O nível dos mares pode subir cerca de 45 centímetros entre agora e o final do século devido ao derretimento das calotas polares
Algumas áreas da região metropolitana de Vitória, além da orla de São Mateus, incluindo Guriri, Conceição da Barra e Itapemirim, no Sul do Espírito Santo poderão ficar debaixo d’água a partir de 2030 e se intensificando a partir de 2050. A previsão faz parte de um mapa interativo mostrando as regiões em todo o mundo que correm o risco de ficar inundadas devido ao descongelamento das geleiras polares, que vão provocar o aumento do nível do mar nas próximas décadas.
O mapa, criado por um novo software da NASA, mostra a dinâmica de crescimento do nível do mar de 2020 a 2150, dando informações sobre o derretimento das geleiras e as mudanças na circulação das correntes oceânicas. De acordo com o mapa, amplas áreas do centro de Londres estão agora sob ameaça de inundações regulares, que deixarão alguns territórios permanentemente submersos.
Na GV, Vila Velha será a mais afetada
Vila Velha será o município mais prejudicado com o desmatamento das florestas, principalmente o que vem conduzido no Brasil pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). De dentro do município até a orla, o estrago será iniciado onde se encontra o Supermercado Perim, em Aribiri indo até a orla desse mesmo bairro, onde as Ruas Saldanha da Gama, Rio Ipiranga, Avenida Beira Mar, São José, Vasco Alves de Oliveira, o local onde está a Igreja Adventista, entre outros, serão área de alagamento permanente e deixarão de existir. A parte baixa do Morro do Moreno, idem. Parte da Praia da Costa será afetada.
Em Vitória, a elevação das águas do Oceano atlântico afetará drasticamente a Enseada do Suá, onde se encontra atualmente a sede do Conselho Regional de engenharia e Arquitetura do Espírito Santo e o Centro Capixaba de Oncologia, que ficarão na área de submersão, mas o prédio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) não será afetado. Em Cariacica, será duramente afetadas as ruas que fazem face com a Baía de Vitória, nos bairros Flexal II e Porto de Cariacica. Aracruz terá a Barra do Riacho ficando abaixo do nível do mar. São Mateus será o município mais afetado do Norte capixaba, com a submersão indo de Guriri até a sede do município.
ONU confirma as mudanças climáticas
No início da última semana, a ONU divulgou um novo relatório científico que confirma que as mudanças climáticas que nosso planeta enfrenta são claramente de origem humana, sendo “um fato inequívoco e comprovado”. As mudanças estão interferindo no equilíbrio natural de todos os ecossistemas, perturbando os padrões pluviométricos, causando anomalias de temperatura e aumentando a frequência de desastres naturais, tais como furacões, enchentes e secas.
Os especialistas revelaram que a atividade humana é o principal motor das emissões de gases de efeito estufa, devido ao uso de combustíveis fósseis. Todos os governos são instados a tomar medidas para encontrar alternativas à utilização do petróleo e do gás natural.
Quem é a autora do estudo?
O estudo foi feito pela Climate Central, uma organização independente de cientistas e jornalistas que pesquisam e relatam os fatos sobre as mudanças climáticas e seu impacto no público. A Climate Central usa a ciência, grandes dados e tecnologia para gerar milhares de histórias locais e visuais convincentes que tornam a mudança climática pessoal e mostrar o que pode ser feito sobre isso. Aborda a ciência climática, a elevação do nível do mar, o clima extremo, a energia e tópicos relacionados. Colaboramos amplamente com meteorologistas de TV, jornalistas e outras vozes respeitadas para alcançar audiências através de diversas geografias e crenças.
O Programa Climate Matters fornece uma rede de mais de 790 meteorologistas de TV locais em quase 90% dos mercados de mídia dos EUA com os dados e gráficos para contar histórias sobre as ligações entre clima e Mudança Climática. Seu programa irmão, Climate Matters in the Newsroom, vai além da TV para fornecer impressão, digital, TV e rádio jornalistas que trabalham em todas as batidas com materiais que os ajudam a cobrir histórias localmente relevantes sobre impactos e soluções climáticas.
É feito o mapeamento das ameaças costeiras globalmente, pesquisa a interseção da vulnerabilidade social e física nas costas dos EUA, e está pioneiro em uma nova geração de ferramentas online e visualizações. As partes interessadas costeiras do governo, das empresas, das ONG e do meio académico utilizam extensivamente a nossa investigação e os nossos materiais. Com isso, a entidade diz que trabalha com meios de comunicação locais para co-relatar, co-produzir e co-publicar histórias ricas em dados sobre soluções e impactos climáticos.