Com o Espírito Santo registrando 92,8% de todas as infecções no Brasil com o vírus trazido pelo mosquito Maruim, a Prefeitura de Colatina saiu na frente e já capacitou médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde para o diagnóstico e manejo eficaz da doença

A Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Colatina (ES) já promoveu capacitação para os servidores da área de saúde, que teve como público-alvo enfermeiros e médicos da Atenção Primária à Saúde (APS), além dos profissionais que atuam no Pronto Atendimento da Santa Casa de Colatina. O objetivo foi o aumentar o conhecimento sobre a febre de Oropouche, com ênfase na identificação precoce da doença, no controle da transmissão e nas práticas de prevenção.
Em nota, a Secretaria lembra que o principal vetor da doença é o mosquito maruim, que transmite o vírus através de picadas. Os casos têm sido mais comuns em áreas rurais. Os sintomas da febre Oropouche são semelhantes aos da dengue, incluindo febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares, além de mal-estar generalizado. Também podem ocorrer sintomas como tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia (sensibilidade à luz), náuseas e vômitos. Em casos mais graves, a doença pode evoluir para meningite ou encefalite.
Mais de 100 casos em Colatina
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), Colatina registrou, até o momento, 135 casos da doença, além de um óbito que está sendo investigado. O distrito de Baunilha lidera o número de casos, com 27 registros confirmados. Outros 18 locais do município também identificaram casos:
- São João Pequeno: 15
- Quinze de Outubro: 12
- Barra de São João Pequeno: 8
- Santa Joana: 8
- Carlos Germano Naumann: 5
- Itapina: 5
- Ayrton Senna: 4
- Bela Vista: 4
- São João da Barra Seca: 4
- São Miguel: 4
- Vila Lenira: 4
- Boapaba: 3
- João Manoel Meneghelli: 3
- Paul de Graça Aranha: 3
- Santo Antônio: 3
- Aeroporto: 2
- Barbados: 2
- Colúmbia: 2
Prevenção recomenda pela Prefeitura de Colatina
A prevenção da febre Oropouche está diretamente ligada ao controle do mosquito transmissor. Medidas como a remoção de detritos e matéria orgânica ao redor das residências, poda de árvores e eliminação de materiais que possam servir de abrigo para o mosquito são essenciais. O uso de roupas de manga longa, a aplicação de repelente e o cuidado redobrado nos horários de maior atividade do inseto, como pela manhã e à tarde, são recomendações importantes.
Além disso, é fundamental que gestantes tenham atenção especial para evitar o risco de transmissão vertical, utilizando roupas adequadas, repelentes e buscando ambientes protegidos, como o interior das casas, sempre que possível. O controle de ambientes de trabalho ao ar livre também deve ser uma prioridade.
Em relação à proliferação do mosquito, a principal medida é evitar o acúmulo de água parada e a formação de lama, que servem como locais ideais para a deposição dos ovos.