O Dia do Contabilista foi comemorado nesta última segunda-feira, dia 25 de abril, em todo o Brasil. A comemoração foi instituída em 1926 pelo então senador pernambucano João de Lyra Tavares, que ficou conhecido como patrono dos contabilistas. Essa mesma data é ainda denominada de Dia do Profissional da Contabilidade, após determinação que foi dada pelo Conselho Federal de Contabilidade. A alteração da terminologia tem como motivo, segundo o conselho, o processo de modernização da profissão. São mais de 522 mil profissionais de contabilidade no Brasil.
Em Vitória (ES), a data foi lembrada pelo Bacharel em Ciências Contábeis e vereador da Capital capixaba pelo PSB, Aloisio Varejão. O vereador e contador divulgou em suas redes sociais a passagem da data e uma frase para lembrar quem foi o autor: “Surgiu em homenagem ao senador João Lyra Tavares que, em 25 de abril de 1926, defendeu a regularização da profissão de contábeis no Brasil. João Tavares é considerado o patrono da contabilidade brasileira”.
A diferença técnica da denominação Dia do Profissional da Contabilidade em substituição ao termo “contabilista” deverá ocorrer sempre quando houver referência a contadores (com bacharelado em Contabilidade) e técnicos em contabilidade. A História da data remonta a um discurso de agradecimento a uma homenagem recebida dos profissionais contábeis em um almoço, em 25 de abril de 1926, no Hotel Terminus, em São Paulo, quando o senador João Lyra afirmou: “Trabalhemos, pois, bem unidos, tão convencidos de nosso triunfo, que desde já consideramos 25 de abril o Dia do Contabilista Brasileiro”. Posteriormente, a data foi oficializada por alguns governos estaduais e o senador se tornou o patrono dos profissionais de contabilidade.
“Guarda-livros”
Antes de iniciar a carreira política, João de Lyra era “guarda-livros” (nome que se dava ao profissional de contabilidade naquela época) e chefe de escritório das firmas Lyra Tavares e Fabrício & Cia. Como comerciante, teve uma atuação destacada em Pernambuco, onde fundou uma Associação de Guarda-Livros e foi membro da Associação Comercial do Recife, residindo naquele Estado entre os anos de 1895 a 1902. Atuou na política, foi historiador e economista, autor de obras didáticas e estudioso de geografia.
Em 1914, a convite do então ministro da Fazenda Rivadávia Corrêa, do governo de Hermes da Fonseca, esteve, pela primeira vez, na cidade do Rio de Janeiro, na época capital da República, onde tomou parte da Comissão escolhida para estudar a reorganização da Contabilidade do Tesouro Nacional. No ano seguinte, João de Lyra Tavares foi eleito Senador pelo Rio Grande do Norte, cargo que ocupou até o fim de sua vida, quando faleceu em 30 de dezembro de 1930, no Rio de Janeiro. No Senado, foi membro eminente da Comissão de Finanças e sempre ressaltou os benefícios que a sociedade brasileira teria com o reconhecimento de uma classe de contadores públicos.