O dia nacional de mobilização em torno da democracia contou com dois atos e com a leitura da Carta aos Brasileiros e as Brasileiras. O primeiro ato ocorreu no final da manhã desta quinta-feira (11) na Praça Costa Pereira, no Centro Histórico de Vitória (ES). Estavam presentes cidadãos comuns, sindicalistas, estudantes, professores, políticos, entidades de representação da sociedade, entre outros segmentos da sociedade capixaba. O segundo ato foi a tarde na escadaria do Teatro Universitário, no campus da Ufes de Goiabeiras. O Fora Bolsonaro foi ouvido durante a leitura da carta.
O dia 11 de agosto de 2022 entra para a história nacional e do Espírito Santo, como sendo a data em que a sociedade brasileira foi às ruas em defesa da democracia e estado de direito, do sistema eleitoral brasileiro e por eleições livres. Foram feitos discursos em defesa do voto impresso nas eleições de outubro próximo. O que foi verificado como sendo uma constante, foram as críticas à postura intransigente e antidemocrática do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL) que, com medo de perder a eleição, tem atacado o sistema eleitoral.
Marco na luta contra a escalada do autoritarismo
Os atos organizados em Vitória neste 11 de agosto foram promovidos pelas centrais sindicais CUT, CTB, Intersindical, CSP – Conlutas, F orça Sindical, Nova Central (NCST), além do Sindipublicos e da Adufes. A manifestação simbolizou um marco na luta contra a escalada do autoritarismo, que volta ameaçar a liberdade e os direitos da população, estimuladas por Bolsonaro, dizem os organizadores em um panfleto distribuído à população.
É lembrado os discursos do atual presidente contra o sistema eleitoral, ataques ministros do Supremo Tribunal e as urnas eletrônicas. “Bolsonaro insiste em praticar atos antidemocráticos, querem usar as Forças Armadas para mostrar poder já que não tem mais apoio popular. Para isso precisamos ir às ruas e por meio das manifestações fazer a disputa política dentro das regras que a própria democracia estabelece”, prossegue a mensagem enviada pelos organizadores à população capixaba.
“Isso mostra que há um risco sério para a democracia no país – um golpe – por causa dos ataques de Bolsonaro, entre eles a incitação ao ódio às instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e as urnas eletrônicas, insinuando, inclusive, que não aceitará o resultado das eleições deste ano.
Mobilização será permanente
De acordo com os organizadores dos atos em defesa da democracia no Espírito Santo, a mobilização em defesa da democracia será permanente. Além dos dias 11 e 13 de agosto, no dia 7 de setembro movimentos sociais voltam às ruas no tradicional Grito dos Excluídos. Três dias depois, no dia 10 de setembro, centrais sindicais, movimentos populares e partidos políticos, além de outras entidades da sociedade civil, estarão nas ruas novamente em defesa da democracia, de eleições livres e contra a violência política.