Após ignorar o artigo 113 da Lei Orgânica de Vitória e de descumprir deliberadamente, o prefeito da capital, Lorenzo Pazolini (Republicanos) decidiu acatar cobrança feita pela vereada Camila Valadão (Psol) e agendou prestar contar de sua administração no final deste ano, no dia 27 de dezembro. A lei que o prefeito descumpriu o obriga a comparecer de seis em seis meses na Câmara de Vereadores para prestar contas. E não anualmente como ele está fazendo.
“A lei é muito nítida, a prestação de contas é semestral e não anual”, disse a vereadora Camila Valadão. A vereadora do Psol questionou a falta de transparência do executivo municipal com um ofício encaminhado ao presidente da Casa, o bolsonarista Davi Esmael (PSD). Em resposta, a direção do legislativo municipal, Pazolini irá à Câmara Municipal no dia 27 de dezembro, às 9 horas. No entanto, até o momento, não houve comunicado da Prefeitura oficializando a ida do executivo à Câmara, destacou Valadão.
Base bolsonarista da CMV não cobra do prefeito
Com onze meses de gestão, Lorenzo Pazolini optou em descumprir a legislação municipal, confiante na sua base de vereadores bolsonaristas da Câmara Municipal de Vitória (CMV). “Nós cobramos a prestação de contas porque é uma obrigatoriedade do prefeito conforme prevê a Lei Orgânica da cidade e prestar contas, além de uma obrigação, é também um compromisso com a transparência e com os cidadãos da nossa cidade. Ir à Câmara é ir à casa do povo, é ir à casa onde tem os representantes da população de Vitória”, diz a parlamentar.
“A lei é muito nítida, a prestação de contas é semestral e não anual. Então por que o prefeito está indo no final de dezembro? É um completo desrespeito com a população da nossa Capital”, critica. Valadão encaminhou o ofício para a presidência da Câmara Municipal cobrando a prestação de contas do executivo no dia 17 de novembro e foi respondida na manhã desta última sexta-feira (26).