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Contarato fuzila ministro sobre cloroquina: Ciência não se faz em consultório médico

Além de passar um “pito” no ministro da Saúde, o senador Contarato propôs a condução coercitiva de Pazuello | Foto: TV Senado

O senador Fabiano Contarato fez uma das sustentações mais argutas do dia na CPI da Covid nesta última quinta-feira (6). Segundo o portal de notícias Viomundo, o senador capixaba disse ao ministro da Saúde de Bolsonaro, Marcelo Queiroga, que é cardiologista, que existe uma diferença entre os médicos e os cientistas, e que a esses últimos não cabe fazer Ciência no consultório.

Ele estava se referindo à defesa feita pelo ministro, ao longo do dia, de que os médicos deveriam ter liberdade para receitar os remédios sem eficácia contra a Covid19 e condenado pela OMS e pela própria Fiocruz, a cloroquina e ivermectina. A senadora Zenaide Maia (PROS-RN) apoiou a fala de Contarato.

Segundo ela, o governo Bolsonaro promoveu os dois remédios e produziu em parte da população a falsa sensação de segurança em relação às aglomerações e ao uso de máscaras. Para a senadora, há na CPI uma tentativa dos governistas de validar o uso do chamado “tratamento preventivo” com o “kit covid” para evitar que sejam futuramente responsabilizados tanto os médicos que receitaram as drogas quanto os governantes que gastaram dinheiro público com remédios ineficazes.

Assista a participação honrosa do senador capixaba na CPI da Pandemia | Vídeo: TV Senado

Camburão para Pazuello

Segundo o painel do Conass, nesta quinta-feira foram registradas 2.550 mortes por Covid-19 no país, que atingiu um total de 416.949 óbitos. Contarato, por sua vez, defendeu que o general Eduardo Pazuello seja alvo de condução coercitiva se continuar tentando evitar seu depoimento à CPI. A condução coercitiva é a busca do depoente por autoridade policial, onde o investigado é transportado de camburão.

Nos bastidores de Brasília, a boataria é de que Pazuello considera pedir um habeas corpus para não depor. Nesta quinta-feira, o general fujão recebeu a visita do chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, num hotel de Brasília. Contarato defendeu, também, que seja quebrado o sigilo bancário e fiscal do ministro Queiroga, depois que foi divulgado que um hospital pertencente à família dele, que estava desativado, recebeu investimento público do governo da Paraíba para atender pacientes de covid e agora está à venda.

O Hospital Santa Paula, de João Pessoa, recebeu R$ 2,5 milhões do governo estadual para uma reforma. O ministro Queiroga disse que não tem ligação com o hospital, mas sim o sogro dele. Durante a sessão, o relator da CPI, Renan Calheiros, rebateu Jair Bolsonaro, que numa live de hoje disse que logo o filho do senador, Renan Filho, governador de Alagoas, será investigado e desmascarado. Renan disse que não foi seu filho, mas a pandemia que está matando brasileiros.