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Cine Metrópolis, da Ufes, volta a funcionar após dois anos fechado por causa da pandemia

Após dois anos fechado por causa da pandemia do Covid, a Ufes reabriu o Cine Metrópolis | Foto: Ufes

Com as presenças do reitor Paulo Vargas e do vice-reitor Roney Pignaton, que participaram da solenidade, o Cine Metrópolis da Ufes foi reaberto após ter sido fechado dois anos atrás. O fechamento ocorreu devido à pandemia provocada pelo Covid-19 e que não era possível aglomerar pessoas em local fechado.

Durante o período em que ficou fechado para o público, o Cinema recebeu o maior investimento de sua história. Um montante de R$ 640 mil foi investido na compra de novos sistemas de projeção digital a laser, processador e amplificadores de áudio, caixas acústicas e tela de projeção.

Momento de comemoração

O secretário de Cultura da Ufes, Rogério Borges, enfatizou que a reabertura do Metrópolis representa um momento para se comemorar, pois agora o Cinema conta com o mais moderno projetor de filmes do Espírito Santo. Ele destacou que, entre os cinemas universitários, somente a Universidade de São Paulo (USP) conta com equipamento do mesmo porte.

“Esse investimento proporciona qualidade nas exibições e amplia o leque de possibilidades de filmes para programação. A partir de hoje, o Metrópolis está de volta e conta com um dos melhores sistemas de projeção do mundo. Com os equipamentos antigos estávamos limitados, não conseguíamos filmes para exibições que estavam em festivais internacionais, por exemplo”, disse o secretário. “Agora, o nosso próximo passo é a aquisição de novas cadeiras”, completou.

O secretário esclareceu que, mesmo durante o período em que o Cinema ficou fechado, foram promovidas atividades de forma remota, como eventos de debates com cineastas e pesquisadores, exibição de documentários, além de edições especiais de comemoração dos 67 anos da Universidade e de uma década da criação do curso de Cinema e Audiovisual.

Importância cultural

O vice-reitor Roney Pignaton contou que, durante sua vida acadêmica na Ufes, era frequentador do Metrópolis e reforçou a importância da reabertura do Cinema, que representa uma história de luta da cultura universitária e capixaba. “É uma honra participar deste momento de retomada das atividades do Cinema com equipamentos novos e modernos, melhorando a sua infraestrutura, apesar das limitações orçamentárias que estamos vivendo”.

“Estamos devolvendo à comunidade um importante instrumentos cultural que tem como objetivo fundamental promover a divulgação de filmes alternativos, não comerciais e de pequenas produções, além de ser um espaço para debates. Sou um apreciador da cultura. A presença da Ufes em vários ambientes do estado, por meio do cinema, teatro e outros espaços de convivência, representa um papel essencial nessa interação da comunidade interna com a externa. Buscamos não só a promoção da cultura e do conhecimento, mas também a volta da comunidade externa para dentro da nossa Universidade”, ressaltou o vice-reitor.

Reitor destaca valorização da cultura na Ufes

Já o reitor Paulo Vargas não se intimidou em demonstrar a felicidade e a emoção com a reabertura do Cinema. Ele disse que essa retomada, com novos equipamentos, abre várias possibilidades culturais e acadêmicas para a Ufes, principalmente após esse período de pandemia. Para ele, a reabertura do Metrópolis tem um valor simbólico importantíssimo, porque significa um posicionamento central no valor da cultura no âmbito da Universidade.

“A história do Cinema é bonita. Tem início com o movimento cineclubista dentro da Ufes, do qual tive a honra de participar. Começamos em 1979, quando entrei na Universidade, e uma das primeiras tarefas do movimento foi organizar o cineclube do Centro de Artes. Foi a partir daí que começamos a exibir alguns filmes no horário de intervalo do almoço. Foi a maneira encontrada para mobilizar e conscientizar os estudantes para o momento que estávamos vivendo e, ao mesmo tempo, reestruturar o movimento estudantil após o regime militar”, lembrou. Para quem quiser saber detalhes da história do Cine Metrópolis é só clicar aqui. 

Vargas reforçou ainda que a história do movimento estudantil e do movimento cineclubista da Ufes culminou na concretização do Cine Metrópolis e, depois, na construção do Centro de Vivência. “Precisamos garantir o funcionamento desse instrumento cultural que é muito importante para a Universidade, elevando os espíritos das pessoas nesse momento triste do qual estamos saindo, de pandemia e distanciamento social.  A cultura é importante para isso, pois dá vida à Universidade, impulsiona o pensamento crítico e movimenta as pessoas. Que a gente possa reforçar a nossa luta na defesa da democracia e da liberdade, e pela valorização da cultura, oferecendo à comunidade universitária e a toda a sociedade novas opções de entretenimento e de acesso cultural de qualidade”, finalizou o reitor.