicamentos (European Medicines Agency – EMA), o pedido de registro da vacina contra o vírus Chikungunya. O processo acontece dentro da Iniciativa OPEN (do inglês Opening Procedures at EMA to non-EU Authorities).  

O pedido foi submetido à Anvisa pelo Instituto Butantan na última semana. A vacina está sendo desenvolvida em parceria com a empresa de biotecnologia franco-austríaca Valneva, que submeteu o produto para a apreciação da EMA.

Análise simultânea

A iniciativa OPEN foi criada para fornecer uma estrutura para submissão e análise simultâneas de processos por vários reguladores, que assim podem avaliar um medicamento conjuntamente com a EMA. As instituições participantes permanecem científica e processualmente independentes enquanto compartilham informações, conhecimentos e abordagens durante a avaliação. O processo permite harmonizar as abordagens dos reguladores com maior transparência e assim contribuir para acelerar o acesso a novos medicamentos.

Essa colaboração internacional permite a troca de informações entre as agências reguladoras para que as análises ocorram de maneira mais robusta. Ou seja, com mais elementos em mãos, a Anvisa pode tomar decisões de maneira mais ágil. Mais informações sobre a Iniciativa OPEN podem ser consultadas no endereço eletrônico da agência europeia EMA, clicando neste link.

Doença

A chikungunya é uma infecção causada por um vírus transmitido pelos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes albopictus. O vírus acessa a corrente sanguínea e se multiplica, afetando a membrana das articulações, com sintomas que geralmente aparecem após uma semana da picada do mosquito e podem durar meses nos casos mais graves.

Os principais sintomas são febre alta, dores intensas nas mãos, dedos, tornozelos e pulsos, dor de cabeça e nos músculos, além de manchas avermelhadas na pele.

A doença possui grande importância no Brasil, sendo endêmica. Somente em 2022, o Brasil registrou 174.517 casos prováveis de Chikungunya. Além de poder ser mortal, especialmente em pessoas com outras comorbidades, a doença pode deixar sequelas graves, como dores crônicas nas articulações.

Ainda que o combate ao mosquito Aedes aegypti, o mesmo responsável pela transmissão da dengue, seja a principal medida de combate à doença, a eventual aprovação da vacina fornecerá uma nova ferramenta de prevenção à doença.