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Deputados recolhem assinaturas para formar a CPI das Joias Ilegais

Deputado Rogério Correia (PT-MG) está coletando assinaturas para formar a CPI das Joias ilegais | Vídeo: Redes sociais

O vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Rogério Correia (PT-MG), e o deputado federal Túlio Gadelha (Rede-PE) estão coletando as 171 assinaturas necessárias, exigidas pelo Regulamento, para formalizar a criação da CPI das Joias Ilegais. “A CPI vai ficar conhecida como a CPI das Propinas do Governo Bolsonaro”, disse em plenário o deputado Rogério Correia.

“É impressionando: R$ 16,5 milhões de joias, que foram entre aspas, oferecidas pelo governo saudita. Olha, que nós temos que investigar se isso não foi a relação com a venda da refinaria que tem na Bahia, que foi pela metade do preço. E como propina, o governo Bolsonaro, através do ex-presidente, da ex-primeira-dama, receberam esse estranho presente”, destacou o parlamentar do PT mineiro.

O parlamentar ainda quer a CPI investigando qual o tipo de pressão que o ex-presidente exerceu contra os órgãos públicos, como a Receita Federal, para que as joias fossem liberadas sem o pagamento de impostos. Segundo ele, os indícios apontam que as joioas teriam sido doadas pelos árabes como “pagamento de propina em troca de negócios com o governo brasileiro.”

De acordo com estimativa formulada pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), em São Francisco do Conde (BA), para o fundo árabe Mubadala Capital, tinha o valor de mercado entre R$ 17 bilhões e R$ 21 bilhões.

O fundo, no entanto, é baseado nos Emirados Árabes Unidos, e não na Arábia Saudita. Essas informações foram repassadas pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta. Bolsonaro negociou com os árabes, exatamente na época em que ganhava os presentes dos sauditas, em vender a refinaria por US$ 1,8 bilhão (R$ 10,1 bilhões em valores à época).

Em quatro anos, Bolsonaro recebeu 19.470 presentes

Segundo matéria assinada pelo jornalista Marcelo Rocha, da Folha de São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acumula uma lista extensa de presentes, que incluiu em seu acervo pessoal. Além das joias femininas e masculinas, que recebeu da Arábia Saudita, durante o processo de venda da refinaria Landulpho Alves (RLAM), em São Francisco do Conde (BA), para o fundo árabe Mubadala Capital, há outros presentes. São 19.470 itens diversos, que tiveram de ser registrados por exigência da Lei de Acesso à Informação.

Desses, o jornal paulista citou 44 relógios, 74 facas, 54 colares, 112 gravatas, 618 bonés, 448 camisas de futebol e 245 máscaras de proteção facial. Os presentes foram cedidos por empresas, autoridades nacionais e estrangeiras, apoiadores. Na listagem, é dada a informação de que não é possível identificar o valor dos demais itens, além das joias que tiveram ampla repercussão nos últimos dias.