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Dieese constata que a carne bovina consome 38% do valor da cesta básica em Vitória

A carne é o item que mais pesa no bolso do trabalhador capixaba / Foto: Sesa/MG

Em novembro último, o escritório regional do Departamento Intersindical de Estatísticas Sócio-Econômicos (Dieese) constatou que três produtos que compõem a cesta básica de Vitória (ES) tiveram uma leve retração de 0,42%, o que levou a cesta de alimentos a ter uma redução de R$ 2,82. Em outubro, a cesta básica capixaba custava R$ 670,99 para os atuais R$ 668,17. Mesmo assim, a cesta de alimentos de Vitória é a quarta mais cara entre as capitais brasileiras. A mais cara do país é de Florianópolis (SC), que custou no mês passado R$ 710,53.

Os três produtos que provocaram a redução de R$ 2,82 foram: o leite (4,84%), o tomate (4,255%) e a farinha (4,07%). O Dieese, que utiliza os mesmos produtos e quantidades definidas pela lei que instituiu o salário mínimo, no governo do ex-presidente Getúlio Vargas, registrou que os seis quilos de carne bovina que integra a cesta básica, são responsáveis por 37,99% do custo (R$ 253,86). O segundo item mais caro da cesta é o pão, que representa 6,19% da aquisição dos alimentos básicos (R$ 94,98).

No último mês, o valor da Cesta Básica em Vitória representou 65,67% do salário mínimo líquido em comparação aos 65,94% no mês de outubro. O trabalhador com rendimento de um salário mínimo necessitou este mês cumprir uma jornada de 133 horas e 38 minutos para adquirir os bens alimentícios básicos. Abaixo, os dados das demais capitais brasileiras pesquisadas.

NO BRASIL

A cesta mais cara foi a de Florianópolis (R$ 710,53), seguida pelas de São Paulo (R$ 692,27), Porto Alegre (R$ 685,32), Vitória (R$ 668,17) e Rio de Janeiro (R$ 665,60). Entre as capitais do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta tem algumas diferenças em relação às demais cidades, Aracaju (R$ 473,26), Salvador (R$ 505,94) e João Pessoa (R$ 508,91) registraram os menores custos.

Ao comparar novembro de 2020 e novembro de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os maiores percentuais foram observados em Curitiba (16,75%), Florianópolis (15,16%), Natal (14,41%), Recife (13,34%) e Belém (13,18%). Entre janeiro e novembro de 2021, todas as capitais acumularam alta, com taxas entre 4,44%, em Aracaju, e 18,25%, em Curitiba.

Com base na cesta mais cara que, em novembro, foi a de Florianópolis, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.969,17, o que corresponde a 5,42 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Já em outubro, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.886,50, ou 5,35 vezes o piso em vigor.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em novembro, ficou em 119 horas e 58 minutos (média entre as 17 capitais), maior do que em outubro, quando foi de 118 horas e 45 minutos. Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em novembro, 58,95% (média entre as 17 capitais) do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em outubro, o percentual foi de 58,35%.

O Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.969,17, o que corresponde a 5,42 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Já em outubro, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.886,50, ou 5,35 vezes o piso em vigor.