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Colégio Adventista de Varginha (MG) é acusado de impor aos alunos uso de camiseta amarela com o número 22

Colégio Adventista de Varginha (MG) é acusado de exigir que seus alunos façam propaganda de Bolsonaro | Fotos: Redes sociais

O Colégio Adventista de Varginha (MG) foi denunciado nesta semana por impor aos seus alunos o uso de camiosa amarela com o número 22, em apoio à reeleição do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). A escola é de propriedade da Igreja Adventista do Sétimo Dia. As denúncias foram feitas nas redes sociais por pais de alunos, com fotos. De acordo com a mãe de um aluno, o colégio explicou que “o número 22 na camiseta seria o ano de 2022, ano da copa do mundo de futebol.”

A escola emitiu um comunicado em seu portal onde diz que “propôs, em agosto deste ano, a confecção de camisetas em alusão à Copa do Mundo de 2022 para uso nos dias de jogos da seleção brasileira e às sextas-feiras a partir de novembro, tendo em vista se tratar de um evento que faz parte da cultura brasileira. Alunos e professores optaram em adquirir o material, conforme mensagens enviadas nos grupos oficiais de WhatsApp do colégio. As camisetas também puderam ser utilizadas em uma amostra cultural ocorrida no dia 16 de outubro do corrente ano.”

Até esta última quarta-feira (19), o Cartório Eleitoral de Varginha havia registrado mais de 70 denúncias contra o Colégio Adventista. Na nota, o colégio admite que já foi notificado pela Justiça Eleitoral. “Por fim, o colégio informa que já esclareceu o ocorrido com os pais e familiares dos alunos e que está prestando todos os esclarecimentos necessários à Justiça Eleitoral.” A escola tem duas unidades em Varginha: 1) Rua Mário Moares, 220 – Boa Vista (Und. I) e, 2) Rua João Urbano de Figueiredo, 201 (Und. II).

Escola não explicou o número 22 nas camisetas

Apesar de a escola não ter explicado o conjunto de cor amarela e o número 22 nas camisas distribuídas aos seus alunos, a direção preferiu na sua nota remeter aos princípios da Igreja Adventistas, através de um link que pode ser conferido clicando aqui. Exatamente nesse link consta a condenação de prática como essa que está sendo acusada pelos pais dos alunos.

“Um deles é o princípio da separação entre Igreja e Estado, o que leva cada uma dessas entidades a cumprir suas respectivas funções sem interferir nas atividades da outra. A Igreja acredita que adotar uma postura que não envolva filiação partidária ou qualquer tipo de compromisso com partidos políticos é uma das maneiras de manter esse princípio. Tal prática deve nortear não apenas a organização adventista em todos os seus níveis administrativos, mas também as instituições por ela mantidas, seus pastores e servidores”, diz o texto da igreja acusada de ter afixado o número 22 nas camisetas.