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Deputados não discutem mais o fim do pedágio na 3ª Ponte e apenas cuidam de “fiscalizar”

A comissão especial que fiscaliza a Terceira Ponte e a cobrança do pedágio foi renovada nesta última quinta-feira (12) por videconferência

Em junho de 2013 houve a maior manifestação da História do ES contra o pedágio da 3ª Ponte | Foto: redes sociais/arquivo

Ao invés de proporem um projeto de lei acabando com a cobrança do pedágio dentro da área urbana da Grande Vitória, como é o caso da Terceira Ponte, entre Vitória e Vila Velha, uma Comissão Especial de Fiscalização da Rodosol decidiu dar continuidade aos serviços de fiscalização, mas com a continuidade do pedágio.No dia 19 de junho de 2013 houve uma histórica manifestação contra a cobrança de pedágio na Terceira Ponte, incentivada por deputados daquela legislatura. A prorrogação ocorreu nesta última quinta-feira através de uma deliberação em reunião extraordinária virtual. A ideia é continuar com a tal comissão até o final da atual legislatura, que se encerra em 31 de janeiro de 2023.

O ex-governador Max de Freitas Mauro, que foi quem conseguiu concluir a construção da Terceira Ponte, é um crítico da continuidade da cobrança do pedágio desde 2014, quando houve uma efervescência na sociedade capixaba contra a cobrança. Na ocasião houve as maiores manifestações da História do Espírito Santo, agora esquecidas pelos deputados estaduais que integram a Comissão Especial de Fiscalização da Rodosol.

A ponte Mauro não tem nada a ver com a Rodovia do Sol, disse Max Mauro naquela ocasião o então governador que foi eleito em 1986. Ele disse que a Rodovia do Sol foi planejada em um trajeto que passava pelas Cinco Pontes, a Ponte Florentino Avidos, Avenida Carlos Lindenberg e o Centro de Vila Velha. “Esse que era o projeto, mas eles consideraram a praça do pedágio o quilômetro zero da Rodovia do Sol”, lembrou naquele ano.

“JÁ ESTÁ PAGA”

O ex-governador  ainda afirmou que a ponte já estava paga desde a época da renovação, já que a então Odebrecht, que era sócia da Rodosol, planejou a instalação de uma praça de pedágio f no governo anterior ao seu, como forma de garantir o pagamento pelo término da construção. Na ocasião essa foi a solução encontrada pelo Governo do Estado para garantir a obra, já que não havia dinheiro público suficiente para a conclusão do projeto. Mas, com a cobrança do pedágio a dívida já foi paga há quase 20 anos, sendo injustificável a continuidade da cobrança do pedágio.

Max Mauro descerrou a placa de inauguração às 10h20 do dia 23 de agosto de 1989, para em seguida fazer o percurso inaugural entre Vitória e Vila Velha. A obra levou 11 anos para ser construída e mesmo não tendo sido organizada uma festa, com poucas pessoas convidadas oficialmente, um grande público compareceu à praça de pedágio da Terceira Ponte.

Comissão atual

O presidente do colegiado, deputado Carlos Von (Avante), e o relator, deputado Delegado Danilo Bahiense (sem partido), votaram pela continuidade dos trabalhos que fiscalizam os serviços prestados pela concessionária estadual Rodosol S/A, no que se refere às obrigações previstas em contrato e às tarifas praticadas nos pedágios. A empresa administra parte da Rodovia do Sol e a Terceira Ponte.

A comissão foi criada pelo Ato 6.781/2020 e tem também como membros o deputado Marcelo Santos (Podemos), que é o vice-presidente, e Capitão Assumção (Patriota). A ponte conta com 61 pilares, 3,3 quilômetros de extensão, vão central com 70 metros de altura e 13 cabines de pedágio. Foram gastos 112,5 mil metros cúbicos de concreto e 13.417 toneladas de aço.