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Deputado cobra placas para identificar o Cerco Inteligente nas rodovias e evitar acidentes


Na última semana, uma mulher que tinha acabado de chegar dos Estados Unidos e a filha dela, que tinha ido buscar a mãe no Aeroporto de Vitória, morreram em um acidente ocasionado por freada brusca em frente a câmera escondida atrás de placa


À esquerda, está câmera que provocou o acidente fatal na BR 259, em Baunilha, Colatina (ES), que fica sem sinalização e escondida atrás de uma placa de transito e que provocou a freada brusca e a morte de duas pessoas | Foto: Google View Street

Para evitar que os motoristas se surpreendam com câmeras de vigilância ou radar que multa por excesso de velocidade, instalados às escondidas e que por isso vem provocando acidentes fatais devido às freadas bruscas, o deputado estadual Fabrício Gandini (Cidadania) apresentou projeto disciplinando essas placas. Na última semana, morreram vítimas de um acidente atribuído às essas câmeras escondidas Marília Vargas Ribeiro, 38, e Leni Vargas Ribeiro, 57, estavam em uma caminhonete dirigida por Marília quando o acidente ocorreu na BR 259, em Baunillha, distrito de Colatina (ES).

Marília Vargas Ribeiro, 38, e Leni Vargas Ribeiro, 57 morreram vitimas da imprudência das autoridades, que instalam câmeras em rodovia sem sinalização prévia | Foto: Álbum de família

Marília veio de Colatina, onde morava e trabalhava, para até o Aeroporto de Vitória, para buscar a sua mãe, que estava chegando de viagem aos Estados Unidos. Já na BR 259, que liga a BR 101 à Colatina, nas proximidades de um posto de gasolina a caminhonete que dirigia colidiu em uma carreta que vinha em sentido contrário. Em depoimento à Polícia Rodoviária Federal, o motorista disse que precisou frear bruscamente, porque um veículo à sua frente se surpreendeu com um radar instalado sem aviso prévio, como determina a legislação federal em vigor.

Essa prática de instalar radar e câmeras de monitoramento está sendo muito comum também na Região Metropolitana de Vitória, principalmente nos municípios da Serra e de Cariacica. Nesses dois municípios a maioria dessas câmeras são instaladas sem aviso, o que exige do motorista frear de forma brusca. Em Cariacica, na Rodovia ES-80, que liga Itacibá a Santa Leopoldina o excesso dessas câmeras e chama atenção, principalmente o excesso entre os bairros de Itacibá e Tucum.

Deputado Gandini redigiu projeto de lei obrigando as autoridades a identificar as câmeras | Imagens: Divulgação

Projeto de lei obrigando identificar as câmeras

Para corrigir o problema, o deputado estadual Fabrício Gandini (Cidadania) acabou de protocolar na Assembleia Legislativa um projeto de lei que obriga o governo do Estado a promover a identificação de todos os equipamentos públicos contendo câmeras do Cerco Inteligente de Segurança nas rodovias.

De acordo com o deputado, ao reduzir bruscamente a velocidade do veículo, ao confundir o sistema de segurança com radares, o motorista tem colocado a sua vida e a de outras pessoas em risco, o que reforça a necessidade de placas de sinalização nesses locais.

“O meu projeto, além de garantir maior segurança aos motoristas, também ampliará o caráter inibitório de práticas delitivas envolvendo veículos automotores”, justificou o parlamentar. O Cerco Inteligente de Segurança capta, por meio dos equipamentos instalados nas rodovias, a placa, por meio de uma câmera de leitura, e outras características do veículo, tais como: cor, marca, modelo, velocidade, adesivos, dentre outros, por meio de uma câmera.

O objetivo dos equipamentos é identificar, junto com a Segurança Pública, veículos com restrição de furto ou roubo, ou utilizados em algum crime. Embora semelhantes, as funções do radar e dos equipamentos do Cerco Inteligente são diferentes.