Entidades também têm como objetivo combater abuso e discriminação; torneio deste ano tem potencial para alcançar mais de 2 bilhões de espectadores, oferecendo oportunidade para celebrar conquistas das mulheres no esporte; como parte de plano de igualdade de gênero, Fifa aumentou prêmio para edição de 2023
A ONU Mulheres e a Federação Internacional de Futebol, Fifa, estão se reunindo durante a Copa do Mundo Feminina na Austrália e na Nova Zelândia, que começa nesta quinta-feira. O torneio quer celebrar habilidades e conquistas das equipes e jogadoras, promover a igualdade de gênero no futebol e prevenir o abuso e a discriminação dentro e fora do campo.
A expectativa é que a Copa seja vista por mais de 2 bilhões de pessoas este ano, o maior público da história para um único esporte feminino. Para as entidades, isso oferece uma oportunidade de celebrar as conquistas femininas no esporte e um avanço, tanto para o futebol feminino quanto para a igualdade de gênero.
Segundo a ONU Mulheres, globalmente, as jogadoras continuam lutando com menos oportunidades profissionais, uma enorme diferença salarial, menos patrocínios, menos tempo de transmissão na mídia e condições de jogo desiguais. Quando as atletas são bem-sucedidas, elas enfrentam regularmente uma “reação tóxica de abuso online e offline.”
Plano de igualdade de gênero
A Austrália e a Nova Zelândia estão co-sediando o torneio pela primeira vez. Para enfrentar alguns desafios e avançar na redução da disparidade de gênero no futebol, a Fifa elevou o prêmio em dinheiro para a Copa do Mundo Feminina de 2023 para US$ 150 milhões, o triplo do valor de 2019. A iniciativa é parte de um plano de igualdade de gênero em três etapas. A campanha “Futebol une o mundo” destacará as principais questões durante o torneio.
A ONU Mulheres está em parceria com a Fifa em duas frentes: igualdade de gênero e fim da violência contra as mulheres. Para a diretora-executiva da agência, as mulheres que competem nesta Copa do Mundo são modelos para todas as meninas deste planeta. Ela adiciona que o campeonato é um lembrete para aquelas que são excluídas do mundo do esporte e que, mesmo quando participam, sofrem tratamento discriminatório e abuso.
Os apelos serão promovidos nas braçadeiras dos capitães das equipes, painéis nas laterais do campo, grandes bandeiras durante os jogos, telões gigantes nos estádios e nas mídias sociais. “Unidos pela Igualdade de Gênero” será a mensagem em destaque no terceiro dia de jogo e “Unidos para acabar com a violência contra as mulheres” será a mensagem designada durante a semifinal.
Cinco outras agências da ONU participam da campanha “Futebol une o mundo”, incluindo Unesco, Acnur, Escritório de Direitos Humanos da ONU, Programa Mundial de Alimentos e Organização Mundial da Saúde, OMS.