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Cientistas italianos descobrem caverna na Lua, que pode vir a ser local para base humana lunar

Cientistas italianos descobrem caverna na Lua, que pode vir a ser local para base humana lunar | Foto: Nasa

A revista cientifica Nature Astronomy divulgou minucioso estudo feito por sete cientistas italianos, que encontraram evidências da existência de uma caverna na Lua com comprimento entre 30 e 80 metros e largura de 45 metros. “As descobertas fornecem insights sobre a geologia lunar e seu papel em potencialmente oferecer abrigo para futuras missões tripuladas à superfície da Lua”, dizem os cientistas na publicação.

Os cientistas Leonardo Carrer, Riccardo Pozzobon, Francesco Sauro, Davide Castelletti, Gerald Wesley Patterson e Lorenzo Bruzzone informaram que obtiveram as evidências após analisar dados de radar do Lunar Reconnaissance Orbiter do Mare Tranquillitatis Pit —, o poço mais profundo conhecido na Lua. A caverna fica  em uma região lunar feita de lava basáltica solidificada – a cerca de 400 quilômetros do local onde os astronautas da missão Apollo 11, Neil Armstrong e Buzz Aldrin, pousaram pela primeira vez na década de 1960.

Caverna com piso inclinado

A caverna tem paredes verticais ou salientes e piso inclinado. Os autores observaram um aumento no brilho do radar no lado oeste do poço. Usando simulações baseadas nas imagens de radar, eles concluem que essas observações podem ser explicadas pela presença de um vazio de caverna ou conduíte se expandindo do lado oeste do fundo do poço.

De acordo com a Nature, mais de 200 poços foram encontrados na superfície da Lua, alguns dos quais, apelidados de ‘skylights’, são formados por desmoronamentos de um tubo de lava subjacente. Tubos ou conduítes de lava acessíveis poderiam fornecer um ambiente mais temperado do que a superfície, alegam os pesqusadores. No entanto, ainda não se sabe se eles fornecem acesso a cavernas com grandes volumes subterrâneos, como essa que está sendo anunciada.

Ao analisar os dados os cientistas italianos observaram um aumento no brilho do radar no lado oeste do poço. Usando simulações baseadas nas imagens de radar, eles concluem que essas observações podem ser explicadas pela presença de um vazio de caverna ou conduíte se expandindo do lado oeste do fundo do poço. A caverna também é potencialmente plana ou inclinada em no máximo 45 graus e provavelmente é acessível, afirmaram. Os autores sugerem que tubos ou conduítes vulcânicos poderiam ser uma característica comum nas planícies lunares.

Missões robóticas e humanas

“A exploração de cavernas lunares através de futuras missões robóticas poderia fornecer uma nova perspectiva sobre a subsuperfície lunar e produzir novos insights sobre a evolução do vulcanismo lunar. Além disso, a exploração direta poderia confirmar a presença de ambientes subsuperficiais estáveis protegidos de radiação e com condições ótimas de temperatura para futuros seres humanos”, dizem os pesquisadores no início da apresentação do estudo.

“No entanto, essas missões robóticas enfrentariam desafios importantes na navegação em terrenos desconhecidos sem previsões disponíveis quanto à extensão e morfologia de tais condutas na proximidade de poços de colapso. Nas condições adequadas, a geometria lateral da aquisição permite o campo eletromagnético irradiado de penetrar o poço e de iluminar parcialmente o sombreado conduto subterrâneo para gerar sinais de eco de radar mensuráveis. Por conseguinte, este tipo de sistema tem um potencial relevante para o controlo remoto de detecção e caracterização de condutas planetárias”, prosseguem.

Imagens divulgadas pelos cientistas

Na imagem acima os cientistas italianos fazem comparativos entre imagens, onde apresentam a existência de dois grandes pedregulhos de 8 a 10 metros de tamanho, localizados no lado sudoeste da região que foi estudada. O poço e caverna tiveram as imagens gerados processualmente e foram utilizadas para as simulações da subsuperfície.

A presença ou ausência de uma caverna é simulada, e as escalas do diâmetro são indicadas nas imagens acima, que começam de 30, de 50, de 100 e de 200 metros. As caixas de verificação mostram se a saída da simulação corresponde à dados observados ou não.

China se prepara para instalar rede de satélites “GPS” na Lua | Imagem: Reprodução

China se prepara para instalar rede de satélites “GPS” na Lua

O jornal chinês em inglês South China Morning Post informou no início desta última semana que um grupo de pesquisadores do Instituto de Engenharia de Sistemas Espaciais de Pequim está trabalhando na construção de uma constelação de satélites perto da Lua, com o objetivo de fornecer sistemas de comunicação e navegação para as futuras missões de exploração lunar do país asiático. Será um GPS voltado para dar as coordenadas de quem esteja na Lua.

A medida faz parte dos preparativos chinês de enviar dois astronautas ao nosso satélite natural antes de 2030, conforme já foi anunciado pelo Escritório de Engenharia Espacial Tripulada da China. Essa missão tripulada faz parte do plano do governo chinês de montar a futura Estação Internacional de Pesquisa Lunar.

Na Terra não existe apenas o monopólio do sistema GPS, vinculado e controlado pelos militares americanos. Além do sistema de rastreamento GPS, dos Estados Unidos, há o europeu Galileo, o russo Glonass e o chinês BeiDuo. O GPS americano oferece um erro proposital de pelo menos 50 metros na precisão, devido aos interesses militares dos americanos.

Sistema de “GPS” lunar terá 21 satélites para oferecer a navegação ao usuário

A constelação de sistemas de navegação usados na Terra consiste em 20 a 35 satélites. A combinação de sinais de rádio emitidos por pelo menos quatro desses dispositivos permite que os usuários determinem sua localização e hora. No caso da constelação do sistema de navegação lunar, 21 satélites serão implantados em quatro tipos de órbitas durante três fases. Os cientistas enfatizam que o projeto dessa matriz de satélites será sustentável e econômico.

Na primeira etapa do projeto foi analisado pelos pesquisadores que a instalação dew apenas dois satélites em uma órbita lunar elíptica congelada vão permitir uma comunicação permanente com a região polar Sul da Lua. Na segunda etapa serão instalados mais nove satélites em três órbitas diferentes e que poderão proporcionar uma navegação permanente para a região polar sul lunar, além de fornecer comunicação permanente entre a Terra e qualquer local do satélite.

Na última etapa, serão colocados os 21 satélites em quatro tipos de órbitas, o que, segundo eles, vai permitir o fornecimento da posição precisa de qualquer local na superfície da Lua passe a determinar em 72% das vezes, o que significa que um sistema de navegação altamente preciso estaria em vigor a longo prazo.

Serviço:

Leia a seguir a íntegra do estudo dos pesquisadores italianos em PDF e no idioma inglês:

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