fbpx
Início > Debate na TV Globo terá presença de Lula e do falso “padre”, que estará lá como Bolsonaro II

Debate na TV Globo terá presença de Lula e do falso “padre”, que estará lá como Bolsonaro II


O debate desta quinta-feira`(29), a partir das 22h30, será o último entre os sete dos 13 candidatos à Presidência e terá mediação do jornalista William Bonner, com transmissão ao vivo pela TV Globo, GloboNews e pelo portal G1, direto dos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro


O debate sobre programas de governos será prejudicado com a presença do falso “padre”, que estará lá apenas para apoiar e auxiliar Bolsonaro | Imagem: Divulgação

O último debate entre os candidatos que vai ocorrer na TV Globo nesta quinta-feira (29), a partir das 22h30, terá a presença de sete dos 13 candidatos. Estão confirmadas as presenças do líder nas pesquisas eleitorais, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), Luiz Felipe D’Ávila (Novo), Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL) e do falso “padre” Kelmon Luis da Silva Souza (PTB). Este último, cujo título de “padre” é desmentindo pelas instituições religiosas, é um arranjo do presidiário domiciliar Roberto Jefferson, presidente de honra do PTB, para ajudar nos debates ao atual presidente e candidato à reeleição.

A Rede Globo informa que, mesmo o falso “padre” não pontuando nas pesquisas eleitorais com maior seriedade e não tendo eleitores que assegurem votos, é obrigada a convidar o baiano de extrema-direita devido às imposições da legislação eleitoral. Pelo que está em vigor, a emissora de televisão somente pode realizar um debate eleitoral, se forem convidados a participar em debates no rádio, televisão e na internet, todos os candidatos cujo partido tenha no mínimo cinco representantes no Congresso Nacional. Esse é o caso do PTB, partido da base de sustentação e de apoio de Bolsonaro.

De acordo com o comitê de campanha de Lula, nesta reta final, o debate presidencial da TV Globo, é “uma grande oportunidade de nos mobilizarmos nas redes e nas ruas e espalharmos a verdade e a esperança”. E para, está convidando a quem deseja a retirada de Bolsonaro, a participar de grupos de WhatsApp oficiais do Lula, criados especificamente para o Debate da Globo. Os links podem ser vistos clicando neste link do comitê de Lula.

Igreja Ortodoxa no Brasil nega que o cidadão baiano, Kelmon Luis da Silva Souza (PTB), que vem atuando como auxiliar de Bolsonaro nos debates, seja um padre de verdade | Imagem: Documento oficial da Igreja Ortodoxa no Brasil

Bolsonaro II nunca foi “padre”

No debate, Lula terá de enfrentar o Bolsonaro original e a sua cópia, o falso “padre”, que estará lá não como candidato de verdade, mas como o Bolsonaro II. Segundo nota oficial, com papel timbrado, carimbada e assinada por Dom Tito Paulo George Hanna, arcebispo da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia do Brasil, o cidadão baiano Kelmon Luis da Silva Souza, ele nunca foi “padre”.

Segundo uma nota, divulgada no dia 14 de setembro pela Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia do Brasil, o candidato à Presidência da República Kelmon Luís da Silva Souza, que se autodenomina padre, não é membro dessa instituição religiosa. O texto é assinado por Dom Tito Paulo George Hanna, arcebispo da Igreja Ortodoxa brasileira. Kelmon, solteiro, com 46 anos incompletos, filho de José Gomes de Souza e de Risoldete da Silva Souza, morador na Rua Ponte de Areia, 32, Bananeiras, Ilha da Maré, Salvador, Bahia, usa indevidamente o nome de “padre” ordotoxo.

O uso indevido de um título religioso caracteriza crime de falsidade ideológica, mas mesmo assim o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceitou a sua candidatura, em substituição à Jefferson, que teve seu nome vetado por cumprir prisão domiciliar.O YouTube, de propriedade do Google, permite que o cidadão Kelmon promova difusão de fake news em seu canal de vídeos, onde dissemina falsa informação de uma alucinação sobre uma” invasão islâmica” no Ocidente e a “perseguição a cristãos no Brasil”. Ele é da extrema-direita radical, prega o fim do comunismo e se diz fundador de um pseudo fundou o Movimento Cristão Conservador Latino-Americano, que foi aceito pelo seu partido bolsonarista, o PTB, que o colocou como coordenador do “Movimento Cristão Conservador do PTB”. Apesar de não ser “padre” de verdade, sem ser incomodado pela Justiça, Kelmon celebra “missas” da igreja ordodoxa na Bahia e faz até “batismos”.

O seu plano de governo que consta no TSE, ainda é o mesmo de Roberto Jefferson, não chegando nem a trocar na capa a foto do presidiário pela sua. Ali consta que seu partido de extrema-direita prega o fim do ensino superior gratuito e caso ainda ocorra que o estudante tenha estudado sem pagar, “terá de reembolsar” após formando. Prega a ampla privatização da indústria e até de serviços públicos. Defende a liberação generalizada de uso de armas: “O PTB entende que o cidadão tem o direito à legítima defesa, portanto deve ter direito à posse e porte de arma de fogo, conforme resultado de consulta popular realizada no país com essa finalidade específica e que nunca foi respeitada”, diz o seu plano de governo.

Entre outras coisas estúpidas defendidas, está a permissão indireta para a continuidade do tráfico de drogas, ao colocar no programa de governo a “proibição da legalização, do plantio, cultivo e venda da maconha no país.” Ainda defende o voto distrital, por achar que “é a representação indissolúvel dos municípios, que são os governos reais;” E finaliza com a proposta de deixar os os empresários fazer tudo que quiserem e bem entender, sem que o Estado interfira: “Para o PTB, o Estado não pode ser inibidor da iniciativa privada. Deve se restringir à atuação onde não exista interesse por parte da iniciativa privada;”

Regras do debate

O posicionamento dos candidatos foi definido por ordem alfabética do primeiro nome. Da esquerda para a direita, estarão Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL), “Padre” Kelmon (PTB), Luiz Felipe D’Ávila (Novo), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil). O debate terá quatro blocos: o primeiro e o terceiro com temas livres; o segundo e o quarto com temas determinados. Ao final do quarto bloco, cada candidato fará suas considerações finais.

Os candidatos terão 30 segundos para fazer as perguntas e um minuto para a réplica, enquanto o candidato que responde terá três minutos, que poderá dividir como quiser, entre a resposta e a tréplica. As perguntas, em ordem sorteada previamente, serão feitas sempre de candidato para candidato. O candidato escolhe para quem direciona sua pergunta, entre os que ainda não tiverem respondido naquele bloco. No bloco de temas determinados, a mecânica é a mesma, com o mediador sorteando em uma urna, antes das perguntas, o tema que deverá ser abordado.